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23 de maio de 2021, 10:00
Em nota distribuída nesta segunda-feira (24), o Sindicato das Indústrias de Produtos Avícolas do Estado do Paraná - Sind..
Redação - 24 de maio de 2021, 10:40
Em nota distribuída nesta segunda-feira (24), o Sindicato das Indústrias de Produtos Avícolas do Estado do Paraná - Sindiavipar - destacou o grave quadro setorial enfrentado pelos setores produtivos responsáveis com a alta de custos da produção das três das proteínas animais estratégicas para a segurança alimentar da população: a carne de frango, a carne suína e o ovo. As informações foram divulgadas pela assessoria de imprensa do Sindiavipar.
“Em 2020, logo no início da pandemia, nosso setor foi convocado a garantir o abastecimento destes alimentos básicos, e assim ocorreu. Foram investidos bilhões em todo o setor produtivo, com o compromisso de não apenas produzir, como também ampliar a oferta de alimentos para a nossa população – e aumentamos em todas as proteínas, seja em aves (6,5% de alta), suínos (5,5%) ou ovos (9,1%). O Paraná é um dos principais colaboradores neste contexto ofertando, segundo a ABPA, 35,47% (4,91 milhões T) dos 13,85 milhões de T produzidas pelo Brasil em 2020, e 21% (936 mil T) da produção nacional de carne suína (4,5 milhões de T)”, disse o presidente do Sindiavipar, Irineo da Costa Rodrigues.
Mas durante esse período, um quadro de forte especulação atingiu estes setores, diz o sindicato. O milho e a soja, insumos básicos que compõem 70% dos custos de produção, acumularam altas nunca registradas no país. No caso do milho, houve registros superiores a 100% em diversas praças consumidoras do Brasil, conforme apontam dados da CEPEA - ESALQ/USP.
Na região oeste do Paraná, houve alta superiora 115%. Na soja, a alta do preço médio entre janeiro-abril/2020 e o preço médio de janeiro-abril 2021 superou 98%. A estas altas também se adicionam outras que compõem os custos de produção da atividade, como o óleo diesel (+30%), a embalagem de papelão (+60%) e as embalagens rígidas e flexíveis (+80%).
Sendo assim, em 12 meses, conforme o monitoramento feito pelo Índice de Custos de Produção (ICP) da EMBRAPA Suínos e Aves mais recente (abril 2021), produzir frango está 43,4% mais caro no Brasil em relação a abril de 2020 – que já era um momento de forte alta de custos. O mesmo ocorre com o setor de suínos, com alta de 44,5%.
“Os efeitos nocivos desta forte especulação sobre os insumos já alcançam o consumidor, de acordo com o Índice de Preços ao Consumidor Amplo (ICPA) do IBGE. O consequente e inevitável repasse ao consumidor já está nas gôndolas, mas em patamares que ainda não alcançam os níveis de custos.
E há outro agravante: a carne de aves, de suínos e ovos que hoje estão com preços mais elevados foram produzidos utilizando grãos adquiridos em 2020 – quando os valores por tonelada eram menores. Por isto, novas elevações de preços deverão alcançar a população brasileira nos próximos meses, em um momento crítico para a renda e para a segurança alimentar de nosso país”, complementa o presidente do Sindiavipar.
A avicultura e a suinocultura do estado pedem apoio. São 4 milhões de empregos diretos e indiretos em risco em todo o país, juntamente com a segurança alimentar da população. Medidas rápidas são emergenciais para evitar que o quadro de perda de renda seja impactado pela redução de acesso a alimentos básicos.
Para evitar que o quadro se agrave ainda mais, as representações setoriais solicitaram ao governo medidas para que o setor de proteína animal do Brasil tenha igualdade de competição pelos insumos em relação ao mercado internacional, evitando a desindustrialização e a perda de postos de trabalho, especialmente em cidades no interior do país. Ao mesmo tempo, as entidades buscam a redução da desigualdade de condições que existem entre importar e exportar grãos.
Criação de sistema oficial de informação antecipada sobre exportações futuras de grãos, assim como ocorre em outros países, para dar mais transparência ao mercado de insumos, evitando situações especulativas como a atual.
O Sindicato das Indústrias de Produtos Avícolas do Estado do Paraná – Sindiavipar representa 45 abatedouros e incubatórios paranaenses. Desde sua fundação, há 28 anos, o Sindiavipar tem trabalhado para buscar o crescimento e a sustentabilidade da avicultura do estado, buscando sempre representatividade no mercado interno e externo.
Atualmente, o Paraná é o maior produtor e exportador nacional, além de referência em sanidade avícola e responde por mais de 40% das exportações de carne de frango do país, embarcando o produto para mais de 160 países em todo o mundo.
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