Pedro Ribeiro

Ao traçar um perfil da calamidade pública provocada pela nova cepa do coronavírus, o prefeito de Curitiba, Rafael Greca, subiu o tom da dramatização, lembrando a todos que a maior privação da liberdade é a morte. Liberdade é viver, pontuou o prefeito.

Ao exemplificar, Greca disse que o “morto não consome, não vende e não fatura. Morto não faz ginástica e não vai ao parque. Morto não tem a liberdade de negar a pandemia, nem de fazer militância política”.

Foi um recado, em tom crítico, ao crítico ao negacionismo e àqueles que apregoam discursos que privilegiam a economia em da saúde pública.

Greca renovou a “bandeira vermelha” até dia 28 de março com  a prorrogação das medidas de restrição de circulação.

Enquanto não existe, no horizonte próximo, a previsão de uma campanha de vacinação ampla, o prefeito Rafael Greca fez um apelo para que a população de Curitiba compreenda e faça adesão às medidas de restrição de circulação, apontadas pelo município como fundamentais para controlar a covid-19.

Em relação à medida adotada pelo presidente do Tribunal de Contas, conselheiro Fábio Camargo, com a suspensão do transporte coletivo, Greca disse que já recorreu da medida junto ao Tribunal de Justiça  do Estado. Ele observou que os ônibus estão circulando com metade de sua capacidade, o que é o suficiente.

“Uma grande cidade precisa do ir e vir dos profissionais de saúde”, ponderou o prefeito que não perdeu a oportunidade para criticar o presidente do TCE: “a orientação é uma “sandice” resultante da inexperiência de Camargo, o jovem conselheiro do TCE”. (Com equipe de reportagem do Paraná Portal)