Faep condena campanha da RPC contra setor produtivo nos Campos Gerais

A Federação Paranaense da Agricultura – Faep – ainda não digeriu a ação de recuo da Assembleia Legislativa em relação à ..

A Federação Paranaense da Agricultura – Faep – ainda não digeriu a ação de recuo da Assembleia Legislativa em relação à APA da Escarpa Devoniana, localizada nos Campos Gerais. Em documento, onde analisa todos os pontos de criação deste instrumento de proteção ambiental, a entidade questiona o número da área inserida e o prejuízo causado ao setor produtivo, em especial o agronegócio e à indústrias de madeira e papel.

Segundo o documento da Faep, a Assembleia Legislativa, bem como o setor produtivo, sofreram ações agressivas do grupo de comunicação RPC e Gazeta do Povo para defender espaço de terra de um de seus diretores. Os veículos de comunicação fizeram campanha maciça para que o projeto de lei não fosse alterado para preservar a propriedade de um de seus sócios.

Pelo documento, a Federação da Agricultura do Estado do Paraná, instituição corporativa efetivamente ligada à defesa do setor produtivo, ou seja, do agronegócio, que gera emprego, renda e alimenta as famílias paranaenses, não vai se calar diante do fato e busca alternativas para solucionar o problema causado aos produtores na região.

Na minuciosa análise sobre a Escarpa Devoniana, dentro da ótica de sua problemática legal, em um dos trechos do documento, a Faep lamenta a pressão da “Rede de Televisão – RPC, que sustentou uma violenta campanha contra em seus três noticiários diários, durante semanas…”, o que levou a Assembleia Legislativa a arquivar o projeto e as restrições persistem até hoje.

Segundo ainda o documento da Faep, trata-se de uma região que desde antes da criação da APA era produtiva tanto na pecuária como na industrial e com grande densidade populacional. A indústria madereira, também forte nos Campos Gerais teve que migrar da região.

O levantamento técnico da Faep mostrou que o perímetro da escarva devoniana – com suas ocorrências geológicas – deveria ser de 126.000 mil hectares e não 393.000 do decreto, ou seja, três vezes maior. Com base neste estudo, foi apresentado o projeto de Lei 527 que foi arquivado na Assembleia Legislativa.