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23 de março de 2021, 12:29
Avicultores paranaenses estão preocupados com a possibilidade de escassez de milho no mercado. O Sindicato das Indústria..
Redação - 24 de março de 2021, 12:36
Avicultores paranaenses estão preocupados com a possibilidade de escassez de milho no mercado. O Sindicato das Indústrias de Produtos Avícolas do Estado do Paraná - Sindiavipar fez um alerta às autoridades sobre a necessidade da adoção de medidas para evitar que haja escassez do produto no país. As medidas propostas pela entidade da avicultura seriam de curto, médio e longo prazo. Elas preveem a importação rápida do grão quando necessária e o aumento da produção nacional e armazenagem para as próximas safras.
Segundo o alerta do Sindiavipar, em um cenário de desabastecimento do grão, produtores de aves e suínos seriam diretamente impactados. Isso porque milho é um dos principais componentes da ração dos animais. Com isso, a indústria de alimentos terá que avaliar a necessidade de reduzir o abate e o alojamento, pois a produção passa a ser muito cara e incerta.
“Mas esta medida não é do setor, e sim de cada empresa que desejar adotá-la. Se as empresas optarem por ela, é possível que gere desemprego e diminua o poder aquisitivo do consumidor. E nós, como produtores, estamos preocupados com a população”, alerta o presidente do Sindiavipar, Irineo da Costa Rodrigues.
O momento é de preocupação do setor da avicultura com uma possível escassez de milho para 2021, diz o presidente do sindicato. Devido à forte estiagem, que adiou o plantio de soja e, consequentemente, a sua colheita, foi necessário que produtores postergassem também o plantio da segunda safra de milho do ano. Por conta disso, a semeadura destas lavouras está ocorrendo fora da janela adequada. Avaliando o cenário, o Sindiavipar alerta para a necessidade da adoção de medidas por parte do governo e órgãos competentes para mitigar o problema.
O presidente da entidade destaca que a segunda safra pode ser um alento para o setor, mas ainda é incerta, pois precisa de condições climáticas favoráveis. “A safra precisa de cinco meses com chuvas regulares, e não ter um inverno antecipado, porque o milho é uma cultura de verão. Estamos produzindo no inverno porque deu certo, mas em anos com geada antecipada, podemos ter uma perda maior. Nós estamos apreensivos. Temos milho para poucos meses até chegar na nova safra”, aponta Irineo. E para que haja uma colheita de milho mais robusta no início do próximo ano, o presidente do Sindiavipar defende que é preciso construir uma ponte até lá.
Curto prazo
Médio prazo
Longo prazo
Há meses o Sindiavipar vem monitorando este cenário, neste período, como uma forma de fomentar a produção do milho na segunda safra. A entidade apresentou à ministra da Agricultura, Pecuária e Abastecimento, Teresa Cristina, um pedido que permitisse uma janela de plantio assegurado com mais dez dias, incluídos no Zoneamento Agrícola. A Pasta, entretanto, foi aconselhada pela Embrapa e o órgão não acatou a flexibilização, apontando conceitos técnicos, que mostraram que, a partir dessa data, o plantio passa a ser considerado de risco.
Para Rodrigues, neste momento, é extremamente importante que a avicultura traga suas sugestões para contribuir com o enfrentamento do problema. “Além da atuação do Ministério, cabe ao setor orientar o Governo para que saibam onde a ajuda é mais necessária”, finaliza.
O Sindicato das Indústrias de Produtos Avícolas do Estado do Paraná – Sindiavipar representa 45 abatedouros e incubatórios paranaenses. Desde sua fundação, há 28 anos, o Sindiavipar tem trabalhado para buscar o crescimento e a sustentabilidade da avicultura do estado, buscando sempre representatividade no mercado interno e externo. Atualmente, o Paraná é o maior produtor e exportador nacional, além de referência em sanidade avícola e responde por mais de 39% das exportações de carne de frango do país, embarcando o produto para mais de 160 países em todo o mundo. Mais informações: sindiavipar.com.br
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