Vendas no comércio do Paraná crescem 1,6% no primeiro semestre

O comércio paranaense cresceu 1,6% de janeiro a junho de 2023 na comparação com o mesmo período do ano passado, de acordo com a Pesquisa Mensal do Comércio (PMC), divulgada nesta quarta-feira (9). 

Segundo a pesquisa, a receita nominal do varejo paranaense também cresceu no período, com alta de 6,1% no primeiro semestre do ano na comparação com os seis primeiros meses de 2022. Nos últimos 12 meses, o aumento é ainda maior: 7,4%.

O índice se refere ao comércio ampliado, que engloba todos os segmentos do varejo, incluindo comércio de veículos e motos, partes e peças e materiais de construção.

Considerando apenas o resultado do mês de junho deste ano, em comparação com o mesmo mês do ano passado, o Paraná teve o maior aumento no volume de vendas da região Sul do Brasil, com alta de 3,5% na comparação com o mesmo mês em 2022.

No mesmo recorte temporal, Santa Catarina registrou alta de 2,8% e Rio Grande do Sul, 2,1%. Sem levar em conta o comércio de veículos, peças e materiais de construção, o comércio paranaense cresceu 0,6% no acumulado de janeiro a junho de 2023.

Áreas do varejo 

A área do varejo com maior crescimento no primeiro semestre do ano no Estado foi o comércio de eletrodomésticos, com alta de 10,2% no volume de vendas. O comércio de combustíveis e lubrificantes foi a segunda atividade com maior aumento nas vendas, com 9,6% de crescimento no semestre. 

Outras atividades que registraram aumento nas vendas foram varejo de artigos farmacêuticos, médicos, ortopédicos, de perfumaria e cosmético (8,5%) e móveis e eletrodomésticos (3,5%).

Por outro lado, as atividades com maior queda no primeiro semestre foram artigos de uso pessoal e doméstico (-16,2%), equipamentos e materiais para escritório, informática e comunicação (-11,8%), móveis (-9,2%), materiais de construção (-6,6%), tecidos, vestuário e calçados (-3,3%), atacado especializado em produtos alimentícios, bebidas e fumo (-2,8%).

Na comparação entre junho deste ano e o mesmo mês do ano passado, o setor de produtos farmacêuticos, médicos, ortopédicos, de perfumaria e cosmético foi a atividade com maior alta (10,3%). 

As atividades de varejo de eletrodomésticos (7,7%), hipermercados e supermercados (7,2%), tecidos, calçados e vestuário (6,1%), atacado especializado em produtos alimentícios, bebidas e fumo (5,6%), livros, jornais, revistas e papelaria (5,4%), móveis e eletrodomésticos (4,3%), veículos, motocicletas, partes e peças (1%) e combustíveis e lubrificantes (0,1%) também tiverem aumento no volume de vendas no mês.

As atividades de varejo de equipamentos e materiais para escritório, informática e comunicação, com queda de 33,9% no volume de vendas, e artigos de uso pessoal e doméstico, com redução de 21,9%, registraram as maiores reduções em junho.

Estudo coloca cooperativas agrícolas paranaenses entre as maiores do mundo

Onze cooperativas paranaenses ligadas ao setor agroindustrial figuram entre as maiores do mundo. O dado consta em uma análise feita pelo World Cooperative Monitor (Monitor Cooperativo Mundial), que elenca as maiores empresas associativistas em rankings de faturamento, número de cooperados ou pela movimentação financeira comparada à renda per capita dos associados.

As empresas que representam o Paraná nos rankings são: Agrária, Castrolanda, Coamo, Cocamar, Coopavel, Cooperativa Lar, Copacol, C.Vale, Frimesa, Frísia e Integrada. O fato de todas estarem vinculadas ao agronegócio ajuda a explicar o protagonismo do setor para a economia paranaense.

A Coamo, de Campo Mourão, ocupa a 7ª colocação entre as cooperativas agrícolas no faturamento per capita. No ranking das maiores cooperativas e organizações mutualistas a C.Vale aparece no 41ª posição global no faturamento per capita e na 183ª no faturamento total, mesma lista em que a Cooperativa Lar aparece na 199ª colocação.

No ranking geral de faturamento per capita entre todos os segmentos aparecem a Cocamar (73ª), Copacol (83ª), Agrária (108ª), Integrada (114ª), Castrolanda (115ª), Frimesa (119ª), Frísia (139ª) e Coopavel (147ª).

Em 2022, as cooperativas paranaenses faturaram R$ 186 bilhões, quase um terço de todo o faturamento destas organizações em todo Brasil no período, que foi de R$ 600 bilhões. Do volume faturado no Paraná, 85% é proveniente da agroindústria, 10% é do setor de crédito, 4% de saúde e 1% de outros segmentos.

Com um crescimento médio anual de aproximadamente 20% no Estado, as cooperativas agroindustriais devem ampliar ainda mais a sua liderança. Segundo a Organização das Cooperativas do Paraná (Ocepar), a meta é chegar a R$ 200 bilhões de faturamento neste ano e dobrar este volume nos próximos cinco anos.

Sobre a pesquisa

O estudo econômico mundial sobre as cooperativas do World Cooperative Monitor (WCM) é produzido pela Aliança Cooperativa Internacional com o apoio de outras organizações uma vez ao ano. 

O objetivo é traçar indicadores relevantes do setor e que influenciam nas operações comerciais internacionais dentro dos seus, demonstrando o impacto econômico delas para a economia global. No site da WCM, é possível consultar diversas informações sobre o levantamento, incluindo o relatório completo (em inglês) das cooperativas classificadas.

Mais de 5 mil pacotes de cigarros são apreendidos na fronteira

Mais de cinco mil pacotes de cigarros contrabandeados foram apreendidos em Bom Jesus do Sul, no Sudoeste do Paraná, próximo da fronteira entre o Brasil e a Argentina, nesta terça-feira (8). 

De acordo com a Polícia Militar (PMPR), agentes faziam vigilância quando avistaram um veículo entrando no Brasil por uma passagem clandestina. Ao dar voz de abordagem, o condutor do veículo acelerou, dando início a uma perseguição que se estendeu por mais de 20 quilômetros.

O suspeito perdeu o controle do carro e fugiu a pé em meio à vegetação. No interior do carro, os policiais encontraram 5.174 pacotes de cigarros contrabandeados. Além disso, havia um rádio de telecomunicação acoplado ao painel.

O veículo e os pacotes de cigarros foram apreendidos e entregues à Receita Federal de Santo Antônio do Sudoeste. A PMPR estima prejuízo de cerca de R$ 341 mil aos contrabandistas. 

As investigações continuam para identificar e localizar o condutor.

Sistema vai reorganizar logística de exportação em Paranaguá

O projeto da nova estrutura do moegão, que vai centralizar as descargas dos trens que chegam ao Porto de Paranaguá, no litoral do Paraná, foi apresentado. Com área total de quase 600 mil metros quadrados, o sistema terá capacidade para descarregar simultaneamente até 180 vagões, em três linhas independentes, aumento de 63% na capacidade. 

Os granéis sólidos vindo pela ferrovia serão descarregados no moegão e enviados aos 11 terminais interligados do Corredor Leste. A estrutura vai contar com três linhas diferentes, com capacidade de movimentar cerca de duas mil toneladas por hora cada uma. 

Para isso, será construída uma nova pêra ferroviária de acesso, um pátio em formato circular que possibilita o transporte da carga sem a necessidade de desmembramento do trem.

A carga que sai dos vagões cai em um funil no subsolo e segue através de uma correia transportadora até uma torre de elevadores de canecas, de onde é levada às linhas de correias aéreas. 

Os grãos serão direcionados pelas correias transportadoras dos eixos Norte e Sul para os terminais, e de lá serão enviados para carregar os navios no Corredor Leste de Exportação, que contará com um píer em T. 

De acordo com o Governo do Paraná, a expansão da capacidade vai garantir um equilíbrio entre o transporte de cargas por rodovias e ferrovias, chegando a 50% em cada modal. Outro benefício acontecerá no trânsito da cidade de Paranaguá, com a redução de 16 para cinco cruzamentos da linha férrea com as vias urbanas, além do fim das manobras dos trens que ocorriam nestes trechos. 

A medida deve garantir menos filas de espera de motoristas, e também menos riscos de acidentes.

Divulgação/Porto de Paranaguá

Atividade leiteira no Paraná passa por diagnóstico

Um grupo de extensionistas do IDR-Paraná quer realizar um diagnóstico da cadeia produtiva da atividade leiteira no Estado. Foram selecionados 1.517 empreendimentos rurais, cujos proprietários produzem e vendem leite, que deverão responder a um questionário sobre o sistema de produção e as demandas para melhorar o seu desempenho na atividade.

O diagnóstico atende uma solicitação da Aliança Láctea Sul Brasil, formada pelos três estados da região sul. “De acordo com o Censo Agropecuário 2017, o Paraná tem 87 mil propriedades leiteiras, mas não temos como visitar todas elas. O diagnóstico será feito por amostragem e os questionários serão distribuídos proporcionalmente, levando em conta o número de propriedades leiteiras e o volume de produção de leite de cada região”, explicou Hernani Alves da Silva, gerente de Cadeias Produtivas do IDR-Paraná.

Do total de questionários, a região Sudoeste concentra o maior número de propriedades que serão visitadas (27,5%), seguida do Oeste (19%), Centro (17%), Centro-Sul (13%), Noroeste (12,7%), Norte (9,4%) e Região Metropolitana de Curitiba-Litoral (0,26%).

Portaria reforça alerta sobre importância do vazio sanitário da soja

Uma portaria do Ministério da Agricultura e Pecuária, publicada nesta quinta-feira (3), reforça a orientação de os produtores respeitarem o vazio sanitário da soja. A portaria atualiza o Programa Nacional de Controle da Ferrugem Asiática da Soja, com o objetivo de congregar ações estratégicas de defesa sanitária vegetal. 

O período em que é proibido cultivar ou manter plantas vivas de soja no campo continua sendo uma das principais armas para o controle da praga Phakopsora pachyrhizi.

A Adapar (Agência de Defesa Agropecuária do Paraná) é responsável pela fiscalização da adoção dessa medida fitossanitária no Paraná. Além da fiscalização, cabe à agência normatizar complementarmente e estabelecer procedimentos operacionais para a execução do programa. 

O vazio sanitário paranaense começou em 10 de junho e se estende até 10 de setembro. “O principal objetivo é orientar os produtores para que obedeçam às leis que visam garantir a sanidade vegetal e animal no Estado, e o vazio sanitário é importante nesse sentido”, disse o coordenador do programa de Vigilância e Prevenção de Pragas em Cultivos Agrícolas e Florestais da Adapar, Marcílio Martins Araújo.

Segundo ele, a conscientização por parte dos produtores de que é preciso erradicar toda planta de soja nesse período de 90 dias evita surtos precoces da doença, o que acarretaria em maiores custos e mais trabalhos para o controle. Cabe à Adapar o cadastro de produtores, monitoramento da ocorrência da praga durante a safra e fiscalização quanto ao vazio sanitário e ao calendário de semeadura.

Ajustes no Programa de Controle da Ferrugem Asiática da Soja

A nova regulamentação emitida pelo governo federal promove ajustes no modelo de governança do Programa Nacional de Controle da Ferrugem Asiática da Soja, conferindo à Secretaria de Defesa Agropecuária do Ministério da Agricultura e Pecuária maior autonomia no estabelecimento das medidas de prevenção e controle da doença, na condição de Instância Central e Superior do Sistema Unificado de Atenção à Sanidade Agropecuária (Suasa).

“Para o controle adequado da doença e a mitigação dos potenciais prejuízos que ela pode causar à cadeia produtiva da soja, devem ser considerados diversos aspectos, entre eles medidas de redução do inóculo do fungo e o manejo da resistência de fungicidas. Considerando que a soja é cultivada na maioria dos estados brasileiros, as medidas oficiais estabelecidas devem abranger os resultados que se pretende alcançar em nível nacional”, explica a coordenadora-geral de Proteção de Plantas, Graciane Castro.

Nota Paraná: prêmios de R$ 10 mil estão esquecidos

Prêmios de R$ 10 mil do Nota Paraná estão esquecidos na plataforma, segundo a Secretaria de Estado da Fazenda (Sefa). São 21 prêmios que não foram resgatados e estão prestes a expirar. 

Do total, seis expiram a partir de setembro; três em outubro; quatro em novembro, e oito em dezembro. Os contemplados são de Curitiba (4), Maringá (2), Ponta Grossa (2), Campo Mourão (2), Assis Chateaubriand (1); Londrina (1); Pato Bragado (1); Toledo (1); Cambé (1); Três Barras do Paraná (1); Cascavel (1); Araucária (1); Iporã (1); Cornélio Procópio (1) e um de Morro do Chapéu (BA).

Os consumidores podem consultar site do programa (clique aqui) ou o aplicativo Nota Paraná para confirmar se foram contemplados com o valor e transferir para a conta cadastrada.

Sobre o Nota Paraná

O programa distribui R$ 5 milhões em prêmios de R$ 150, R$ 10 mil, R$ 50 mil R$ 100 mil e R$ 1 milhão. Para garantir o recebimento do valor, o consumidor deve manter os dados cadastrais atualizados, como telefone e bairro, para que possam receber ligações sobre o resultado.

Além dos sorteios mensais, o Nota Paraná devolve aos contribuintes parte do Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços (ICMS) pago nas compras realizadas no comércio.

Movimentação nos portos do Paraná cresce 2% no primeiro quadrimestre

Os portos de Paranaguá e Antonina exportaram e importaram, em abril, 4.952.059 toneladas de cargas. O volume é 7% maior que as 4.614.088 toneladas movimentadas nos mesmos 30 dias de 2022. Neste primeiro quadrimestre, o total acumulado passa das 19 milhões de toneladas, 2% a mais que as 18,7 milhões registradas de janeiro a abril no ano passado.

Tanto no último mês quanto nos quatro primeiros meses do ano as exportações superam as importações em volume e em percentual. Mais de 62% de tudo o que os portos do Paraná movimentam são de embarques, cargas que saem do Estado para todos os continentes.

Os cinco principais destinos das cargas que saíram pelos portos paranaenses, nesse período, foram China, Japão, Coreia do Sul, Holanda e Índia. Os produtos mais exportados, no ano, foram os do complexo soja (grão, óleo e farelo), açúcar e frango. “Este último, em contêineres. Os demais, todos a granel”, diz o diretor de Operações da Portos do Paraná, Gabriel Vieira.

Segundo ele, o aumento de 2% no volume total movimentado no primeiro quadrimestre pode parecer pouco, mas foi bastante representativo. “Considerando que, neste ano, no acumulado de janeiro a abril, tivemos 5,5 dias a mais de chuva, o aumento registrado é muito positivo e confirma os nossos esforços em sermos mais produtivos e eficientes em nossos tempos operacionais”, garante Vieira.

VOLUME DE EXPORTAÇÕES X IMPORTAÇÕES 

Em abril, as exportações somaram 3.175.309 toneladas, volume 10% maior que em abril do ano passado, com 2.892.813 toneladas. “Somente de soja em grão, embarcamos quase 100% a mais comparado a abril de 2022. Esse dado confirma a mudança no comportamento da nova safra que, neste ano, está chegando mais tarde”, afirma Vieira.

No quadrimestre, um total de 11.952.978 toneladas saíram sentido exportação. Na comparação às 10.972.696 toneladas acumuladas de janeiro a abril no ano passado, o aumento obtido neste ano foi de 9%.

“Nas importações, registramos alta de 6% no mês, mas queda de 11% no acumulado do quadrimestre”, destaca Vieira. “Diferente do que observamos nos três primeiros meses, em abril o desembarque de fertilizantes, principais produtos que chegam por aqui, voltou a subir”.

No último mês de abril, 1.916.365 toneladas de cargas entraram pelos portos de Paranaguá e Antonina. Em 2022, nos mesmos 30 dias, os desembarques somaram 1.807.648 toneladas. De janeiro a abril, neste ano, as importações somaram 5.331.293 toneladas. No ano passado, foram descarregadas 5.999.414 toneladas de produtos.

Paraná tem a melhor potencialidade agrícola do Brasil, diz IBGE

O Paraná é o estado brasileiro com a maior área do seu território classificada com potencialidade agrícola “muito boa” (classe A1). A classificação está no Mapa de Potencialidade Agrícola Natural das Terras do Brasil , publicação inédita do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), divulgado nesta segunda-feira (5). Segundo o relatório, 12,2% do território paranaense, equivalente a 24.313 quilômetros quadrados, corresponde à potencialidade “muito boa”. No País, esse índice é de apenas 2% e na Região Sul é de 5,6%.

O documento orientativo foi elaborado a partir do mapeamento de solos do IBGE, levando em consideração os recursos naturais, sobretudo solo e relevo, e como eles podem favorecer o setor agrícola. Os mais de 500 tipos de solos do Brasil foram classificados considerando características como textura, pedregosidade, rochosidade, erodibilidade, entre outros, em cinco classes de potencialidade. Elas variam de terras com muito boa potencialidade a terras com restrições muito fortes ao desenvolvimento agrícola.

TERRA VERMELHA

Segundo o mapa divulgado pelo IBGE, o Norte, Norte Pioneiro e Oeste do Paraná contam o maior volume de áreas classificadas como muito boas para o desenvolvimento agrícola no Estado. O estudo cita como exemplo o latossolo vermelho de Tamarana, na região Norte, e o nitossolo vermelho de Medianeira, no Oeste. São exemplares da famosa “terra vermelha” do Paraná.

“A pesquisa do IBGE vem reiterar o que já sabíamos, que o Estado reúne as melhores características para a agricultura. A qualidade dos nossos solos está entre os motivos que fazem do Paraná um dos maiores produtores de alimentos do mundo”, salienta o governador Carlos Massa Ratinho Junior.

O estudo foi divulgado no Dia Mundial do Solo, instituído pela Organização das Nações Unidas para a Alimentação e a Agricultura (FAO). Este ano, a data tem como tema “Solos: onde a alimentação começa”.

“O Paraná tem o privilégio de ser um Estado com diferentes tipos de solo, com climas que ajudam a diversidade de culturas e com a possibilidade de até três safras anuais para algumas variedades”, explica o secretário estadual da Agricultura e do Abastecimento, Norberto Ortigara. “Aliado a isso, o Estado é resultado de uma população nativa, que se esforçou para sempre cuidar da terra, e de colonos que para cá vieram e construíram a agropecuária forte respeitada em todo o mundo”.

“A potencialidade agrícola e os números do PIB paranaense, recentemente divulgados pelo IBGE, demonstram o aproveitamento pelo Estado das condições naturais favoráveis”, ressalta Julio Suzuki, diretor de Pesquisa do Ipardes (Instituto Paranaense de Desenvolvimento Econômico e Social). “Não é por acaso que o Paraná passou a ocupar o quarto lugar no ranking das economias estaduais, com grande contribuição do setor primário e das políticas locais de desenvolvimento”.

TERRITÓRIO

Com território de 199.308 quilômetros quadrados, o Paraná tem ainda 18,5% de suas terras classificadas como “boa” (classe A2), o que equivale a uma área de 36.855 quilômetros quadrados. São solos favoráveis às atividades agrícolas, com relevo aplainado e pequenas restrições e limitações, mas que podem ser facilmente corrigidas para o cultivo.

Outros 67.876 quilômetros quadrados de terras, ou 34,1% do total, foram classificadas com potencial “moderado” (classe B). São áreas, segundo o IBGE, com relevos ligeiramente acidentados, que podem precisar de ações adequadas para a agricultura, ou com problemas de fertilidade, mas que podem ser corrigidos de forma relativamente fácil.

Com menor representatividade, as terras classificadas como “restritas” (Classe C) ocupam 9,5% do território estadual, uma área de 45.863 quilômetros quadrados. São terrenos com condições restritas para o uso agrícola, localizados principalmente em relevos mais acidentados, que precisam de ações mais complexas de manejo e que contam com problemas de fertilidade e restrições de profundidade para o plantio.

Por fim, os solos classificados com potencialidade “fortemente restrita” ao uso agrícola somam uma área de 45.863 quilômetros quadrados, 23% do território paranaense. Esses locais podem ter muitos declives, materiais indesejáveis ou restrições importantes quanto à profundidade. Eles exigem técnicas de manejo intensivas e, por suas características, são indicados como áreas de preservação ambiental ou para o cultivo de culturas adaptadas a esse tipo de solo.

Enem: 1ª fase é realizada neste domingo com 145 mil estudantes no Paraná

A primeira fase do Exame Nacional do Ensino Médio (Enem) será realizada neste domingo (13). Mais de 145 mil pessoas no Paraná farão as provas, que avaliam o desempenho dos estudantes e são porta de entrada para o ensino superior. A segunda etapa ocorrerá no dia 20 de novembro.

Nesta primeira fase serão aplicadas as provas de Ciências Humanas e de Linguagens, cada uma com 45 questões objetivas, e mais a redação, que deve ter no máximo 30 linhas. No dia 20 serão avaliadas as áreas de Matemática e Ciências da Natureza, também com provas objetivas de 45 questões cada.

O Enem é promovido anualmente pelo Inep, autarquia do Ministério da Educação (MEC). O exame é usado como acesso à educação superior via Sistema de Seleção Unificada (Sisu), programa federal que possibilita aos estudantes ingressar nas universidades públicas e institutos tecnológicos por meio da nota obtida no Enem.

ORGANIZAÇÃO

As provas do Enem serão aplicadas em mais de 6,5 mil salas, em 88 municípios paranaenses. A segurança de todo o processo conta com a Polícia Militar do Paraná, que atuará na distribuição, aplicação e coleta do material avaliativo, além de fazer o patrulhamento ostensivo e preventivo nos locais das provas.

Na terça-feira (08), a PMPR fez a escolta de todos os veículos da Empresa Brasileira de Correios e Telégrafos (ECT) que transportaram as provas do Enem para as regiões do Estado onde a avaliação será realizada.

Equipes da corporação seguem um plano de ação específico. Haverá policiamento ostensivo nos itinerários até os locais de aplicação do exame, onde os policiais permanecerão durante todo o período para evitar situações que possam prejudicar a realização da prova e a concentração dos estudantes.

PREPARAÇÃO

Os estudantes da rede estadual também tiveram uma preparação especial para o Enem. A Secretaria de Estado da Educação e do Esporte (Seed) promoveu, no início do mês, o Aulão Paraná, no Teatro Guaíra, em Curitiba.

Quase 2 mil estudantes de 29 colégios estaduais da Capital participaram da aula preparatória e receberam informações sobre a divisão das provas, o número de questões e a redação, além de orientação para administrar bem o tempo e outras dicas importantes. O aulão, realizado em parceria com universidades, também abordou os vestibulares que acontecem neste final de ano.

ESTADUAIS

As sete universidades estaduais do Paraná utilizam a nota do exame para o ingresso nas instituições: Londrina (UEL), Maringá (UEM), Ponta Grossa (UEPG), do Oeste do Paraná (Unioeste), do Centro-Oeste (Unicentro), do Norte do Paraná (UENP) e Estadual do Paraná (Unespar).

A Universidade Estadual de Londrina e a Universidade Estadual do Centro Oeste usam o Enem como fase única de parte de seus cursos. Na UEL, as vagas são definidas pelos cursos, assim como as pontuações mínimas, enquanto na Unicentro, a exigência é não zerar a redação do Enem.

Na Universidade Estadual de Maringá a nota é um dos critérios para solicitação de vagas remanescentes. Na Universidade do Oeste do Paraná, 50% das vagas de ingresso são via Sistema de Seleção Unificada (Sisu). Já na Universidade Estadual de Ponta Grossa, a participação no Enem é obrigatória, porque o resultado obtido no exame é somado ao do vestibular.

A Universidade Estadual do Norte do Paraná disponibiliza no mínimo 10% das vagas anuais de cada curso de graduação por meio do Sisu. E na Unespar a nota do Enem é uma das formas utilizadas para seleção de novos estudantes.

IMPRESSO E DIGITAL

Pelo terceiro ano consecutivo, além da versão impressa, o Enem também terá o formato digital. A opção por um ou outro foi feita no momento da inscrição.

A versão digital é realizada nas mesmas datas do exame impresso, com perguntas idênticas, assim como o tema da redação. Embora no Enem Digital as questões sejam respondidas digitalmente, a redação terá de ser manuscrita.

A diferença entre as duas modalidades é que no digital o exame só pode ser feito por quem já concluiu ou vai concluir o ensino médio em 2022.

No Paraná, 141.400 pessoas optaram pela versão impressa e 4.275 pela digital. O Enem Digital será aplicado nas cidades de Curitiba, Francisco Beltrão, Cascavel, Maringá, Apucarana e Londrina.

Os locais das provas, tanto do Enem impresso como da versão digital, podem ser consultados na página do participante.