Vereadores adiam votação de moções de protesto contra Gilmar Mendes

A manifestação dos vereadores foi feita após uma entrevista do ministro ao programa Roda Viva, no início da semana

Os vereadores de Curitiba transferiram para a próxima segunda-feira (15) a votação das moções de protesto contra o ministro do STF Gilmar Mendes. Os votos seriam registrados nesta quarta (10), mas por falta de tempo os parlamentares decidiram adiar a avaliação dos requerimentos.

A manifestação dos vereadores foi feita após uma entrevista do ministro ao programa Roda Viva, no início da semana, em que ele afirmou que Curitiba “criou Bolsonaro” e tem o “germe do fascismo”. Pelo menos dois requerimentos devem ser apresentados no plenário. Um é coletivo e critica a manifestação do magistrado sobre a capital paranaense, enquanto o outro é individual e pretende declarar Gilmar Mendes como “pernona non grata” em Curitiba. 

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GILMAR MENDES É CIDADÃO HONORÁRIO DE CURITIBA

Em 2002, ele foi nomeado Cidadão Honorário de Curitiba na casa, a partir de um projeto de Ney Leprevost. Pela internet, o ministro tentou se retratar com os curitibanos. No dia seguinte, após a repercussão negativa, ele explicou que a crítica não era direcionada aos curitibanos, mas à força-tarefa Lava Jato sediada na capital do Paraná. 

Segundo ele, o ex-juiz Sergio Moro e o ex-procurador Deltan Dallagnol agiram em “conluio com fins políticos”. Hoje, ambos atuam no Congresso. Moro e Dallagnol também se manifestaram sobre as críticas e negaram as acusações. 

Além de críticas na Câmara Municipal de Curitiba, a fala também foi comentada pelo prefeito Rafael Greca (PSD) e pelo governador Ratinho Junior (PSD), que classificou o posicionamento como “infeliz” e um “ataque gratuito aos curitibanos”.