
Seguro agrícola pode ser a salvação da lavoura
Jordana Martinez
11 de dezembro de 2017, 14:12
Por Fernando Garcel - atualizado 17h35Os senadores aprovaram, nesta terça-feira (12), o Projeto de Lei da Câmara (PLC) 1..
12 de dezembro de 2017, 12:08
Os senadores aprovaram, nesta terça-feira (12), o Projeto de Lei da Câmara (PLC) 160/2017, que cria a Política Nacional de Biocombustíveis (RenovaBio). A proposta segue agora para sanção presidencial.
A matéria foi enviada pela Câmara dos Deputados ao Senado Federal no final de novembro e prevê uma política de Estado que pretende reconhecer o papel estratégico de todos os tipos de biocombustíveis, como o etanol e o biodisel, produzidos, por exemplo, a partir do bagaço da cana-de-açúcar, na matriz de energia nacional.
“Não é uma proposição que trata só do etanol e do biodiesel. Existe um potencial notável de inserção comercial para o biogás, biometano e bioquerosene de aviação. Desse modo será uma política pública que pela primeira vez vai estimular e reconhecer o papel dos biocombustíveis para a segurança energética e o papel deles na diminuição da emissão dos gases causadores do efeito estufa no setor de combustíveis”, defendeu o senador Cidinho Santos (PR-MT) que leu o relatório em nome das Comissões de Meio Ambiente (CMA) e de Serviços de Infraestrutura (CI).
O senador Álvaro Dias (Pode-PR) elogiou o projeto por garantir “modernidade, avanço tecnológico e o desenvolvimento do país com a necessária preservação ambiental”.
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Pela manhã, a Comissão de Assuntos Econômicos (CAE) aprovou a proposta que agora segue para análise do plenário do Senado. O relator do projeto na CAE, senador Fernando Bezerra Coelho (PMDB-PE), destacou que o Brasil é o segundo maior produtor mundial de biocombustíveis, tendo gerado 27 bilhões de litros de etanol e 4,2 bilhões de litros de biodiesel em 2017.
“Em síntese, o PLC oferece uma solução que estimula o mercado a partir de mecanismos de mercado; estimula eficiência, competitividade, desempenho ambiental; induz a redução de custos de produção; agrega valor com menor dependência externa; gera emprego e renda; contribui para o compromisso no Acordo de Paris; é fundamental para a segurança energética do abastecimento de combustíveis”, destacou Bezerra.
O programa
Criado para estimular a produção de biocombustiveis, o RenovaBio promete dar um passo rumo à descarbonização principalmente no setor de transportes. O programa, aprovado pela Câmara dos Deputados, visa assegurar a participação competitiva de uma diversidade de biocombustíveis que fazem parte da matriz energética brasileira.
A lei também cria o Crédito de Descarbonização (CBio) que vai precificar a contribuição individual de cada agente produtor de acordo com a proporção de energia limpa por eles produzida. Os créditos serão negociados na bolsa de valores e comprados por setores que precisam deles como contrapartida pela emissão de carbono de suas próprias produções.
A ideia é reduzir os gases de efeito estufa causados por combustíveis fosseis com uso de biocombustível e transformar isso em créditos para os produtores. Com isso, o país vai poluir menos e poderá cumprir com a meta de reduzir a emissão de gases do Acordo de Paris.