Reforço escolar deve complementar o ensino dos estudantes nesse ano, diz pesquisa

Para diminuir a defasagem educacional dos filhos em idade escolar, 28% dos pais entrevistados pelo Instituto Datafolha pretendem matriculá-los em aulas de reforço. O dado faz parte da pesquisa Educação Não Presencial na Perspectiva dos Estudantes e Suas Famílias, encomendada pelo Itaú Social, da Fundação Lemann e do Banco Interamericano de Desenvolvimento (BID), que ouviu 1.306 pais e responsáveis de 1.850 estudantes através do telefone em dezembro de 2021. 

Para os pais que responderam à pesquisa, os estudantes devem receber apoio em matemática (71%), língua portuguesa (70%), ciências (62%) e história (60%). Consideradas apenas crianças em fase de alfabetização, esse percentual sobe: 76% precisarão de mais atenção das escolas na retomada das aulas presenciais, segundo as famílias.

Todos esses pontos refletem no desenvolvimento cognitivo e educacional das crianças. Os primeiros anos da escola são fundamentais para despertar habilidades sociais e educacionais como ler e escrever. Para a neuropsicopedagoga clínica Joyce Cardoso, 42, os pais e a escola precisam estar juntos nessa etapa de retomada para auxiliar as crianças nesse período. Por conta do tempo fora das salas de aula, uma lacuna de aprendizado foi criada e precisa ser preenchida em conjunto. 

“Neste período pandêmico e por causa do longo período de uso dos aparatos tecnológicos, as crianças receberam informações de mais e não conseguiram processar por estarem longe das salas de aula. A memorização e o processo de aprendizagem foram extremamente prejudicados. Com a retomada das aulas presenciais, pais e professores tem papeis fundamentais. Os pais devem incluir na rotina jogos e atividades que auxiliem na estimulação cognitiva. Os professores precisam tomar o cuidado de realizar avaliações apresentando sempre o lúdico para chamar a atenção para o novo, o diferente que não fique apenas na base maçante dos conteúdos”, aconselha a especialista. 

Sobre a retomada das aulas presenciais, a pesquisa mostra o otimismo dos estudantes com relação ao retorno às salas de aula. Segundo o estudo, 83% dos estudantes que retornaram às atividades presenciais estão evoluindo no aprendizado. O percentual de alunos animados com a volta às aulas é de 86%, os otimistas com o futuro somam 80%. Já os estudantes independentes para realizar as tarefas de casa somam 84%, enquanto os mais interessados nos estudos chegam a 77%. 

Gestão educacional

Um outro ponto levantado pela pesquisa é a percepção das famílias com relação à priorização da gestão educacional. Os responsáveis ouvidos afirmam que as instituições devem capacitar os professores e garantir o aumento salarial dos docentes, além de melhorar a infraestrutura das escolas e ampliar o uso de tecnologias em benefício da educação. 

A união entre o corpo docente e as famílias reforça os sentimentos positivos com relação ao retorno das aulas após dois anos de escolas fechadas. A pesquisa identificou que, em dezembro de 2021, mais de 800 mil estudantes continuavam sem receber nenhum tipo de atividade escolar, mesmo estando matriculados.

Isso reflete a desigualdade que já existia que com a pandemia. Um em cada quatro estudantes encerrou o ano sem nenhuma atividade presencial. Entre os estudantes de escolas de baixo nível socioeconômico, esse índice chegou a 34%. 

Em 2022, as redes de ensino no Brasil buscam estratégias para conduzir o ano letivo. De acordo com a Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz) e a Sociedade Brasileira de Pediatria, a segurança na volta às aulas presenciais, em meio à onda de transmissão de Covid-19 provocada pela variante Ômicron, depende do engajamento de toda a comunidade escolar, incluindo os responsáveis. 

Além de estar atentos aos sintomas e aos protocolos, os pais devem se vacinar, vacinar seus filhos e participar da prevenção no dia a dia. A pesquisa revela que, em dezembro de 2021, 89% dos estudantes de 12 a 17 anos da rede pública estavam vacinados e que no caso de 76% das crianças de 6 a 11 anos, os pais e responsáveis declararam que pretendiam vaciná-las imediatamente.

Fonte: Agência Educa Mais Brasil

EJA: modalidade de ensino é saída para jovens e adultos que querem retomar os estudos

A Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua (Pnad) de 2019, realizada pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), mostra que o contingente populacional que não possui a escolaridade básica completa é alto. O número de brasileiros e brasileiras de até 25 anos que não concluíram o ensino fundamental ou médio, por exemplo, atinge a marca de 69,5 milhões (51,1%). 

Os dados assustam e ressaltam a importância dos programas de fomento à educação no país. Um deles é a Educação para Jovens e Adultos, conhecido como EJA. Através, dela é possível concluir os estudos em um período menor em comparação ao da educação regular.

“Há anos atrás eu fiz o que na época era chamado de supletivo. Por motivos de saúde eu precisei sair da escola e fiquei alguns anos afastado das salas de aula. Depois, consegui concluir meus estudos com o auxílio do supletivo. Foi um alívio porque os anos parados me prejudicaram bastante e eu não me via dentro das salas de aula novamente. Hoje, é chamado de Educação para Jovens e Adultos, mas tem a mesma finalidade e é uma ajuda a mais para quem precisa interromper a sua educação para trabalhar ou lidar com uma demanda que precise de total atenção. Que bom que existe essa modalidade de ensino”, comemora o estudante de administração Aloísio Lopes, 28. 

Em 2020 havia três milhões de matrículas de EJA no Brasil. As regiões Nordeste e Sudeste são as que possuem o maior número de matrículas nessa modalidade: 1,2 milhão e 938,9 mil, respectivamente. 

Diferença entre Supletivo e EJA

Anteriormente conhecido como Ensino Supletivo, EJA é uma das sete modalidades educacionais definidas pelo Ministério da Educação que promovem conclusão do ensino básico.  O EJA é oferecido em etapas – ensino fundamental e médio – que são definidas para facilitar a organização da modalidade educacional. Como o ensino fundamental é abrangente – corresponde do 1º ao 9º ano – é comum que as instituições definam as fases do EJA da seguinte forma: 

Etapa I (que corresponde do 1º ao 5º ano do Ensino Regular) ou Fundamental I: tem a carga horária de 1200 horas ou 1440 horas-aulas, distribuídas em duas etapas de 600 horas cada, ou 720 horas-aulas, que são cursadas em aproximadamente dois anos e divididas por áreas de conhecimento, como Língua Portuguesa, Matemática e Estudos da Sociedade e da Natureza.

Etapa II (6º ao 9º do Ensino Regular, ou Fundamental II): conta com carga horária de 1600/1610 horas ou 1920/193horas-aulas (que são cursadas em aproximadamente dois anos e meio). O curso é ofertado em turmas coletivas ou individuais e separado por disciplinas, as quais o aluno pode escolher até quatro de cada vez.

Etapa III ou Ensino Médio: tem carga horária de 1200/1306 horas ou 1440/1568 horas-aulas, que podem ser cursadas em aproximadamente dois anos e meio. Assim como na Fase II do fundamental, o curso é organizado por disciplinas, as quais o aluno pode se matricular em até quatro de cada vez e garantir a certificação do ensino médio.

Certificado EJA

O certificado da EJA pode ser conquistado de duas formas diferentes: através do EJA em instituições de ensino regularizadas ou através dos provões EJA. No caso do EJA regular, em escolas, o estudante precisa comparecer às aulas, cumprir a carga horária e alcançar a média estabelecida. 

Já no provão EJA, o candidato estuda sozinho ou com auxílio de algum curso EJA para se preparar para o exame. As provas são realizadas pela secretaria de educação de cada município do território brasileiro. Por isso, é crucial conferir junto ao órgão o calendário e localidades onde o exame será aplicado. 

Bolsas de estudo EJA

Existem diferentes formas de conseguir o certificado de conclusão do ensino médio. Quem optar pelo curso EJA, conta com a disponibilidade em instituições da rede pública ou privada. Para os estudantes que não conseguirem uma vaga para as instituições públicas, é possível realizar o EJA com uma bolsa de estudo. O Educa Mais Brasil, maior programa de incentivo à educação do país, oferece descontos nas mensalidades de diversas modalidades de ensino, inclusive a Educação para Jovens e Adultos. Para saber mais, acesse o site do programa e conheça as condições. 

Fonte: Agência Educa Mais Brasil 

VigiEpidemia: programa oferece cursos gratuitos sobre Covid-19 e outras epidemias virais

O VigiEpidemia, Programa Educacional em Vigilância e Cuidado em Saúde no Enfrentamento da Covid-19 e de outras Doenças Virais, vai ofertar 80 mil vagas em cursos gratuitos, para qualquer pessoa interessada, sobre o enfrentamento da epidemia de covid-19 e outras epidemias virais. A iniciativa será lançada amanhã (15), pela Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz) Mato Grosso do Sul.

Apesar de ser focado na saúde, o programa não é restrito a profissionais da área. O conteúdo e os recursos educacionais, conforme a Fiocruz, foram elaborados com a participação de docentes e pesquisadores de diversas instituições de ensino e pesquisa. De início, o programa terá uma primeira etapa com quatro cursos autoinstrucionais e dois complementares que são opcionais e contam com tutoria e certificação de especialização. Entre os 80 mil possíveis alunos, mil poderão obter certificado de especialização do programa, mediante chamamento público.

A coordenadora de Educação da Fiocruz Mato Grosso do Sul, Debora Dupas Gonçalves do Nascimento, explicou à Agência Brasil que o objetivo do VigiEpidemia é promover a qualificação dos trabalhadores e profissionais de saúde, gestores e interessados na área para o enfrentamento da covid-19 e outras epidemias de doenças transmissíveis por vírus no âmbito do Sistema Único de Saúde (SUS).

Organizado em parceria com a Secretaria de Vigilância em Saúde do Ministério da Saúde, o VigiEpidemia será lançando amanhã com uma transmissão ao vivo na internet, em que haverá uma mesa-redonda com os pesquisadores sobre o tema: A vigilância em saúde nas epidemias/pandemias: o que podemos esperar em 2022? O evento poderá ser assistido através do link.

Fonte: Agência Educa Mais Brasil

Renegociação do Fies começa no dia 7 de março

Os estudantes que precisam renegociar dívidas do Fundo de Financiamento Estudantil (Fies), programa de financiamento para cursos do ensino superior, vão poder negociar com os credores a partir do dia 07 de março. O período se estenderá, inicialmente, até 31 de agosto. 

Com aproximadamente 1,3 milhão de estudantes em débito e aptos a participar da revisão dos contratos, a renegociação das dívidas do Fies foi lançada no final do ano passado, por meio da MP nº 1.090.

Existem algumas regras para a concessão dos descontos. Para os estudantes que possuem dívidas com 90 a 360 dias de atraso, a medida prevê desconto de 12% no saldo devedor, isenção de juros e multas e parcelamento em até 150 vezes. Já para os que estão com inadimplência superior a 360 dias, a MP prevê desconto de 86,5% no saldo devedor, também com eliminação dos encargos.

Nos casos em que o estudante seja inscrito no Cadastro Único de Programas Sociais (CadÚnico) e beneficiário do Auxílio Emergencial, o desconto será de 92%. Além disso, o valor remanescente dessa dívida poderá ser parcelado em até dez vezes, com pagamento de parcela mínima de R$ 200.

A renegociação é um alívio para quem, no começo da pandemia, encontrou dificuldade em pagar o financiamento. Esse é o caso do estudante de engenharia elétrica Amós Costa Silva, que precisou trancar a faculdade por conta do desemprego e isso acarretou também no atraso do pagamento das parcelas.

“A pandemia atrapalhou não somente a minha vida profissional, mas a minha graduação também. Precisei trancar meu curso por estar desempregado, mas eu ainda precisava pagar as parcelas do financiamento. Infelizmente, não consegui me manter adimplente com o pagamento. A renegociação vem em boa hora”, revela. 

Como renegociar

De acordo com o Ministério da Educação (MEC), atualmente, dos 2,6 milhões de contratos ativos formalizados até 2017, mais de 2 milhões estão na fase de quitação, com um saldo devedor de R$ 87,2 bilhões. Desses, mais de um milhão de estudantes estão inadimplentes, com mais de 90 dias de atraso no pagamento. Isso representa uma taxa de 51,7% de inadimplência e soma R$ 9 bilhões em prestações não pagas.

Os contratos do Fies estão vinculados ao Banco do Brasil (BB) e à Caixa Econômica Federal. Os estudantes poderão realizar todo o procedimento de renegociação da dívida por meio digital das duas instituições financeiras. 

Na Caixa, por exemplo, cuja dívida média é de R$ 35 mil, os interessados podem consultar via internet se podem ou não pedir a renegociação e qual desconto e parcelamento poderão ter. Depois da abertura do período de adesões, em 7 de março, e após confirmar seu enquadramento nas regras e simular a renegociação, os estudantes devem gerar o boleto para pagamento da primeira parcela ou, caso optem pela quitação de uma só vez, da parcela única.

No Banco do Brasil, a adesão poderá ser feita diretamente pelo aplicativo do banco na internet, acessando a opção Soluções de Dívidas e clicando em Renegociação Fies. Por meio da solução, segundo o banco, o estudante poderá verificar se faz parte do público-alvo, as opções disponíveis para liquidação ou parcelamento da dívida, os descontos concedidos, assim como os valores da entrada e demais parcelas. 

De acordo com o presidente do BB, Fausto Ribeiro, a partir do dia 19 de fevereiro, aqueles que têm direito à renegociação receberão uma oferta ativa na tela de entrada do aplicativo do banco, pelo celular, informando as condições de quitação.

Bolsa de estudo para faculdade 

Para os estudantes que desejam ingressar no ensino superior, mas que precisam de algum auxílio, existe o Educa Mais Brasil. O maior programa privado de incentivo estudantil do país em parceria com faculdades particulares oferece descontos de até 70% nas mensalidades do curso de graduação sem precisar da nota do Enem ou de financiamento. 

A bolsa fica disponível durante toda a formação do estudante e não há necessidade de pagamentos após a conclusão do curso. As inscrições ficam abertas no site durante todo o ano para interessados de todas as regiões do Brasil.

Fonte: Agência Educa Mais Brasil

Enem 2021: atraso na divulgação das notas rende memes entre os estudantes

“Boas notícias! Antecipamos para hoje a divulgação do resultado do Enem. A partir das 19 horas, já será possível ter acesso ao resultado na Página do Participante. Boa sorte!”, publicou ontem, 09, em seu perfil no Twitter, o ministro da Educação Milton Ribeiro. As notas, no entanto, só puderam ser vistas pelos participantes após mais de três horas de atraso. Além da Página do Participante, os estudantes podem conferir o desempenho no aplicativo Enem, disponível para os sistemas operacionais Android e iOS.

Tanto a antecipação do resultado, quanto o atraso para a liberação das notas renderam memes, piadas e ansiedades entre os estudantes. “Inep divulgou a nota do Enem, mas esqueceu do pequeno detalhe de divulgar a nota”, ironizou o perfil @TmaAnaa. Após conseguir visualizar a pontuação, a usuária @m_clarajnk parece não ter tido um bom desempenho. “Sobre meu resultado do Enem: só não me decepcionei porque eu já esperava”, postou ela. 

Entre quem lamentava ou comemorava os seus 900 pontos na redação do Exame, houve também aqueles que deixaram mensagens motivacionais, como o perfil @interestellr, que publicou: “Parabéns pra quem ficou feliz com o resultado do Enem!! E quem não conseguiu a nota que queria, não se cobrem tanto. Esses últimos anos não foram fáceis pra ninguém e tenho certeza que o esforço de vcs vai ser recompensado logo. Se cuidem, amores, e boa sorte no Sisu!!”, desejou. 

O Enem é requisito para quem deseja pleitear uma vaga nos programas estudantis do governo, que usam a nota da prova como critério de seleção. Nas próximas semanas, o Sistema de Seleção Unificada (Sisu), Programa Universidade para Todos (Prouni) e Fundo de Financiamento Estudantil (Fies) devem abrir as inscrições. Abaixo, confira o que fazer com a nota do Enem. Há, também, opções para quem tirou pontuação baixa ou pretende entrar no ensino superior sem auxílio da avaliação.

Bolsa de estudo para faculdade sem o Enem

Quem não fez o Enem ou não conseguiu boas pontuações na prova, ainda pode começar o ensino superior este ano contando com programas privados de incentivo estudantil. Entre eles, o mais conhecido é o Educa Mais Brasil. A iniciativa, em parceria com faculdades particulares de todo o país, oferece descontos de até 70% nas mensalidades do curso de graduação sem precisar da nota do Enem. 

A bolsa fica disponível durante formação e não há necessidade de pagamentos após a conclusão do curso. As inscrições são gratuitas e ficam abertas no site durante todo o ano para interessados de todas as regiões do Brasil.

Opções para usar a nota do Enem

O resultado do Enem 2021 pode ser utilizado de diversas formas para ter acesso ao ensino superior público e privado. Para as universidades públicas, a nota pode ser utilizada pelo Sistema de Seleção Unificada (Sisu), programa que atua em parceria com universidades e institutos de educação superior públicos brasileiros. As inscrições para o processo seletivo estarão abertas no período de 15 de fevereiro até as 23h59 de 18 de fevereiro.

Nas universidades privadas, a nota do Enem é o passaporte para o Programa Universidade para Todos (Prouni), que concede bolsas de estudo integrais e parciais. Além da nota do Enem, também é preciso atender a outros critérios como renda familiar, ter sido estudante de escola pública ou ter estudado com bolsa de estudo integral em instituição particular. As inscrições acontecem entre os dias 22 a 25 de fevereiro.

Para as faculdades particulares também existe o Fundo de Financiamento Estudantil (Fies). Com o programa é possível financiar entre 50% a 100% do curso de graduação. Como funciona como um empréstimo, ao concluir os estudos, é preciso devolver o valor pago pelo governo, em parcelas conforme consta no documento. As inscrições estarão abertas entre os dias 8 a 11 de março.

Fonte: Agência Educa Mais Brasil

Escolas fechadas agravaram analfabetismo infantil no país

Com escolas fechadas e alunos estudando em casa, um milhão de crianças na fase da alfabetização não aprenderam a ler nem escrever durante a pandemia. O número passou de 1,4 milhão em 2019 para 2,4 milhões em 2021. O aumento foi 66,3%, segundo nota técnica Impactos da pandemia na alfabetização de crianças”, do Todos Pela Educação, divulgada ontem (08).

Falta de equipamentos em casa como computadores, notebooks ou tablet, ou até mesmo de internet contribuíram para o afastamento de muitas crianças da escola. A nota técnica mostrou que dentre as crianças mais pobres, o percentual das que não sabiam ler e escrever aumentou de 33,6% para 51,0%, entre 2019 e 2021. Dentre as crianças mais ricas, o aumento foi de 11,4% para 16,6%. 

A pandemia também contribuiu para a disparidade de aprendizagem entre crianças brancas e crianças pretas e pardas. “Os percentuais de crianças pretas e pardas de 6 e 7 anos de idade que não sabiam ler e escrever passaram de 28,8% e 28,2% em 2019 para 47,4% e 44,5% em 2021, sendo que entre as crianças brancas o aumento foi de 20,3% para 35,1% no mesmo período”, diz o documento. 

Em texto publicado no site do Todos Pela Educação, o líder de políticas educacionais da instituição, Gabriel Corrêa, explica que o aumento da disparidade fica ainda pior quando olhado pela perspectiva de que ele agrava problemas históricos da educação brasileira. 

“A alfabetização na idade correta é etapa fundamental na trajetória escolar de uma criança, e por isso esse prejuízo nos preocupa tanto. E porque os danos podem ser permanentes, uma vez que a alfabetização é condição prévia para os demais aprendizados escolares.  Precisamos urgentemente de políticas consistentes para a retomada das aulas, para que essas crianças tenham condições de serem alfabetizadas e sigam estudando. É inadmissível retrocedermos em níveis de alfabetização e escolaridade”, afirma.

Para chegar aos números reunidos na nota, o Todos Pela Educação utilizou dados da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua (Pnad Contínua), de 2012 a 2021, feita pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), que questionou durante a pesquisa aos pais e/ou responsáveis se suas crianças sabiam ou não ler e escrever.

Mãe assumiu papel de professora

A fisioterapeuta Marianna Carvalho, 31, deve que se colocar no lugar das professoras da filha, que estava no período de alfabetização, Anna Vitória, de seis anos, e cuidar para que ela não ficasse ainda mais prejudicada por conta da suspensão das aulas presenciais na época. 

Mesmo com auxílio da escola que mandava os exercícios, Marianna ainda sentia que era insuficiente. “Para mim ainda era pouco. Por isso, usei o recurso da internet para buscar alternativas para ela começar a desenvolver a escrita, a leitura e treinar as habilidades já conquistadas antes da pandemia”, conta.

Assim, a pequena Anna, felizmente, não entrou nos dados que apontam um aumento de 1 milhão entre as crianças com idade semelhante à dela que não aprenderam a ler nem escrever durante a pandemia. 

Fonte: Agência Educa Mais Brasil

Especialista dá dicas de como proteger dados pessoais e evitar vazamentos na internet 

O acesso à internet é um recurso básico para desenvolvimento da cidadania, além de possibilitar quebrar barreiras geográficas e ampliar o conhecimento. Contudo, seu uso de forma indiscriminada pode oferecer muitos riscos. O uso indevido de informações como CPF, CNPJ, registro de automóveis, endereço e renda, por exemplo, pode vulnerabilizar e expor pessoas a fraudes e outros ataques cibernéticos. 

E hoje (08), no dia em que é celebrado o Dia Internacional da Internet Segura em mais de 200 países, as atenções estão voltadas para o uso saudável, ético e responsável do ambiente virtual. No Brasil, a ação é uma realização da organização não governamental SaferNet, que deve promover uma série de eventos durante todo o dia. 

O advogado criminalista e professor do curso de Direito da Faculdade Unime, Lucas Cavalcanti, explica que a privacidade dentro ou fora do ambiente on-line é garantida pela Constituição Brasileira. “O artigo 5º garante o direito à vida privada, intimidade e protege a imagem das pessoas. O indivíduo pode ser indenizado por dano material ou moral no caso de violação”, afirma o docente. Mas como prevenir é melhor do que remediar, Cavalcanti também elenca uma série de cuidados que devem ser tomados para quem deseja proteger dados pessoais e prevenir vazamentos. Confira!

Senhas

O primeiro passo para proteger suas informações no ambiente virtual e reduzir os riscos de invasão é criar uma senha forte. “Apesar de menosprezada por muitos usuários da internet, uma combinação complexa faz toda diferença. É importante escolher mais de 7 caracteres, a depender dos critérios do site acessado, e nunca acrescentar o nome do usuário, datas de nascimento nem o número telefônico”, afirma o professor.

Antivírus

Acionar o antivírus em equipamentos eletrônicos impede que programas maliciosos consigam atuar na corrupção de aparelhos e no roubo de dados do internauta. “É imprescindível manter o software atualizado, evitando que invasores consigam acessar o sistema”, ressalta Lucas Cavalcanti.

Cliques

“Analise sempre todas as interfaces do ambiente virtual antes de clicar em links recebidos”, alerta. De acordo com o docente, é necessário analisar o conteúdo de mensagens e assuntos nos e-mails, verificar se há erros gramaticais, ter atenção ao nome de remetentes e tomar cuidado para não ser fisgado por armadilhas.

Rede Pública

Cibercriminosos têm facilidade para se hospedar em redes de wi-fi públicas e conseguem coletar senhas e até dados bancários dessa forma. “Ainda que esteja em um estabelecimento de confiança, o aconselhável é não se conectar em redes públicas. Opte por uma VPN privada para mais segurança”, recomenda Cavalcanti.

Recorra a um profissional

Vazamentos de dados são sérios, a coleta arbitrária de informações não é permitida por lei e, caso aconteça, é importante apurar o que foi vazado para entender a dimensão da situação. “De imediato, é necessário registrar um Boletim de Ocorrência e procurar um advogado de confiança. Os direitos on-line, especificamente, estão descritos tanto na LGPD quanto no Marco Civil da Internet, que determina os direitos, deveres, princípios e garantias no uso do espaço virtual no Brasil e prevê quais são as diretrizes de atuação legal no meio digital”, explica o professor.

Fonte: Agência Educa Mais Brasil

Plataforma da Amazon disponibiliza cursos profissionalizantes gratuitos

A multinacional Amazon está oferecendo mais de 500 cursos gratuitos por meio de uma plataforma digital própria, a AWS Skill Builder. Todas as formações são da área de Tecnologia da Informação (TI). Embora não precise de conhecimento prévio para participar das especializações, a empresa orienta os usuários a encontrarem o conteúdo mais relevante para seu nível de habilidade e plano de carreira.

A iniciativa tem como objetivo a capacitação de mais profissionais para a área de tecnologia que, embora esteja aquecida, demanda por trabalhadores mais especializados. Segundo a pesquisa “Demanda de Talentos em TIC e Estratégia STCEM” realizada pela Brasscom, o Brasil forma por ano uma média de 53 mil pessoas com perfil tecnológico. Até 2025, a expectativa é que o setor vai demandar 797 mil novos talentos. Com o número de formados aquém da demanda, a projeção é de um déficit anual de 106 mil profissionais de TI – 530 mil em cinco anos.

Os cursos oferecidos por meio da AWS são recomendados tanto para quem já possui conhecimento quanto para quem ainda está começando no ramo de TI. As especializações são nas áreas de Análise de Dados, Segurança, Internet das Coisas (IoT), Machine Learning e Serverless (Computação sem Servidor). Os interessados podem acessar a AWS Skill Builder e conferir as oportunidades disponíveis. 

A Amazon também conta com o programa AWS re/Start, que oferece cursos gratuitos de capacitação e desenvolvimento de habilidades práticas, como entrevistas e redação de currículos, que preparam profissionais para carreiras de nível básico em Nuvem. Para participar, os interessados podem acessar o site do programa. Desde 2017, a AWS revela que já treinou mais de 200 mil pessoas no Brasil.

Fonte: Agência Educa Mais Brasil 

MEC anuncia Acesso Único para inscrição no Sisu, Prouni e Fies

Na manhã dessa sexta-feira (04), o Ministério da Educação (MEC) anunciou o lançamento do Portal Único de Acesso ao Ensino Superior (Acesso Único), que reúne informações do Sistema de Seleção Unificada (Sisu), o Programa Universidade para Todos (Prouni) e do Fundo de Financiamento Estudantil (Fies).

A novidade permite que candidatos aos programas insiram as informações cadastrais apenas uma vez. O Acesso Único contará com aperfeiçoamento tecnológico contínuo, desenvolvido em ambiente de nuvem, para os sistemas de inscrições do Sisu, Prouni e Fies. Conforme adiantou o MEC, o portal ganhará novas funcionalidades disponíveis durante os processos seletivos para o segundo semestre de 2022. 

Além disso, o portal disponibiliza busca avançada por meio de filtros que pode ser explorada pelo estudante para projetar as chances de ser selecionado para o curso desejado. Isso pode ser feito a partir das notas de corte disponíveis no banco de dados, que podem ser comparadas com a nota que o estudante obteve no Enem (dados reais ou estimados). 

Os dados podem ser filtrados por nota de corte de cada curso, por instituição e localidade, município e estado, bem como quantidade das vagas ofertadas por cada edição do Sisu, Prouni e Fies. 

Segundo o MEC, o projeto continuará em desenvolvimento, até o final do ano, para oferecer ampliações e aprimoramentos dos serviços e ferramentas tecnológicas que objetivam promover o ingresso no ensino superior.

No momento, de acordo com o MEC, o banco de dados é composto das edições mais recentes, de 2020 e 2021, mas já há projeto para ampliá-lo, tanto com a alimentação de dados de edições anteriores a 2020, como também com a atualização dos dados das edições deste ano e futuras. 

Programas estudantis 

Sisu: O Sistema de Seleção Unificada (Sisu) é o processo que possibilita que estudantes ingressem em universidade pública com base na nota do Exame Nacional do Ensino Médio (Enem). Nessa seletiva, os candidatos são contemplados em ordem classificatória de acordo com a nota no exame.

Cronograma do Sisu

  • Inscrições: 15 a 18 de fevereiro
  • Resultado: 22 de fevereiro
  • Matrícula: 23 a 28 de fevereiro
  • Lista de espera: 22 a 28 de fevereiro 

Prouni: O Programa Universidade para Todos (Prouni) oferece bolsas de estudo integrais e parciais (50%) em instituições particulares de educação superior. Para concorrer às bolsas integrais, o estudante deve comprovar renda familiar bruta mensal, por pessoa, de até 1,5 salário mínimo. Para as bolsas parciais (50%), a renda familiar bruta mensal deve ser de até 3 salários mínimos por pessoa.

Além do critério da renda, para participar o candidato não pode ter diploma de curso superior e precisa ter obtido, no mínimo, 450 pontos de média das notas do Enem e não pode ter tirado zero na redação.

Cronograma do Prouni

  • Inscrições: 22 a 25 de fevereiro
  • Resultado dos pré-selecionados:
  • 1ª chamada – 2 de março
  • 2ª chamada – 21 de março

Fies: O Fundo de Financiamento Estudantil (Fies) concede financiamento a estudantes em cursos superiores de instituições privadas. É dividido em diferentes modalidades, possibilitando juros zero a quem mais precisa e uma escala de financiamentos que varia conforme a renda familiar do candidato. 

Para participar do processo seletivo é preciso ter a nota do Enem a partir da edição de 2010 e obtido média nas provas igual ou superior a 450 pontos, sem ter zerado a redação. 

O programa leva em consideração a renda familiar. Para participar desse processo o candidato precisa possuir renda familiar mensal bruta, por pessoa, igual a superior a um salário-mínimo ou até 3 salários-mínimos. 

O bolsista parcial do Prouni poderá participar do processo seletivo do Fies e financiar a parte da mensalidade não coberta pela bolsa, desde que se enquadre nas condições previstas no edital. Assim como o Prouni, o Fies é realizado em chamadas no primeiro e segundo semestre e também possui lista de espera.

Cronograma do Fies

  • Inscrições: 8 a 11 de março
  • Resultado dos pré-selecionados em chamada única: 15 de março
  • Complementação da inscrição:
  • 16 a 18 de março (para pré-selecionados na chamada única)
  • 16 de março a 28 de abril (de pré-selecionados por meio da lista de espera).

*Com informações do MEC

Fonte: Agência Educa Mais Brasil

Concurso Talento Universitário abre inscrições

Estão abertas as inscrições para o 2º Prêmio CAPES talento Universitário, que vai premiar estudantes universitários que obtiverem melhores pontuações na prova que será aplicada em março. A avaliação tem como objetivo reconhecer o desempenho dos alunos com alto grau de desenvolvimento de competências cognitivas. 

Os mil participantes que tiverem as notas mais altas vão receber R$5 mil cada. Serão aceitas até 44 mil inscrições. Os interessados em participar devem se inscrever através do site, até o dia 13 de fevereiro. A prova terá 80 questões de múltipla escolha, todas sobre conhecimentos gerais, e será aplicada no dia 20 março. Os locais do exame serão divulgados a partir de 03 de março.

Podem participar estudantes que fizeram o Exame Nacional do Ensino Médio (Enem) de 2019 ou 2020 e ingressaram na educação superior em 2021. Além disso, é preciso estar matriculado em um curso de graduação – presencial ou a distância – em uma instituição de ensino superior pública, privada ou militar. Outra exigência é não estar em débito com a CAPES, o Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq) ou outras agências de fomento à pesquisa.

A premiação vai subsidiar estudos e pesquisas da CAPES para a formulação de políticas públicas para a educação superior. O resultado será divulgado a partir de abril. Confira o cronograma da premiação:  

  • Previsão de divulgação dos locais de prova: A partir de 03 de março de 2022.
  • Aplicação de prova: 20 de março de 2022.
  • Resultado: A partir de abril de 2022.

Fonte: Agência Educa Mais Brasil