
Brasil precisa focar no varejo, diz Maggi
Mariana Ohde
30 de agosto de 2017, 07:20
A Polícia Federal (PF) deflagrou nesta quarta-feira (30) a 2ª fase da Operação Lucas - chamada Operação Vegas -, com o o..
Mariana Ohde - 30 de agosto de 2017, 09:19
A Polícia Federal (PF) deflagrou nesta quarta-feira (30) a 2ª fase da Operação Lucas - chamada Operação Vegas -, com o objetivo de investigar denúncias de corrupção envolvendo servidores do Ministério da Agricultura, Agropecuária e Abastecimento (Mapa), frigoríficos e empresas de laticínios.
A operação conta com a participação de 115 policiais, que cumprem 51 mandados judiciais em Tocantins (nos municípios de Araguaína, Nova Olinda e Gurupi), no Maranhão e em Minas Gerais.
Esta etapa da Operação Lucas teve início após o recebimento de denúncias de que frigoríficos e empresas de laticínios foram favorecidas em processos administrativos, de forma a atrasar tramitações ou a anular multas. Entre os 51 mandados judiciais que estão sendo cumpridos, há uma prisão preventiva e dez prisões temporárias. Há ainda 12 mandados de condução coercitiva e 28 mandados de busca e apreensão. Os investigados poderão responder pelos crimes de corrupção passiva e ativa.
De acordo com nota divulgada pela PF, o nome da operação faz alusão a um diálogo interceptado pelos policiais, no qual um investigado diz que “tudo que se passa em Vegas, fica em Vegas”.
A Operação Lucas, deflagrada em maio, começou com a denúncia de que frigoríficos e empresas de laticínios fiscalizadas pelo Mapa teriam sido favorecidas por meio do retardamento na tramitação e anulação de multas.
O esquema seria chefiado pela ex-superintendente do ministério no Tocantins, Adriana Carla Feitosa, que comandava a fiscalização e recebia uma mesada das empresas, com a qual bancava despesas pessoais. Em sua conta bancária foi identificada, por meio da quebra de sigilo, uma diferença de mais de 200% em relação ao declarado no Imposto de Renda.
Estima-se que o esquema criminoso alvo da Lucas movimentou cerca de R$ 3 milhões entre 2010 a 2016. A Justiça Federal determinou o bloqueio de contas bancárias e a indisponibilidade de bens móveis e imóveis no valor de R$ 2,2 milhões. Os suspeitos devem responder pelos crimes de corrupção passiva e ativa.