Assaltos no transporte coletivo de Curitiba caíram 89%, diz Urbs

Para a Urbs, o aumento do uso de cartões para pagamento da tarifa de ônibus em Curitiba está diretamente ligado à queda nos registros de assaltos nos coletivos.

Os assaltos nos ônibus do transporte coletivo de Curitiba caíram 89% entre 2019 e 2022. O levantamento foi elaborado pela Urbs (Urbanização de Curitiba) e leva em conta ocorrências em linhas de ônibus, pontos, estações-tubo e terminais da Capital.

Segundo o órgão, que gerencia o transporte público na cidade, 834 assaltos foram registrados no sistema em 2019, anterior à pandemia de covid-19. Em 2022, já passado o período mais agudo da crise de saúde global, o número foi reduzido para 106

A pesquisa aponta que o prejuízo com os assaltos passou de R$ 125,2 mil em 2019, para R$ 10,9 mil em 2022 – queda de 91%. 

Os dados foram obtidos com base nos boletins de ocorrência registrados pelas empresas de ônibus, conforme a Urbs.

De janeiro a julho de 2023, foram registradas 22 ocorrências em estações-tubo e uma em linha de ônibus. “No mesmo período do ano passado haviam sido 12 assaltos em linhas de ônibus”, diz Sergio Luis de Oliveira, gestor da área de operações do transporte coletivo da Urbs.

Pagamento da tarifa com cartão

Para a Urbs, o aumento do uso de cartões para pagamento da tarifa de ônibus em Curitiba está diretamente ligado à queda nos registros de assaltos nos coletivos.

Foto: Daniel Castellano/SMCS

Atualmente, 92% dos pagamentos das passagens no transporte coletivo são feitos por cartões – entre cartões-transporte, de débito e de crédito. 

“O cartão traz praticidade e maior segurança para o passageiro. O número de queda de assaltos é muito expressivo” diz Ogeny Pedro Maia Neto, presidente da Urbs.

O processo de substituição do pagamento em dinheiro pelo cartão foi intensificado a partir de março de 2020, quando a Urbs passou a adotar o pagamento exclusivo por cartões nos ônibus nas linhas que operam em Curitiba.

Hoje, todas as 242 linhas da cidade, com exceção da Linha Turismo, aceitam o pagamento exclusivamente por cartão. O dinheiro ainda é aceito em terminais e estações-tubo.

Segundo a Urbs, o cruzamento de dados mostra que o número de ocorrências de assaltos reduziu à medida em que o uso do cartão foi ampliado no transporte coletivo e a circulação de dinheiro foi reduzida.

Em 2019, o pagamento em espécie representava 36,8%; em 2020 diminuiu para 32,33% e em 2021, para 31,64%. No ano passado, esse percentual reduziu para 22% e atualmente apenas 8,23% das passagens são pagas com dinheiro.