Covid-19: Maringá tem o maior número policiais penais contaminados do Paraná

Policiais Penais (antigos agentes penitenciários) do sistema prisional de Maringá estão preocupados com o avanço do novo coronavírus (Covid-19), na cidade, em especial na CCM (Casa de Custódia de Maringá).

Segundo um levantamento feito pelo SINDASRPEN (Sindicato dos Agentes Policiais Penais do Paraná), Maringá se transformou no novo foco da contaminação pelo coronavírus entre os policiais penais.

Somente na Casa de Custódia de Maringá, são nove casos confirmados e 14 ainda aguardando o resultado. Dos casos confirmados, seis são da equipe Bravo, que recebeu presos contaminados da carceragem da 9º SDP no dia 12 de junho.

Para o vice-presidente do Sindicato, José Roberto Neves, esse procedimento não deveria ter acontecido. A Casa de Custódia não teria condições de receber presos contaminados, sem que passagem por uma unidade de triagem, especializada no protocolo para suspeita de Covid-19.

“Os presos com qualquer suspeita não podem vir para a Casa de Custódia ou qualquer outra unidade prisional, sem uma triagem. Esses locais não estão preparados para  receber presos vindo de carceragens com suspeita da doença. O que nós pedimos é que essa triagem e isolamento sejam feitos antes do preso contaminado entrar em contato com os nosso policiais”, afirmou Neves.

Em comparação com outras unidades prisionais no Paraná, Maringá é a que concentra o maior número de casos de policiais penais que testaram positivo para doença.

Segundo o levantamento, Curitiba e Região Metropolitana tem oito casos registrados de policiais penais com Covid-19. Londrina, Foz do Iguaçu e Cascavel registraram apenas um caso entre seus policiais.

O Sindarspen afirma que  não existe uma política de monitoramento no sistema prisional, em tempo real, sendo feita pelo governo do estado e que não há testagem suficiente para a categoria.

“Nós conversamos com o governo e pedimos o levantamento dos casos no sistema prisional. Não temos esses números, não nos foi repassado ainda esse dado. Ficamos alarmados com a situação e Maringá e decidimos fazer o nosso próprio levantamento diário. Precisamos saber dos números reais. Pedimos testagem em massa, toda a semana. Não podemos manter nossos policiais trabalhando sob suspeita da doença. O risco de contaminação é muito grande. A categoria está assustada”, desabafou o presidente do Sindicato.

Neves diz ainda que os policiais com suspeita da doença fizeram o teste na semana passada e estão trabalhando normalmente enquanto aguardam o resultado, por orientação do próprio Depen (Departamento Penitenciário do Paraná), que realizou os testes.

“Se tivermos muitos policiais contaminados, logo não teremos quem trabalhe no sistema prisional. Como vamos fazer? É um serviço essencial que não pode parar. O governo tem que olhar pra isso. Muitos colegas estão procurando fazer o teste em laboratório particular para ter o resultado mais rápido e evitar a contaminação de outros colegas e parentes”.

Para o Sindicato, o casos dos policiais da equipe Bravo, contaminados na transferência de presos é um caso de acidente de trabalho. Ainda assim, eles alegam que os policiais não puderam registrar a situação. Essa é mais uma das reivindicações que está sendo encaminhada ao governo.

Além dos policiais na Casa de Custódia, um outro caso foi registrado na Penitenciária Estadual de Maringá, com um cônjuge de um dos casos confirmados também na CCM.

COVID-19 – TRANSFERÊNCIA PARA CASA DE CUSTÓDIA FOI O ESTOPIM PARA DISSEMINAÇÃO DA DOENÇA ENTRE OS POLICIAIS PENAIS

Para o Sindarspen, a transferência dos presos da 9º SDP para a CCM está diretamente ligada ao  contágio entre os policiais penais da unidade. Policiais teriam relatado que na época havia apenas máscaras descartáveis para uso como material de proteção.

Os agentes ainda disseram que não tinham a informação sobre a condição de saúde dos presos e que os mesmos deveriam ser transferidos diretamente para a “unidade sentinela/referência” que fica em Campo Mourão, destinada ao isolamento de presos com a COVID-19.

Somente depois de passarem pelo isolamento de 14 dias e tratamento nesta unidade é que deveriam ser transferidos para outras unidades.

O QUE DIZ O GOVERNO DO PARANÁ

Em nota, o Depen informou que as Secretarias da Segurança Pública (SESP) e da Saúde (SESA) têm disponibilizado testes para servidores e presos do Paraná, dentro das  medidas de prevenção ao coronavírus seguem os protocolos da SESA e do Ministério da Saúde.

Na área sob jurisdição da coordenação regional de Maringá do Depen, foram feitos cerca de 90 testes para o Covid-19 em presos e servidores, desde o início da pandemia.

Destes, 12 apresentaram resultado positivo, sendo quatro presos e seis agentes penitenciários e dois agentes de cadeia. Oito ainda aguardam resultado.

A nota diz ainda que as medidas de prevenção estão sendo tomadas e que foram disponibilizadas quatro máscaras reutilizáveis para cada servidor da região de Maringá, além de álcool em gel e sabão para higienização das mãos, entre outras medidas já amplamente divulgadas. Caso os agentes que tenham contato com casos suspeitos ou confirmados da doença, têm ainda à disposição óculos, capa e face.

A coordenação de Maringá ressalta que todo preso que entra no sistema prisional ou que é movimentado de unidade, passa por avaliação de saúde, que inclui medição de temperatura e reposta a um questionário de doenças pré-existentes e demais comorbidades.

Em seguida, o detento vai para o banho e troca de roupa, com lavagem dos tecidos em separado, e segue para cela de isolamento por 14 dias. Se não apresentar sintomas, o preso permanece na unidade. Caso algum sintoma apareça, ele é transferido imediatamente para a unidade sentinela.

O Depen esclarece ainda que a unidade sentinela está sendo utilizada para casos suspeitos e confirmados de Covid-19, justamente para não haver riscos maiores de contaminação. A quarentena preventiva, como foi dito, é feita na própria unidade onde o preso será custodiado, porém, sem que ele tenha contato com outros detentos que já estão na unidade.

Sobre a reivindicação do Sindicato para que o caso da CCM seja enquadro como acidente de trabalho, a nota oficial do Governo não aborda o assunto. A nota também não fala sobre o questionamento da reportagem a respeito dos policiais que continuam a trabalhar enquanto aguardam o resultado dos testes.

PARANÁ  TEM AUMENTO NOS CASOS DA COVID-19

A Sesa (Secretaria de Estado da Saúde) confirmou 1.097 casos novos de coronavírus no Paraná, em boletim divulgado nesta quarta-feira (24). A marca alcançada é maior do que os diagnósticos de Covid-19 acumulados nos primeiros 41 dias de pandemia no Estado.

Assim, chega 16.769 o número total de diagnósticos positivos desde março, conforme os registros oficiais.

De acordo com o boletim, 23 mortes por Covid-19 foram confirmadas. São 510 óbitos desde o início do monitoramento.

Pacientes crônicos são maioria em UTIs particulares; Covid-19 afasta do tratamento

O medo de se expor ao novo coronavírus (Covid-19), tem feito com que pacientes de doenças crônicas deixem de buscar tratamento em hospitais e clínicas especializadas e a situação preocupa  médicos e especialistas da área de saúde.

Pacientes com doenças cardiovasculares, pulmonares, diabetes, pacientes oncológicos, dentre outros, podem apresentar um desiquilíbrio na doença ao deixar de procurar o tratamento.

Segundo o  SINDIPAR (Sindicato dos Hospitais e Estabelecimentos de Saúde do Paraná), a maior parte dos doentes que estão nas Unidades de Terapia Intensiva (UTIs) dos hospitais privados do Paraná é de pessoas com doenças crônicas ou graves, não com a Covid-19. Ainda não há um fechamento do percentual desses números, mas o sindicato afirma que esta é a realidade das UTIs particulares.

Para o presidente do SINDIPAR e da FEMIPA (Federação das Santas Casas de Misericórdia e Hospitais Beneficentes  do Estado do Paraná), Flaviano Ventorim, pacientes crônicos são maioria nas UTIs dos hospitais particulares do Estado porque estão com medo de entrar em um hospital para dar sequência ao seu tratamento.

“O medo de contrair o coronavírus tem afastado esses pacientes dos tratamentos e complicado alguns casos. E ainda temos que pensar também nas doenças oportunistas de inverno que estão chegando agora. Com a queda na temperatura, pneumonias e outras doenças respiratórias podem agravar os casos crônicos, principalmente na população idosa”, afirmou Ventorim.

O Paraná tem atualmente 4.200 leitos de UTI’s públicos e privados. E 1.900 são somente leitos privados e que não atendem o SUS, segundo o Cadastro Nacional dos Estabelecimentos de Saúde (Cnes).

Curitiba tem disponível 5.730 leitos gerais nos hospitais privados (sendo que 3.588 são associados do Sindipar, Femipa, Ahopar e Fehopar) e 927 UTIs (sendo que 618 são associados das entidades). Dos leitos associados, a ocupação média de UTIs já está entre 85% e 95%, com pacientes com outras doenças e pacientes com a Covid 19, conforme levantamento do Sindicato.

Preocupados com o avanço da doença e a divulgação de números recordes, representantes de hospitais privados, operadoras de saúde e demais representantes da área se reuniram,  na semana passada, com a Secretária Municipal de Saúde, Márcia Hucçulak, para traçar estratégias de combate à doença.

Os hospitais concordam que há um risco iminente de um colapso nas redes de saúde pública e privada.

Na última quarta-feira (17), a estimativa de ocupação de leitos de UTIs na cidade era de 90%, tanto para atender pacientes com Covid-19, como as demais doenças e internações. Há hospitais que não estão trabalhando com UTIs específicas para o coronavírus.

De acordo com Ventorim, a maioria dos hospitais privados do Paraná está preparada para atender os pacientes durante a pandemia.

“Desde que começaram os primeiros casos no País, os hospitais investiram em infraestrutura, equipes e fluxos para atender a população. Enquanto alguns construíram novas UTIs e áreas de emergência específicas para receber os pacientes com sintomas de doenças respiratórias ou com a Covid-19, outros investiram na alteração de fluxo, separando áreas distintas para receber pacientes com a doença e outras não relacionadas à Covid-19”

O Sindicato faz um apelo para que pacientes com doenças graves não deixem de buscar orientação médica jamais.

“Investimos muito em segurança para os profissionais e para os pacientes.  Pedimos para pacientes com doenças crônicas não deixem o quadro agravar. Não deixem de fazer seus exames de rotina porque se houver qualquer descompensação no quadro você vai precisar entrar no hospital pela emergência e estará em situação mais grave”, disse Flaviano.

PACIENTES CRÔNICOS TEM O MEDO DA EXPOSIÇÃO À  COVID-19

Para a médica infectologista Mireille Spera do INC (Instituto de Neurologia de Curitiba), paciente cardiológicos, oncológicos, neurológicos estão evitando ir ao hospital, com medo de contrair Covid-19.

“O problema é que esses pacientes  acabam descontinuando seu tratamento e causando, muitas vezes um agravamento da doença, como quedas, infartos, derrames, dentre outras complicações. Temos percebido que houve uma redução nas internações para casos crônicos e neurológicos, que deixam de fazer retorno em seus cardiologistas, neurologistas, oncologistas, agravando assim sua saúde”, explica a médica

A médica relata o caso de uma paciente que sentiu dores agudas na região torácica, mas que com medo de ir até o hospital, esperou por semanas para o atendimento de seu cardiologista no consultório. A situação já estava mais grave, sem saber, a paciente fez um infarto em casa e por não tratar em tempo hábil, acabou com uma lesão que deixou sequelas em seu coração.

Esse é um dos exemplos das várias consequências que pacientes crônicos podem ter ao abandonarem seus tratamentos.

” É muito importante que os pacientes conversem com seus médicos, diante de sintomas, para decidir se devem ou não ir para o hospital. Isso pode ser feito através de um telefonema, vídeo do whatsapp, importante explicar sua situação e saber qual é a orientação do médico. Pode salvar uma vida, portanto é preciso enfrentar o medo do coronavírus. Hoje em dias os hospitais estão preparados, com todos os protocolos de segurança que são orientados pela Anvisa e pelos órgãos internacionais de saúde”, explica a médica.

É o caso do INC que desde o início da pandemia tem adotado procedimentos para assegurar que pacientes crônicos não fiquem expostos ao novo coronavírus. As consultas são agendadas com distanciamento entre uma e outra para evitar aglomeração. Além disso as secretárias ligam para os pacientes antes das consultas para saber sobre os sintomas respiratórios.

O hospital orienta ainda para que paciente não tragam companhantes, salvo em situações de necessidade. Todos os funcionários usam equipamentos de segurança, máscaras e disponibilizam álcool gel, além de atendimento ambulatorial dirigido para pacientes que apresentem sintomas da Covid-19.

“É muito preocupante que pacientes com doenças mais graves, ou imunodeprimidos, deixem de fazer o tratamento. As consequências podem ser bem maiores. Temos visto pacientes oncológicos atrasem cirugias, quimioterapia, radioterapia,  esperando que a pandemia passe em pouco tempo. Não existe data pra acabar, nem vacina, nem remédio, não dá pra descuidar da saúde. Converse com seu médico e entenda como pode chegar até o seu tratamento com segurança”, afirma a infectologista.

COVID-19 EM CURITIBA

Com dez novas mortes registradas nas últimas 24 horas, Curitiba anotou seu recorde diário e alcançou a marca de 109 mortes pelo novo coronavírus (Covid-19).

Também foram confirmados no período novos 51 casos, totalizando 2.885 ocorrências desde o dia 11 de março -data da primeira contaminação pela doença.

As informações foram confirmadas em boletim divulgado pela SMS (Secretaria Municipal da Saúde), neste domingo (21).

Atualmente 250 pessoas estão internadas em hospitais da capital paranaense com coronavírus, sendo 88 dessas pessoas em UTIs (Unidades de Terapia Intensiva).

COVID-19 NO PARANÁ

No boletim com o maior número de casos confirmados e mortes pelo novo coronavírus (Covid-19) em um domingo, o Paraná chegou a marca de 14.336 ocorrências e 442 óbitos no acumulado.

Nas últimas 24 horas, foram confirmados novos 674 casos e 14 óbitos pela Covid-19. Como comparação, no último domingo houve o registro de 293 ocorrências e cinco mortes.

As informações foram divulgadas pelo SESA (Secretaria de Estado da Saúde) neste domingo (21).

 

Covid-19: Governo do Paraná vai anunciar regra comum a todos os municípios

O governador do Paraná, Ratinho Junior (PSD), determinou que a Secretaria de Estado da Saúde vai definir um protocolo único sobre as medidas de combate ao coronavírus até a próxima sexta-feira (19). O texto será seguido pela prefeitura de Curitiba e demais cidades da Região Metropolitana de Curitiba, conforme anunciado pelo prefeito Rafael Greca (DEM) na manhã desta quarta-feira (17).

Uma reunião, por videoconferência, selou o acordo. Participaram do encontro o vice-governador Darci Piana; o secretário de Estado da Saúde, Beto Preto; o secretário de Estado de Desenvolvimento Urbano e de Obras Públicas, João Carlos Ortega; e o secretário de Estado da Agricultura e Abastecimento, Norberto Ortigara.

Em sua conta no Twitter, o prefeito Rafael Greca anunciou que o Governo do Paraná decidiu publicar até a próxima sexta-feira (19) uma regra comum de horários de trabalho e funcionamento de atividades para os municípios.

“Todos nós, prefeitos, decidimos ser parceiros e ouvir as recomendações do governador, para poupar a nossa região e o nosso Paraná da grave emergência sanitária que nos empurra para um lockdown, que nenhum de nós deseja”, disse Greca ao site oficial da prefeitura de Curitiba.

CURITIBA TEM NÚMERO RECORDE DE CASOS

O boletim divulgado pela Secretaria Municipal de  Saúde, na tarde desta terça-feira (16), confirmou 510 novos casos em 24 horas e 85% de taxa de ocupação de leitos do SUS para atendimento da doença.

A Secretária Municipal de Saúde, Márcia Huçulak, admitiu que existe a possibilidade da cidade precisar entrar no esquema de lockdown.

Fechados Pela Vida: Movimento de pequenos empresários pede lockdown em Curitiba

Um grupo de 200 pequenos empresários proprietários de bares, restaurantes, cafeterias e casas noturnas, que fazem parte do movimento “Fechados Pela Vida“, publicou em suas redes sociais, nesta terça-feira (16), uma petição online para colher assinaturas de pessoas favoráveis ao chamado lockdown, na cidade de Curitiba. 

A petição veio depois do boletim divulgado pela Secretaria Municipal de Saúde, com números recordes de casos do novo coronavírus (Covid-19), na tarde desta terça-feira (16).

O boletim confirmou 510 novos casos em 24 horas e 85% de taxa de ocupação de leitos do SUS para atendimento da doença.

A Secretária Municipal de Saúde, Márcia Huçulak, admitiu que existe a possibilidade da cidade precisar entrar no esquema de lockdown.

FECHADOS PELA VIDA

O movimento também publicou uma Carta Aberta à sociedade contra a abertura precoce do comércio em Curitiba.

Para ler o conteúdo completo da carta e saber quais empresas fazem parte do movimento clique aqui.

Veja quais são as reivindicações do  movimento Fechados Pela Vida:

Como cidadãos e pequenos empreendedores pedimos a Prefeitura de Curitiba, bem como outras esferas do poder público, municipais, estaduais e federais:

– O decreto do lockdown mais rápido possível para que o Sistema de Saúde não entre em colapso na Cidade de Curitiba e os efeitos econômicos sejam menores;

– Controle do transporte público para que este não seja também um foco de contagio paralização da atividade ou através de aumento significativo da frota para que não haja aglomerações;

– Plano de ação de combate à pandemia, com estágios definidos do enfrentamento, transparência de dados sobre capacidade de leitos covid-19 e não covid-19, bem como de outros índices e também de pacientes com SRAG.

– O plano de ação deve estabelecer períodos para cada estágio do enfrentamento e datas para avaliação de dados da pandemia, possibilitando assim que todos possam compreender os estágios e realizar planejamentos;

– Plano econômico para sobrevivência de empresas, principalmente pequenas ou médias, profissionais autonomos e desempregados. Sem um plano econômico o fechamento para pandemia será um fechamento em definitivo para muitas empresas, gerando falências em massa e crescimento acelerado do desemprego. Queremos fechar e contribuir no combate a pandemia, mas também queremos condições para sobreviver e se reerguer após ela.

– Como pequenas e médias empresas, somos o setor que mais emprega na economia, contudo também somos o setor com maior dificuldade de acesso à crédito e com maior dificuldade financeira. Cidades como Niterói e Foz do Iguaçu liberaram linhas municipais de crédito.

– É necessário também a desburocratização das linhas de crédito do BNDES que são oferecidas pela Fomento Paraná. Neste momento de emergência econômica, pequenas empresas enfrentam mais de 2 meses de burocracia para ter acesso à credito;

– Diretrizes para fiscalização de aglomerações e ambientes que possam ser de grande contágio, sejam eles públicos ou privados, para que as normas de distanciamento social sejam respeitadas. Estas diretrizes devem ser realizadas em conjunto com a vigilância sanitária, epidemiológica, bem como guarda municipal e polícia militar;

– Aumento de fiscais através de contratação emergencial para que a as fiscalizações sejam ágeis e eficazes. Durante o período da pandemia, estabelecimentos foram denunciados na central 156 e foram fiscalizados somente após 30 dias. A Guarda Municipal e Polícia Militar também não acolhem denúncias pois não há decreto que regulamente a fiscalização;

– Redução/Subsídio de tributos municipais e estaduais, redução das contas de água e luz, bem como auxílio nas negociações de aluguéis;

– Reabertura baseada nos 6 critérios de flexibilização da quarentena pela OMS

e planejada, através de diálogo com setores da economia e de especialistas da área da saúde.

– Todos os setores da economia devem contribuir de forma igualitária no combate à pandemia, caso haja restrições para setores específicos elas devem ser decretadas através de critérios técnicos, em conjunto com medidas econômicas e diálogo com os setores. Fechamento parciais sem critérios técnicos somente prejudicam economicamente setores da economia em detrimento de outros;

– Medidas específicas de planejamento econômico para os setores de entretenimento e cultura, como bares, teatros, casas de show, baladas, bem como de todo setor cultural que tem seus ganhos nesse ecossistema como músicos e artistas, bem como a busca de soluções criativas para sobrevivência e retomada do segmento;

– Campanhas educativas para conscientização e educação da população em cada estágio do enfrentamento da pandemia, bem como orientação sobre realização de denuncias e também de ações de prevenção. No momento de retomada econômica, estas medidas educativas também são importantes para ensinar como se portar em estabelecimentos públicos e privados para reduzir a possibilidade de contágio.

Pedimos às autoridades competentes seriedade e liderança diante da pandemia. Prefeitura de Curitiba, decrete o lockdown.

O QUE É LOCKDOWN?

Do inglês para o português, a palavra lockdown significa confinamento.  No caso de uma pandemia, refere-se ao bloqueio total de uma região, uma cidade ou estado, imposta pelos governos ou pela Justiça. É a medida mais rígida adotada durante situações extremas, como a pandemia do novo coronavírus.

Em casos de lockdown somente os serviços considerados essenciais podem funcionar, com medidas sanitárias e de contenção. Todos os demais serviços ficam suspensos por tempo indeterminado.

 

Empresas de transporte de turismo e escolar protestam em frente ao Palácio Iguaçu

Empresas do setor de transporte de turismo e escolar fizeram um protesto pacífico, na manhã desta segunda-feira (15), em frente ao Palácio Iguaçu, sede do Governo do Paraná, no Centro Cívico, em Curitiba.

Em carreata, cerca de 40 ônibus, micro-ônibus e vans se direcionaram ao Centro Cívico e agora estão estacionados fazendo um buzinaço em frente ao Palácio.

As empresas pedem socorro e atenção do governo por conta da crise do novo coronavírus (Covid-19). Seguido as orientações sanitárias para o enfrentamento da pandemia, o setor está parado há três meses e contabiliza prejuízos.

Mais cedo, o SINFRETIBA, sindicato que representa a categoria, se posicionou contra o protesto em suas redes sociais. Em nota de esclarecimento o sindicato informou que não irá apoiar o movimento porque entende que a manifestação não surtirá efeitos e poderá prejudicar o segmento que tanto apoio vem recebendo por parte do Governo Estadual, conforme explica a nota.

VEJA A NOTA DO SINFRETIBA

EM FOZ DO IGUAÇU TAMBÉM HOUVE PROTESTO DA CATEGORIA

Também pelas redes sociais, o movimento SOS Turismo Guia e Motorista, convocou para a manhã desta segunda-feira (15), uma mega carreata na cidade. Foram convocados profissionais do turismo, motoristas de aplicativos e taxistas e a todos os apoiadores da classe, com o mesmo objetivo de chamar atenção do Governo, para os problemas que a categoria vem enfrentando nos últimos três meses.

VEJA O VÍDEO DA CARREATA

REPRESENTANTES DE ACADEMIAS DE CURITIBA PROTESTAM EM FRENTE À PREFEITURA

Mais cedo, aproximadamente 100 representantes de academias promoveram um protesto em frente à Prefeitura de Curitiba nesta segunda-feira (15) contra as novas medidas restritivas no combate ao coronavírus tomadas pela Secretaria Municipal de Saúde.

A categoria  argumenta que “exercício é saúde” e têm medo do desemprego causado pelas academias vazias. Segundo a entidade, a medida pode resultar no fim de mil empresas, que geram mais de 30 mil empregos.

O protesto foi pacífico e teve o acompanhamento da Guarda Municipal.

Coronavírus: ABRABAR declara guerra à Prefeitura de Curitiba

A ABRABAR (Entidade de Classe que representa os Bares, Cafés, Restaurantes, Lanchontes, Tabacarias, Casas Noturnas, Shows e Similares) declarou guerra à Prefeitura de Curitiba logo após o anúncio de novas medidas de isolamento na cidade, para a contenção do avanço do novo coronavírus.

A entidade se posicionou há pouco em sua conta no Twitter, com o post “ESTÁ DECLARADO GUERRA”.

Um novo posto foi feito convocando empresários, colaboradores, terceirizados e fornecedores para uma reunião na sede da Prefeitura de Curitiba, na próxima segunda-feira (15).

CURITIBA PUBLICA DECRETO QUE REFORÇA ISOLAMENTO E FECHA BARES E CASAS NOTURNAS

A Prefeitura de Curitiba publicou em edição extra do Diário Oficial, na tarde deste sábado (13), o Decreto 774-2020, que prevê novas regras para atividades comerciais e o uso do aparelho público na cidade. A intenção é aumentar o isolamento social e conter o avanço do novo coronavírus (Covid-19).

A secretária explicou ainda que por conta da gravidade do avanço da doença a cidade de Curitiba entrou hoje na chamada “bandeira laranja“, onde há risco médio de transmissão da doença.

Bares e atividades correlatas tiveram suas atividades suspensas por tempo indeterminado.

Covid-19: Curitiba anuncia novas medidas de isolamento; Cidade está na bandeira laranja

A Prefeitura de Curitiba publicou em edição extra do Diário Oficial, na tarde deste sábado (13), o Decreto 774-2020, que prevê novas regras para atividades comerciais e o uso do aparelho público na cidade. A intenção é aumentar o isolamento social e conter o avanço do novo coronavírus (Covid-19).

As informações foram divulgadas em uma live da Prefeitura, em sua página do Facebook,  pela Secretária Municipal de Saúde Márcia Huçulak  e a médica infectologista da Secretaria Municipal da Saúde de Curitiba,  Marion Burguer.

A secretária iniciou a live lamentando o comportamento dos curitibanos nos últimos dias, em especial, na última semana, onde os números da doença triplicaram na Capital.

“A semana toda anunciamos um crescimento do  quadro da doença. Muito nos preocupou toda movimentação da sociedade curitibana, muitos nos preocupou nos 92 dias de pandemia de Curitiba, o crescimento lento e gradual da doença. O objetivo  era manter a cidade isolada, o vírus não vai embora. Precisamos aprender a conviver com os vírus e a  adotar medidas de precaução. Várias situações de aglomeração, desrespeito ao distanciamento social, a falta do uso de máscara, a situação de agravou dos dia 28 pra cá”, afirmou a secretária.

O Decreto 774-2020 entrou em vigor hoje, mas passa a valer à zero hora de segunda-feira (15).

BANDEIRA LARANJA

A secretária explicou ainda que por conta da gravidade do avanço da doença a cidade de Curitiba entrou hoje na chamada “bandeira laranja“, onde há risco médio de transmissão da doença.

“Fechamos o painel de bandeiras a nossa bandeira hoje, com muita dor passou para laranja. Significa risco médio de transmissão da doença. A situação  nos preocupa muito não vamos ficar assistindo dessa forma a situação crescer absurdamente e desordenadamente”, desabafou Márcia Huçulak.

CONFIRA A TABELA: 

VEJA O QUE DIZ O DECRETO E O QUE FECHA NOVAMENTE NA CIDADE

FICAM SUSPENSAS AS SEGUINTES ATIVIDADES E SERVIÇOS POR TEMPO INDETERMINADO:

  • Academias e todas as práticas esportivas
  • Igrejas e templos religiosos
  • Praças e Parques Públicos
  • Todas as atividades de entretenimento com ou  sem música, teatros festas em gral e atividades correlatas
  • Bares e atividade correlatas
  • Clubes Sociais Esportivos

VEJA O QUE VAI FUNCIONAR, MAS COM RESTRIÇÕES DE HORÁRIO

  • Comércio varejista de rua poderá abrir das 10h às 16h de segunda a sexta
  • Shopping Center poderá funcionar das 12h às 20h de segunda a sexta e será fechado no final de semana. As praças de alimentação devem funcionar das 12h às 15h
  • Galerias e centros comerciais poderão funcionar das 10h às 16h. Praças de alimentação das 11h às 15h  e depois desse horário somente na modalidade de delivery
  • Restaurante e lanchonetes poderão  funcionar das 11h às 15h – Após este horário somente na modalidade drive-thru e e delivery
  • Empresas de tecnologia e coworking – poderão funcionar por 6 horas
  • Lojas de material de construção poderão funcionar das  10h 16h, de segunda a sexta. Nos finais de  semana e feriados abrirão das 9h às 13h
  • Hotéis e pousados poderão atender somente até 50% da sua capaidade
  • Serviços de Call Center e Telemarketing também operam com  50%, exceto os de serviço de saúde
  • Drive In só poderão abrir por 3h ou uma sessão de exibição por dia

Segundo a secretária, a situação poderia ter sido evitada se a população de Curitiba tivesse colaborado com o isolamento social. Na próxima segunda (15), mas informações sobre as medidas serão passadas.

“Poderia ter sido evitado, infelizmente tivemos que atuar em benefício do cidadão de Curitiba. Por favor, fique em casa”, pediu a secretária.

NOVOS CASOS DA DOENÇA EM CURITIBA

Além das novas medidas de contenção da doença anunciadas na live, a médica infectologista da Secretaria Municipal da Saúde de Curitiba,  Marion Burguer, anunciou os novos números do boletim de evolução da doença na Capital.

Nas últimas 24 horas foram registrados 59 novos casos do novo coronavírus (Covid-19), na cidade. Mais 4 mortes foram anunciadas, totalizando 78 mortes pela doença nos últimos três meses.

Ao todo, Curitiba tem hoje 1.777 casos confirmados, destes 1.263 pacientes recuperados. Há 167 pessoas internadas e 71 em UTIs.

As quatro vítimas fatais da doença apresentavam doenças crônicas e quadros de comorbidades. Eram homens e mulheres com menos de 50 anos. Dois faleceram neste sábado e outros dois nos últimos três dias.

Bebê de um ano é diagnosticado com Covid-19 no norte do PR

Um bebê de apenas um ano de idade foi diagnosticado com o novo coronavírus (Covid-19), em Santo Antônio da Platina, no norte do Estado.

Apesar da confirmação da doença, os pais do bebê testaram negativo para Covid-19 e a Secretaria Municipal de Saúde do município estuda o caso e como teria se dado a transmissão.

O bebê e os familiares estão em isolamento e sendo acompanhados pelas autoridades de saúde.

Segundo a Secretária Municipal de Saúde, Gislaine dos Santos, o bebê teria apresentado tosse, febre e diarreia antes da confirmação do diagnóstico. Como a criança não circula pela cidade e os dois pais testaram negativo, a Secretaria investiga a fonte de contaminação da criança.

“Nós não temos ainda a fonte de contágio dessa criança. A mãe não trabalha fora de casa e pai trabalha no sítio da família e nós ainda não conseguimos identificar a fonte de contato dessa criança. Estamos ainda em processo de investigação”, disse a secretária.

O último boletim divulgado pela Secretaria Estadual de Saúde, na tarde desta quarta-feira (10), aponta que o município de Santo Antônio da Platina tem 10 casos confirmados da Covid-19.

PARANÁ BATEU RECORDE NEGATIVO DA DOENÇA

O Paraná confirmou 22 mortes por Covid-19 nas últimas 24 horas. É o maior número de óbitos confirmados em um único dia desde o início da pandemia do coronavírus, de acordo com a Sesa (Secretaria de Estado da Saúde).

Conforme o boletim atualizado nesta quarta-feira (10), foram incluídos 519 casos novos no Paraná. Assim, ao todo, o estado chega a 275 mortos e 7.831 infectados desde março.

 

 

 

Regina Duarte é exonerada do governo e comemora: Deu-se. Ufa!

A atriz Regina Duarte foi exonerada do governo Bolsonaro 20 dias após o anúncio de sua saída da pasta.

O decreto foi publicado em Diário Oficial da União, nesta quarta-feira (10) e assinado pelo presidente Jair Bolsonaro (sem partido) e pelo Ministro do Turismo, Marcelo Henrique Teixeira Dias.

Mais cedo, em suas redes sociais, a atriz comemorou a saída publicando uma foto do decreto com a legenda: “Deu-se! #ufa”.

regina duarte exonerada governo secretaria cultura

REGINA DUARTE FICOU MENOS DE UM MÊS NO CARGO

A atriz Regina Duarte, ex-secretaria Especial de Cultura, deixou o cargo no dia 20 de abril, alegando questões pessoais, como estar próxima à família.

Regina foi convidada para fazer parte da secretariar a  Cinemateca, em São Paulo. A Cinemateca é a instituição responsável pela preservação da produção audiovisual do país e é vinculada à Secretaria da Cultura.

Regina Duarte ficou menos de quatro meses no cargo de secretária.

O nome cotado para assumir a pasta deixada pela atriz é o do ator Mario Frias, que é amigo e próximo à família Bolsonaro. No entanto, desde a saída da atriz a vaga ainda não foi oficialmente ocupada.

Fátima Bernardes chora durante entrevista com Mirtes Renata, mãe de Miguel

O programa Encontro com Fátima Bernardes desta sexta-feira (5) trouxe como entrevistada Mirtes Renata Souza, mãe de Miguel, 5, morto após cair do 9ª andar de um prédio de luxo em Recife enquanto estava sob responsabilidade da mulher para quem sua mãe trabalhava como empregada doméstica.

Durante a entrevista, Fátima Bernardes, 57, não conteve as lágrimas enquanto Mirtes falava sobre o caso que chocou o Brasil nesta quinta-feira. “Você está sendo muito forte”, elogiou a apresentadora. Segundo as investigações, Mirtes havia descido para levar a cadela da família para passear e deixado o filho sob os cuidados da patroa. Depois disso, a criança saiu do apartamento e tomou o elevador desacompanhada.

“Se eu posso te dizer uma coisa é que seu coração fique em paz. Tenha certeza que muitas lágrimas estão se juntando as suas, e muitas orações para que você e a sua família sejam fortes e possam tocar a vida”, afirmou Bernardes.

O caso de Miguel vem indignando muitas pessoas. A ativista Luisa Mell, 41, está em busca do contato de Mirtes Renata, pois quer ajudar a pagar um advogado. “Meu coração esta despedaçado com esta tragédia”, escreveu em suas redes sociais.

A mãe de Miguel trabalhava na casa de Sari Côrte Real há anos. Côrte cuidava da criança no momento da queda ocorrida na terça-feira (2). Ela foi autuada por homicídio culposo, mas acabou pagando a fiança no valor de R$ 20 mil e agora responde em liberdade.

Mirtes Renata Souza levou o filho ao local de trabalho por não ter com quem deixá-lo -escolas e creches ainda estão fechadas devido à pandemia do novo coronavírus.