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Aves marinhas com intoxicação alimentar são resgatadas no litoral do Paraná

De acordo com levantamento do LEC/UFPR (Laboratório de Ecologia e Conservação da Universidade Federal do Paraná), 17 ave..

De acordo com levantamento do LEC/UFPR (Laboratório de Ecologia e Conservação da Universidade Federal do Paraná), 17 aves marinhas foram resgatadas no litoral paranaense, em dezembro de 2020, com suspeita de intoxicação alimentar.

Foram resgatadas 12 gaivotas (Larus dominicanus), 3 atobás-marrom (Sula leucogaster) e  2 fragatas-comum (Fregata magnificens). Todos foram encaminhados para o Centro de Reabilitação, que fica em Pontal do Paraná. No total, mais de 20 acionamentos relacionados a animais marinhos vivos foram registrados.

Segundo os especialistas, nesta época do ano é comum o centro receber espécies de aves, principalmente juvenis, com doenças adquiriras devido à ingestão de alimentos em decomposição e de resíduos sólidos ou à intoxicação por algas, que se proliferam com maior intensidade neste período.

Eles explicam que na fase juvenil os animais ainda estão aprendendo como buscar alimento e interagir com ambiente e, geralmente, procuram alimentos de fácil acesso como dejetos deixados na praia ou acumulados em outras áreas abertas.

No caso das gaivotas, por exemplo, as ocorrências de intoxicação alimentar ou contaminação são muito comuns. De modo geral, o diagnóstico das aves marinhas sugere interação com fontes de contaminação por fungos, bactérias e outros patógenos relacionados a ambientes degradados ou à presença de resíduos sólidos.

A equipe  do LEC/UFPR afirmou que uma análise mais detalhada está sendo realizada e reforça que cabe a todos cuidarem melhor da destinação do lixo e garantir que, com urgência, o litoral paranaense esteja todo ligado à rede de esgoto.

Ave marinha da espécie Puffinus gravis com evidência de plástico no trato digestório (LEC/UFPR)