Recadastramento de armas é prorrogado pelo Governo Federal

O Governo Federal prorrogou para o dia 3 de maio o prazo para recadastramento de armas de CACs (caçadores, atiradores e colecionadores), de acordo com decreto publicado no Diário Oficial da União nesta terça-feira (28). O prazo anterior era o dia 3 de abril.

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) determinou, no início do governo, que as armas de CACs, que ficam no banco de dados do Exército, sejam registradas no Sinarm (Sistema Nacional de Armas), da PF (Polícia Federal).

Durante audiência na Câmara dos Deputados nesta terça, o ministro da Justiça e Segurança Pública, Flávio Dino, disse, sem citar números, que o número de armas recadastradas superou as armas que estavam cadastradas anteriormente no país.

“Ou seja, aqueles que diziam que iríamos confiscar armas, podem observar que aqueles que estavam em débito vieram para a luz da lei”, disse o ministro na Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) da Câmara. “Nenhum de vocês quer um cenário de horror no país em que crianças são assassinadas nas escolas, ou que pessoas morrem banalmente no trânsito, ou que brigas de vizinho terminem em morte”.

O prolongamento do prazo foi solicitado por parlamentares.

Em balanço divulgado no dia 20 de março, o Ministério da Justiça informou que o recadastramento havia chegado a 80%, o que equivale a 613 mil armas, a maior parte de uso permitido.

Na ocasião, Dino disse que não haveria prorrogação e que as armas não recadastradas estariam sujeitas à apreensão administrativa e remessa à Polícia Federal.

A estimativa de armas que devem ser recadastradas é de até 800 mil. Após a conclusão do processo, o próximo passo será a entrega à Presidência da República da minuta do novo decreto que dispõe sobre o uso de armamento no Brasil.

COMO FUNCIONA O RECADASTRAMENTO

Armas de uso restrito e de uso permitido devem ser cadastradas no Sinarm (Sistema Nacional de Armas), da Polícia Federal. A medida vale para quem obteve arma a partir de maio de 2019.

CACs

A medida atinge grupos que possuem armas cadastradas no Sigma (Sistema de Gerenciamento Militar de Armas), do Exército, como os CACs (caçadores, atiradores e colecionadores).

Armas no Sinarm

A obrigatoriedade de cadastramento não se aplica às armas já que já estão no Sinarm. Armas para defesa pessoal do cidadão comum, por exemplo, já ficam no banco de dados da PF.

O que é preciso

O cadastro deverá conter ao menos a identificação da arma, a identificação do proprietário, com nome, CPF ou CNPJ, endereço de residência e do acervo
Armas de uso permitido.

As armas de uso permitido serão cadastradas em sistema informatizado disponibilizado pela Polícia Federal.

Armas de uso restrito

As armas de uso restrito serão cadastradas em sistema informatizado disponibilizado pela PF, devendo também ser apresentadas pelo proprietário mediante prévio agendamento junto às delegacias da Polícia Federal, acompanhada de comprovação do respectivo registro no Sigma, sistema do Exército.

Punição

O proprietário que não cadastrar sua arma poderá ter a arma apreendida e poderá ser alvo de apuração pelo cometimento de ilícito.

Entrega de armas

Durante o período do cadastramento, os proprietários que não mais desejarem manter a propriedade de armas poderão entregá-las em um dos postos de coleta da campanha do desarmamento, devendo o interessado consultar os locais de entrega e expedir a respectiva autorização de transporte do armamento por meio de acesso ao portal gov.br.

Dilma começa mandato à frente do banco dos Brics na China

A ex-presidente Dilma Rousseff assumiu o cargo à frente da presidência do NDB (Novo Banco de Desenvolvimento), o banco dos Brics, em Xangai, na China.

Apesar do cancelamento da viagem do presidente brasileiro ao país, Dilma manteve a viagem para assumir formalmente o cargo.

A cerimônia de posse, porém, prevista anteriormente para o dia 30 de março, foi cancelada. A ideia é que solenidade seja organizada para coincidir com a visita de Lula ao presidente chinês, Xi Jinping.

Dilma foi indicada por Lula e eleita como presidente da instituição financeira do bloco de países formado por Brasil, Rússia, Índia, China e África do Sul. Ela assume o mandato rotativo que vence em 6 de julho de 2025.

O NDB é voltado para o financiamento de infraestrutura e visto por seus membros como uma alternativa ao Banco Mundial. Baseado em Xangai, começou a operar em 2015.

Dilma deve ganhar cerca de US$ 500 mil (R$ 2,6 milhões) por ano à frente da instituição, equivalente ao valor pago pelo Banco Mundial. Ela também passará a morar em Xangai e vai despachar do moderno edifício construído para abrigar o NDB, inaugurado em 2021.

O banco oferece aos empregados uma série de benefícios, como assistência médica, educacional para filhos, auxílio viagem para o país de origem, subsídios para mudança em caso de contratação e desligamento, e transporte aéreo. Em Xangai, cargos de chefia têm salário mínimo de US$ 188 mil por ano, como base.

Ataque de adolescente mata professora e deixa feridos em escola de São Paulo

Um adolescente esfaqueou quatro professores e dois alunos em uma escola estadual na cidade de São Paulo na manhã desta segunda-feira (27), de acordo com a Polícia Militar. Uma professora morreu, de acordo com autoridades.

Conforme o governo do estado, a vítima é a professora de ciências Elizabeth Terrero, 71.

A agressão aconteceu na escola estadual Thomazia Montoro, na rua Adolfo Melo Júnior, na Vila Sônia, zona oeste da capital.

O suspeito é aluno do 8º ano do ensino fundamental e foi apreendido pela polícia. Ele não teve a idade revelada. Alunos e pais estão na frente da escola, muitos chorando.

Um aluno da escola disse à reportagem que testemunhou na semana passada uma briga entre o suspeito e outro estudante, que tiveram que ser separados por um professor. Ele disse também que saiu correndo da escola quando viu o ataque e acabou torcendo o pé.

A mãe dele disse que episódios de violência são comuns na escola

Ainda não se sabe o motivo do ataque, nem o estado de saúde dos feridos.

O Corpo de Bombeiros está no local prestando atendimento às vítimas. O helicóptero Águia da PM está de prontidão no local caso seja necessário. Ambulâncias do Samu (Serviço de Atendimento Móvel de Urgência) também atende a ocorrência

As vítimas foram socorridas para hospitais da região.

Ainda de acordo com a PM, as informações sobre a ocorrência ainda estão sendo apuradas.

OUTROS CASOS DE VIOLÊNCIA EM ESCOLAS

Outros casos de violência dentro do ambiente escolar marcaram o país nos últimos anos.

Em 13 de março de 2019, dois ex-alunos invadiram a escola Raul Brasil, em Suzano, e dispararam em direção a um grupo de alunos e da coordenadora pedagógica, Marilena Ferreira Umezu, uma das vítimas.

Policiais chegaram à escola quando os dois atiradores ainda faziam os disparos na direção dos estudantes, que deixavam o prédio desesperados.

Em setembro de 2019, um estudante de 14 anos esfaqueou um professor nas dependências do CEU (Centro Educacional Unificado) Aricanduva, na zona leste. O ataque causou pânico e correria entre alunos e professores.

Bolsonaro devolve kit de joias sauditas após determinação do TCU

Após determinação do TCU (Tribunal de Contas da União), o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) entregou nesta sexta-feira (24) à Caixa Econômica Federal em Brasília as joias que recebeu de presente da Arábia Saudita em 2021.

O acervo incluiria um relógio, caneta, abotoaduras, anel e um tipo de rosário, todos da marca suíça de diamantes Chopard.

No último dia 15, o tribunal havia determinado que o material fosse entregue na Secretaria-Geral da Presidência da República. O presidente do TCU, ministro Bruno Dantas, alegou que o Bolsonaro não poderia ficar com as joias e disse que, para um presente ser incorporado ao patrimônio privado de um presidente, deveria ser classificado como item personalíssimo e ser de baixo valor.

O tribunal ainda determinou que o conjunto de joias e relógio avaliado em R$ 16,5 milhões que seria para a ex-primeira-dama Michelle Bolsonaro, retido pela Receita no aeroporto de Guarulhos (SP) em 2021, também seja enviado à Caixa. Os artigos de luxo estavam na mochila de um militar, que à época era assessor do então ministro Bento Albuquerque (Minas e Energia).

Nesta quinta, Bolsonaro afirmou que devolverá as armas recebidas por ele como presente de autoridades dos Emirados Árabes Unidos em 2019 “com dor no coração”.

Bolsonaro ainda disse que pagaria, se possível, para ficar com os equipamentos, mas os devolverá conforme decisão do TCU. As declarações foram dadas à TV Record em entrevista exibida nesta quinta-feira (23).

“Confesso, com dor no coração, vou entregar as armas, com dor no coração, tá o meu nome lá, eu pagaria o que tenho no meu bolso aqui por aquelas duas armas, mas não vamos criar qualquer polêmica no tocante em si, às armas”, disse o ex-presidente.

Em outubro de 2021, Albuquerque liderou uma comitiva para um evento internacional na Arábia Saudita.

No retorno, um conjunto de itens de luxo avaliado em R$ 16,5 milhões que inclui colar, brincos, anel e relógio da marca suíça Chopard foi retido pela Receita no aeroporto de Guarulhos (SP) assim que Albuquerque e equipe desembarcaram no Brasil. O caso foi revelado pelo jornal O Estado de S. Paulo.

Um segundo pacote, que inclui relógio, caneta, abotoaduras, anel e um tipo de rosário, todos também da marca suíça de diamantes Chopard e depois entregues a Bolsonaro, estava na bagagem de um dos integrantes da comitiva e não foi interceptado pela Receita, como mostrou a Folha de S.Paulo. Esse pacote acabou incorporado ao acervo pessoal de Bolsonaro e agora terá de ser devolvido à Presidência.

Antes, em 2019, o ex-presidente também ganhou de presente uma pistola e um fuzil de representantes dos Emirados Árabes. O fuzil foi customizado com o nome de Bolsonaro, segundo informações publicadas pelo site Metrópoles. A pistola pode ter preços que variam de R$ 5,9 mil a R$ 15,6 mil. Modelos semelhantes do fuzil custam entre R$ 32 e R$ 42 mil.

GP da Arábia Saudita tem Pérez e Verstappen no pódio

A segunda etapa da temporada 2023 da F1 confirmou que a Red Bull ainda não tem adversários capazes de ameaçar seus dois pilotos. Assim como no Bahrein, Sergio Pérez e Max Verstappen fizeram uma dobradinha na primeira e segunda posições, mas desta vez com o mexicano na dianteira. Foi a quinta vitória dele na categoria. “A coisa mais importante é que nós temos o carro mais rápido hoje e estamos felizes com isso”, afirmou o vencedor, questionado sobre a rivalidade direta com o companheiro de equipe.

Pérez largou na pole, chegou a ter sua posição roubada por Fernando Alonso, da Aston Martin, porém não demorou para recuperar a primeira posição, abrir vantagem e fazer uma corrida tranquila.

O mexicano chegou a assumir, também, a liderança do campeonato, mas viu Verstappen recuperar a ponta ao fazer a volta mais rápida da corrida. Eles estão separados por apenas um ponto, 44 a 43.

O holandês, aliás, teve um fim de semana difícil, mas mesmo assim escalou o grid. No sábado (18), no treino de classificação, o bicampeão sofreu com uma falha no eixo de transmissão de seu carro e teve que desistir do Q2. Assim, ele largou na 15ª posição.
“Não foi muito fácil passar os carros, mas eu passei um a um e estou feliz de chegar ao pódio”, afirmou o bicampeão mundial.

Na parte final da prova, só não houve uma briga entre Pérez e Verstappen porque o holandês teve outro problema em seu carro, desta vez não identificado, e não pôde exigir o máximo de seu veículo para lutar pela vitória.

PUNIÇÃO PARA ALONSO

O espanhol Fernando Alonso, da Aston Martin, cruzou a linha de chegada em terceiro, mas acabou punido pela direção de prova depois da corrida – e de subir ao pódio. Ele perdeu sua posição para George Russel, da Mercedes, que havia sido o quarto.

O piloto de 41 anos recebeu uma punição inicial de 5s por se posicionar de forma incorreta no colchete de largada. Depois, por não cumprir a penalização corretamente, ele sofreu nova sanção de 10s após o fim da corrida, infração que só foi informada depois de ele subir no pódio.

Seria a centésima vez que o espanhol, bicampeão mundial, cruzaria a linha de chegada entre os três primeiros colocados. Na abertura da temporada, no Bahrein, ele já havia chegado na mesma posição. Logo depois da prova, Alonso estava muito feliz com o desempenho. “Que começo de temporada que nós tivemos, hein?”, disse. “Provavelmente, impensável isso há um mês atrás”, acrescentou ele.

A próxima etapa do Mundial de F1 será no dia 2 de abril, com o GP da Austrália, no circuito de Albert Park.
 

Quase 500 mil declarações do Imposto de Renda são entregues nas primeiras 2 horas

A Receita Federal informou que 488.242 declarações foram entregues nesta manhã de quarta-feira (15), primeiro dia de envio do Imposto de Renda 2023. O dado contabiliza os envios até 11h20 no primeiro balanço disponibilizado pelo órgão.

O estado de São Paulo é o primeiro na relação, com 144.808, seguido por Rio de Janeiro (44.540), Minas Gerais (39.671), Rio Grande do Sul (27.654) e Bahia (24.887).

Roraima é o único estado com menos de mil declarações. Até as 11h20, foram 700.

Poucos minutos após a abertura, houve instabilidade no aplicativo Meu Imposto de Renda e também no e-CAC (Centro de Atendimento Virtual), que é uma plataforma digital em que o contribuinte tem acesso aos dados da sua declaração do Imposto de Renda.

Nas redes, contribuintes reclamaram da dificuldade para acessar os sistemas. A Receita disse que a “situação é transitória e já está sendo solucionada”, mas não deu previsão de horário para normalização do serviço.

O prazo de envio da declaração começou nesta quarta-feira. O programa de preenchimento da declaração está disponível para download desde a semana passada.

O preenchimento e a entrega da declaração são feitos no mesmo programa. Os computadores da Receita Federal recebem as declarações quase que 24 horas por dia, com pausa entre 1h e 5h para manutenção dos sistemas.

A entrega vai até 23h59 de 31 de maio. É importante respeitar esse limite final da prestação de contas, porque quem atrasa e estava obrigado a declarar paga multa. O valor mínimo é de R$ 165,74, mas pode chegar a 20% do imposto devido no ano

Também nesta quarta-feira foi liberada a opção de declaração pré-preenchida, o aplicativo atualizado para celular e tablet e o acesso ao IR 2023 no e-CAC.

Ministério da Saúde deixou vencer 39 milhões de vacinas contra Covid

O Ministério da Saúde perdeu ao menos 38,9 milhões de doses de vacinas contra a Covid-19, avaliadas em cerca de R$ 2 bilhões.

Desse total, cerca de 2 milhões de unidades foram descartadas e 31 milhões estão encaminhadas para incineração. Os 5,9 milhões restantes ainda serão encaminhados para descarte, de acordo com o Ministério da Saúde.

Em seu site, a pasta afirma que 399 milhões de doses contra a Covid foram aplicadas até hoje no país.

Integrantes da Saúde culpam o governo do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) pelo acúmulo de doses. Afirmam ainda que estudam doar vacinas a outros países como uma das formas de evitar novas perdas.

A pasta diz, ainda, que 5 milhões de unidades vencem nos próximos 90 dias. E que mais 15 milhões de imunizantes podem ser descartados nos próximos seis meses.

Estados e municípios ainda costumam rejeitar lotes com validade curta. Justamente pelo risco de o produto vencer.

Atual secretária de Vigilância em Saúde e Ambiente do Ministério da Saúde, Ethel Maciel disse que a gestão Bolsonaro nem sequer compartilhou dados sobre os estoques com a equipe do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) durante a transição de governo.

“A gente pegou um governo com estoque de vacinas vencidas e para vencer, enquanto aquelas que precisávamos não tinham estoque. Não havia nem contrato [encomendando as doses] no caso das vacinas pediátricas e bivalentes”, disse.

“Se não fosse o negacionismo, essas doses não estariam nos estoques. Se tivesse acontecido um esforço, como estamos fazendo agora, com campanhas educativas, alinhamento com gestores municipais e estaduais, essas vacinas não teriam vencido”, acrescentou a secretária.

Segundo o ministério, cerca de 2 milhões de doses perderam a validade ainda em 2021. São lotes doados pelos Estados Unidos, já incinerados.

Outros 9,9 milhões de vacinas expiraram em 2022. A partir de janeiro de 2023, perderam a validade mais 27,1 milhões de imunizantes para a Covid.

Procurado, o ex-ministro da Saúde Marcelo Queiroga disse que seus secretários eram os responsáveis pelo controle dos estoques.

“As vacinas foram adquiridas em função da população brasileira, como sabemos, a adesão às vacinas diminuiu depois do controle sanitário da doença em todo o mundo. Pelo que fui informado, a maior parte das vacinas vencidas são da Fiocruz”, afirmou Queiroga.

Em nota, a Saúde afirma que “a atual gestão do Ministério da Saúde se deparou [ao assumir o governo] com um cenário de 27,1 milhões de doses de vacinas contra Covid-19 sem tempo hábil para distribuição e uso”.

A reportagem pediu, via Lei de Acesso à Informação (LAI), dados sobre vacinas perdidas e recebeu a resposta de que 33 milhões de doses já foram descartadas ou enviadas para incineração. Depois, ao questionar o Ministério da Saúde, a assessoria de imprensa da pasta informou que há outras 5,9 milhões de doses vencidas, que ainda serão encaminhadas para incineração.

Desse grupo, cerca de 13 milhões de imunizantes, avaliados em R$ 415 milhões, perderam a validade até o fim de 2022. O resto, mais de 20 milhões de unidades, compradas por R$ 740 milhões, venceram em 2023.

A tabela enviada pelo Ministério da Saúde não detalha se todas as vacinas foram perdidas por causa do fim da validade ou se, por exemplo, algum lote foi reprovado em testes de qualidade.

Os dados enviados pela pasta não confirmam o modelo de vacina que perdeu a validade. A partir dos números de lote, é possível verificar que ao menos doses da Coronavac e da AstraZeneca/Fiocruz foram ou serão descartadas.

A equipe de Saúde do governo de transição tratou o estoque de vacinas prestes a vencer como uma espécie de herança maldita. No relatório final, o grupo disse que havia “grande quantidade de vacinas com prazo de vencimento muito curto, por falha no planejamento, monitoramento e gerenciamento dos estoques”.

Desde 2018 as informações sobre estoques do Ministério da Saúde, inclusive de produtos vencidos, estão sob sigilo. A Folha de S.Paulo fez diversos pedidos de acesso durante a gestão Bolsonaro, todos negados.

A equipe de Lula decidiu compartilhar, por enquanto, os estoques perdidos.

A secretária Ethel Maciel complementa que a pasta se preocupa com as doses que vencem nos próximos três meses. “As outras têm prazo de um ano, seis meses, e não temos preocupação com elas porque a gente está nesse movimento nacional pela vacinação e várias ações estão sendo pactuadas”, disse.

Bolsonaro estimulou a desinformação sobre as vacinas da Covid-19. Ele chegou a ameaçar expor servidores da Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária) que participaram da liberação da aplicação de doses em crianças.

Ao tomar posse, a atual ministra da Saúde, Nísia Trindade, disse que houve um “período de obscurantismo de negação da ciência” durante a gestão anterior.

Órgãos de controle, além de gestores do SUS, fizeram diversos alertas na gestão Bolsonaro sobre o risco de as vacinas perderem a validade.

Como mostrou a Folha de S.Paulo em junho de 2021, documentos de auditoria do TCU (Tribunal de Contas da União) apontavam o risco de a Saúde perder cerca de 28 milhões de doses até agosto daquele ano.

A Saúde já havia deixado vencer um estoque avaliado em R$ 243 milhões de vacinas, além de testes e outros itens, como também revelou a Folha de S.Paulo, em 2021. Quase todos os produtos perderam a validade na gestão Bolsonaro.

O TCU confirmou, no começo de março, que cerca de 2 milhões de doses de vacinas da Covid doadas pelos Estados Unidos foram descartadas.

Os ministros do tribunal decidiram aplicar multa de R$ 1 milhão ao general da reserva Ridauto Ribeiro, ex-diretor de logística da Saúde, e a Rosana Leite, ex-secretária extraordinária de enfrentamento à Covid-19, sob argumento de que faltou planejamento ao aceitar uma doação de doses com validade curta.

Os lotes doados chegaram ao Brasil cerca de um mês antes do fim da vida útil.

Procurado, Ridauto disse que todas as doses recebidas durante sua gestão foram mantidas em “perfeitas condições de armazenagem”, “não tendo havido qualquer perda de vacinas de Covid por dano ou armazenagem inadequada”.

“Quanto à decisão de se adquirir ou receber vacinas (e das quantidades a serem adquiridas), ou a utilização desse material, ou seja, a decisão de enviá-lo ou não aos estados e DF, isso não competia ao órgão que eu dirigia, o Dlog”, afirmou ainda. Ele declarou que os “gestores competentes” devem responder pelas compras e pelo período em que as doses ficaram estocadas.

Rosana Leite foi procurada, mas não se manifestou.

DOSES CONTRA A COVID-19 VENCIDAS POR ANO

  • 2021: 1.904.140
  • 2022: 9.922.430
  • 2023 (até 28/02): 27.125.070
  • Total: 38.951.640

Governo Bolsonaro usou programa secreto para rastrear pessoas, diz jornal

Nos três primeiros anos do governo Jair Bolsonaro (PL), a Abin (Agência Brasileira de Inteligência) usou um programa secreto para monitorar a localização de cidadãos a partir de dados do celular

As informações foram divulgadas pelo jornal O Globo, que acessou documentos e ouviu o relato de servidores da Abin

Na prática, qualquer celular poderia ser monitorado sem justificativa oficial. Há relatos de que o programa foi usado até mesmo contra agentes da Abin e um procedimento interno foi aberto para apurar os critérios de uso da tecnologia

COMO É O PROGRAMA?

A ferramenta “FirstMile” permitia monitorar os passos de até 10 mil pessoas a cada 12 meses. Para iniciar o rastreio, bastava digitar o número de celular da pessoa

O programa cria um histórico de deslocamentos e permite a criação de “alertas em tempo real” da movimentação de alvos em diferentes endereços

O software foi comprado por R$ 5,7 milhões da israelense Cognyte, com dispensa de licitação, no final do governo Michel Temer (MDB). A ferramenta foi usada pelo governo Bolsonaro até meados de 2021.

Oscar coroa como melhor filme ‘Tudo em Todo o Lugar’, com 7 prêmios; veja a lista

“Tudo em Todo o Lugar ao Mesmo Tempo” confirmou o favoritismo e foi o principal vencedor do Oscar deste ano. O longa levou sete estatuetas, entre elas, a de melhor filme

A Academia de Artes e Ciências Cinematográficas de Hollywood anunciou os vencedores do mais importante prêmio da indústria de cinema americana neste domingo, dia 12.

Dirigido pela dupla Daniel Kwan e Daniel Scheinert, o filme levou sete estatuetas. Uma dos principais foi na categoria de melhor atriz, para Michelle Yeoh, a primeira asiática a receber um Oscar nesta categoria.

O vietnamita Ke Huy Quan ganhou o prêmio de ator coadjuvante e Jamie Lee Curtis levou o troféu de melhor atriz coadjuvante. O longa também foi premiado em melhor direção, roteiro original, montagem.

Ao todo, “Tudo em Todo o Lugar” concorreu a 11 prêmios. O filme foi o maior vencedor de melhor filme desde “Quem Quer Ser um Milionário”, de 2008, que levou oito estatuetas

O longa já vinha colecionando troféus nas principais premiações de cinema, como o SAG Awards.

Na trama, uma imigrante chinesa nos Estados Unidos amargurada com sua rotina é jogada no multiverso e precisa transitar entre diferentes versões de si mesma para salvar o mundo.

OSCAR 2023: CONFIRA OS PREMIADOS

Melhor filme

‘Tudo em Todo Lugar ao Mesmo Tempo’

Melhor direção

Daniel Kwan e Daniel Scheinert, ‘Tudo em Todo Lugar ao Mesmo Tempo’

Melhor atriz

Michelle Yeoh, ‘Tudo em Todo Lugar ao Mesmo Tempo’

Melhor ator

Brendan Fraser, ‘A Baleia’

Melhor atriz coadjuvante

Jamie Lee Curtis, ‘Tudo em Todo Lugar ao Mesmo Tempo’

Melhor ator coadjuvante

Ke Huy Quan, ‘Tudo em Todo Lugar ao Mesmo Tempo’

Melhor roteiro adaptado

‘Entre Mulheres’

Melhor roteiro original

‘Tudo em Todo Lugar ao Mesmo Tempo’

Melhor filme internacional

‘Nada de Novo no Front’ (Alemanha)

Melhor documentário

‘Navalny’

Melhor documentário em curta-metragem

‘Como Cuidar de um Bebê Elefante’

Melhor fotografia

‘Nada de Novo no Front’

Melhor montagem

‘Tudo em Todo Lugar ao Mesmo Tempo’

Melhor canção original

‘Naatu Naatu’, de ‘RRR: Revolta, Rebelião, Revolução’

Melhor direção de arte

‘Nada de Novo no Front’

Melhor animação

‘Pinóquio por Guillermo del Toro’

Melhores efeitos visuais

‘Avatar: O Caminho da Água’

Melhor cabelo e maquiagem

‘A Baleia’

Melhor figurino

‘Pantera Negra: Wakanda para Sempre’

Melhor trilha sonora

‘Nada de Novo no Front’

Melhor som

‘Top Gun: Maverick’

Melhor curta-metragem

An Irish Goodbye’

Melhor curta-metragem em animação

‘O Menino, a Toupeira, a Raposa e o Cavalo’

Virginia é detonada na internet após testes da base WePink

O lançamento da base líquida da influencer Virginia, 23, continua a causar polêmica nas redes. Após o anúncio do valor do produto por R$ 199,90, a marca WePink dividiu opiniões com o compartilhamento de testes por maquiadores e influencers de beleza, como a youtuber Karen Bachini.

Já conhecida por seus testes de novos produtos (além de outras polêmicas), Karen Bachini criticou a base ao compará-la com outras 19 bases líquidas, de marcas nacionais e importadas. Ela mostrou que o produto não é realmente impermeável, como promete a embalagem, e as cenas causaram agitação na web. “19 motivos para não comprar a base da Virginia” é o título do vídeo no Tik Tok.

Já Virgínia também compartilhou seus testes da base WePink. Nos stories do Instagram, a influencer mostrou como aplica o produto e faz o teste da resistência jogando água no rosto. Na versão dela, o produto é resistente à água.

As análises não são somente negativas. Contas do Tik Tok como a do maquiador Matheus Jorge fazem elogios ao produto, mas são as críticas que chamam mais a atenção dos internautas. A TikToker Karol Rezende foi outro nome que mostrou aspectos negativos da base líquida.

O produto está à venda no site da WePink e está esgotado em 3 das 15 cores disponíveis.