O Governo do Paraná anunciou o pagamento de R$ 550 milhões para cerca de 33 mil professores da rede estadual.
A medida foi tomada devido a uma ação ajuizada há 28 anos pelos profissionais contratados pelo regime CLT, entre os anos de 1989 e 1992, que se refere às diferenças salariais em relação ao piso do magistério estadual.
A solução para o pagamento das indenizações foi um acordo entre a Procuradoria-Geral do Estado (PGE), a APP-Sindicato e a Justiça do Trabalho e prevê que a dívida será quitada ainda nesta gestão (que segue até 2018) aos professores que, individualmente, aderirem ao acordo.
Este é o maior acordo judicial, em termos de valores e pessoas beneficiadas, já feito no Paraná. “É um grande anúncio, que beneficia 33 mil profissionais, que tiveram perdas salariais e aguardavam por essa decisão há 28 anos. Aceleramos este acordo com o Tribunal Regional do Trabalho e agora começam as tratativas com os professores”, afirmou o governador.
Depreciação do valor
O procurador do Estado, Carlos Eduardo Rangel, disse que o pagamento do acordo será feito com um deságio de 40%, que é o percentual legal que o Estado tem praticado para esses acordos diretos. Ou seja, o Estado terá uma economia no pagamento dos débitos e os professores vão receber 40% a menos do que teriam direito, caso aderirem ao acordo individualmente. “A vantagem do acordo para o Estado, além do deságio, é que o dinheiro não sai do Tesouro, mas de uma conta vinculada para os pagamentos de débitos judiciais do Estado”, explicou.
Os profissionais tem a opção de não aderir ao acordo e aguardar a decisão final da Justiça.
A secretária de Estado da Educação, Ana Seres Trento Comin, afirmou que todos saem ganhando com a resolução da ação judicial. “O governo encontrou uma solução legítima e ideal para todos, para o Governo do Estado, o Judiciário Trabalhista e os nossos 33 mil professores”, disse.