Mestre Pop é empossado vereador na Câmara de Curitiba

Mestre Pop já foi vereador de Curitiba por oito anos e começou na vida pública no bairro Campo de Santana, liderando demandas da comunidade Rio Bonito.

Mestre Pop (PSD) tomou posse do cargo de vereador na Câmara de Curitiba nesta segunda-feira (6). O parlamentar passa a ocupar a cadeira deixada por Eder Borges (PP), que teve o mandato cassado na última semana.

A posse ocorreu antes da sessão plenária de hoje e foi conduzida pelo vereador Tico Kuzma, presidente da Casa. “Quero trabalhar em conjuntos com os demais para que as políticas públicas sejam descentralizadas. (Para que) cheguem lá, naquele lugar, onde algo pequeno representa para eles. Não só a saúde, mas a educação, a cultura, o esporte, a arte”, disse Mestre Pop no plenário.

A presença de Adilson Alves Leandro, mais conhecido como Mestre Pop, no Legislativo não é necessariamente uma novidade. Ele já foi vereador de Curitiba por oito anos, entre 2013 a 2020, nas 16ª e 17ª legislaturas.

Mineiro de Plautino Soares, Pop 53 anos e começou na vida pública no bairro Campo de Santana, liderando demandas da comunidade Rio Bonito. Em paralelo, construiu uma carreira como desportista, presidindo a Federação Paranaense de Capoeira. Na política, também foi assessor parlamentar de Stephanes Junior na Assembleia Legislativa do Paraná e de Ratinho Júnior na Câmara dos Deputados.

“Eu, como vereador de Curitiba, voltado em benefício do trabalho para a comunidade, quero estender, mais ainda (esse trabalho) para os bairros periféricos, para a periferia. Uma região muitas vezes desassistida”, completou.

SUPLENTE DO VEREADOR BOLSONARISTA EDER BORGES

Suplente de Eder Borges, a posse de Mestre Pop acontece após a Câmara Municipal de Curitiba ter tido sucesso em reverter uma liminar concedida ao então vereador bolsonarista pelo Juiz de Direito Substituto Eduardo Lourenço Bana, da 4ª Vara de Fazenda Pública do Tribunal de Justiça do Paraná (TJ-PR). A medida, que impedia a perda do mandato dele ao plenário, foi suspensa desembargador Luiz Taro Oyama, da 4ª Vara.

Borges foi condenado por difamação em uma ação movida pela APP-Sindicato, após ter publicado uma montagem de fotos em 2016 em uma rede social atribuindo ao sindicato a manipulação ideológica de estudantes. Entre as punições determinadas pelos magistrados está a prisão por 25 dias, em regime aberto, e pagamento de multa. O processo criminal já foi transitado e julgado, e teve todas as possibilidades de recurso esgotadas.

De acordo com a Constituição Federal, a Lei Orgânica do Município e o Regimento Interno da CMC, a condenação do parlamentar implica na perda de direitos políticos e, consequentemente, na cassação do mandato.