Telemarketing: empresas anunciam demissões após abertura do prefixo 0303

Duas semanas após o início do funcionamento do prefixo 0303 para identificação de telemarketing, empresas de call center começam a anunciar demissões.

Segundo a ABT (Associação Brasileira de Telesserviços), cerca de 40% das operações das empresas do ramo associadas à entidade estão paradas.

John von Christian, presidente da ABT, afirma que as empresas de telecomunicações, responsáveis por identificar as chamadas com o 0303, estão bloqueando ligações de telemarketing.

O setor emprega cerca de 1,4 milhão de pessoas, segundo a ABT.

“A implantação não foi bem-sucedida pelas teles que não conseguem completar as ligações nem operacionalizar o serviço”, diz Christian.

O bloqueio, segundo ele, limita o canal de regularização de dívidas por telefone e a descontinuidade de serviços essenciais como energia, telefonia, seguro, serviços financeiros.

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Caminhoneiros lançam caravanas contra a política de preços da Petrobras

Entidades que reúnem caminhoneiros começaram a organizar uma caravana para protestar contra a política de preços da Petrobras. A intenção dos motoristas é partir de Curitiba no dia 20 de maio e percorrer diversas cidades do Brasil, onde carreatas serão organizadas.

A carreta que vai “puxar” a caravana já está quase pronta, segundo o presidente da ANTB (Associação Nacional de Transporte do Brasil), José Roberto Stringasci, e vai circular sob a assinatura de um movimento batizado de “Soberano Brasil”. Sob uma lona verde e amarela, pedem o fim do PPI (Preço de Paridade Internacional) e a reestatização de empresas estratégicas.

A lista de cidades está sendo definida de acordo com os locais onde lideranças da categoria conseguirem mobilizar outros protestos.

A troca no comando da Petrobras, ocorrida após a disparada dos preços dos combustíveis, não acalma os ânimos em setores com custos sob pressão. Na quinta (14), José Mauro Coelho assumiu a presidência da estatal e defendeu a política de paridade de preços.

Para Plínio Dias, presidente do CNTRC (Conselho Nacional do Transporte Rodoviário de Cargas), é lamentável que o governo ainda apoie a paridade. “O Brasil sempre paga o pato”, afirma. “Podíamos ter um petróleo em real e não em dólar.”

O diretor da CNTTL (Confederação Nacional dos Trabalhadores em Transportes e Logística), Carlos Alberto Litti Dahmer, também vê a substituição como sem efeito enquanto estiver em vigor a política de paridade de preços.

“Pode trocar toda semana que não vai mudar nada. Tudo o que ele diz traz o mesmo conceito de quem estava lá antes, não tem nada de novo. Você muda as moscas, mas o cheiro é o mesmo”, diz.

Litti, que é caminhoneiro autônomo de Ijuí (RS), critica também a velocidade com que a Petrobras repassa as quedas de preços do barril de petróleo e da cotação do dólar, a que ele considera incompatível.

Na avaliação de Wallace Landim, o Chorão, presidente da Abrava (Associação Brasileira dos Condutores de Veículos Automotores), o efeito em cadeia da alta dos combustíveis já é visto nos preços dos alimentos.

“Não temos para onde correr, nossa única opção é repassar o aumento do diesel para o preço do frete, e o resultado nos vemos nas prateleiras do supermercado, e quem sofre são os mais pobres, que não conseguem mais comer.”

Autoteste de Covid comprado pela internet pode levar mais de uma semana para chegar

Os autotestes de Covid-19 já estão disponíveis no ecommerce de grandes redes de farmácias, mas podem levar mais de uma semana para chegar ao paciente. A recomendação médica é de que o exame seja feito entre o 1º e o 7º dia a partir do início dos sintomas ou no 5º dia após o contato com um infectado.

Nas drogarias Pacheco e São Paulo, o tempo para a entrega do autoteste na região central de São Paulo é de até dez dias úteis. Nos sites e aplicativos da Droga Raia e Drogasil, os prazos de entrega variam de acordo com a região, segundo a empresa.

Pesquisando para o mesmo local, a previsão é de até sete dias úteis. Há ainda a possibilidade de comprar pelo site e retirar em uma loja da capital a partir desta quinta (3), segundo a Raia Drogasil. A empresa afirma que o autoteste Novel Coronavírus (Covid-19), o primeiro a ser liberado pela Anvisa, estará nas prateleiras de 350 farmácias da rede na capital paulista.

De acordo com a Raia Drogasil, as unidades da rede no interior de São Paulo e nos demais estados deverão ter o produto disponível neste fim de semana. Nas lojas físicas das redes Pacheco e São Paulo, a venda de autotestes está prevista para começar nesta sexta (4).

Luciano Hang faz suspense sobre possível candidatura

O empresário Luciano Hang diz que vai anunciar depois do Carnaval sua possível candidatura. Ele ainda não revela a sigla nem o cargo. E ainda deixa dúvidas se, de fato, vai concorrer nas eleições de 2022. O dono da Havan intensificou as conversas com partidos para tomarem a decisão sobre sua filiação.

Hang tem ventilado nas redes sociais que a vaga do Senado por Santa Catarina seria uma alternativa. A opção de concorrer ao governo do estado parece fora do horizonte. No ano passado, o empresário chegou a publicar uma enquete nas redes sociais perguntando qual nome ele deveria colocar nas urnas. Além de Veio da Havan, ele também sugeriu Loro José, Capitão Brasil e outros.

“De qualquer modo, ele antecipa que seguirá lutando pelas reformas administrativa e tributária, pela liberdade econômica, pela desburocratização e diminuição da máquina pública, pelas privatizações”, diz um comunicado que a Havan deve divulgar nesta quarta (16).

Pelo calendário do TSE (Tribunal Superior Eleitoral), 2 de abril é a data até a qual os pretendentes a candidatos a cargo eletivo nas eleições deste ano devem estar com a filiação deferida pelo partido, desde que o estatuto partidário não estabeleça prazo superior.

Anvisa recebe cerca de 30 pedidos de registro de autotestes para Covid

A Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária) recebeu pelo menos 28 pedidos de registro para autotestes para Covid-19, segundo informações do painel que monitora a entrada de novas solicitações, atualizadas na manhã desta quinta-feira (3).

Os dados são apresentados com 24 horas de atraso, diz a agência reguladora -e, portanto, o número pode ser maior.

Entre os fornecedores, estão a importadora MedLevensohn, a Abbott Diagnósticos e a fabricante de testes Eco Diagnóstica. Algumas empresas entraram com pedido para mais de um modelo de teste.

O primeiro aval foi solicitado na segunda (31) pela empresa brasileira Okay Technology Comércio do Brasil, para um autoteste importado que utiliza coleta nasal para obter o resultado. O produto já foi analisado pela Anvisa e aguarda publicação no Diário Oficial da União.

Outros 4 estão em análise e 23 já foram distribuídos entre as áreas responsáveis.

Quando a agência autorizou o uso de autotestes no Brasil, na última sexta (28), os fornecedores já começaram a se movimentar para levar seus produtos às prateleiras.

A expectativa das empresas é disponibilizar a mercadoria nas farmácias dentro de algumas semanas, mas o tempo depende do processo de registro na Anvisa, etapa necessária para a comercialização.

Restaurantes dizem que fim do serviço da Uber Eats é bomba no setor

A decisão da Uber de encerrar seu serviço de entrega de refeições de restaurantes pelo Uber Eats no Brasil caiu como uma bomba no setor, segundo Paulo Solmucci, presidente da Abrasel, associação de bares e restaurantes, que diz temer as consequências do aumento na concentração da atividade.

Ele afirma que o anúncio da Uber assusta porque acontece semanas depois da decisão dos acionistas da startup Delivery Center de também encerrar a operação da empresa, um sinal de que o mercado brasileiro pode estar pouco atrativo ao investimento na área.

O setor tem vivido um cabo de guerra contra o iFood. Desde o ano passado, empresas como Rappi, Uber Eats e 99Food, além da associação dos restaurantes, foram ao Cade (Conselho Administrativo de Defesa Econômica) se queixar de que o gigante da entrega de comida impõe barreiras para os concorrentes ao forçar um modelo de contrato de exclusividade com os restaurantes.

“Pretendemos cobrar uma oposição firme do Cade porque estamos cada vez mais preocupados com essa concentração de mercado”, diz Solmucci.

A Abrasel vem tentando promover um modelo com código aberto para a padronização de cardápios e pedidos, batizado de Open Delivery.

Uber Eats vai deixar de fazer entregas de restaurantes no Brasil depois do dia 7 de março, segundo anúncio feito pela empresa nesta quinta-feira (6).

Sem os restaurantes, a empresa vai atuar em duas outras frentes. O chamado Cornershop by Uber vai fazer entregas de supermercados, atacados e outras lojas, enquanto o serviço Uber Flash ficará com as entregas de pacotes.

A Cornershop by Uber funciona em apenas cem cidades no Brasil, mas, segundo a Uber, o número de pedidos quase triplicou em 2021. A empresa também planeja expandir seu produto corporativo, o Uber Direct, de entregas no mesmo dia.

“A Uber segue seu compromisso com seus mais de 1 milhão de motoristas parceiros que geram renda fazendo viagens e entregas pela plataforma – o volume de viagens no Brasil já é maior do que o registrado no período anterior à pandemia”, disse a empresa em comunicado.

Procurado pela reportagem, o iFood diz que não comenta decisões de negócio de outras empresas. “Com relação ao mercado de entrega de refeições, o iFood esclarece que o setor de delivery online segue em constante evolução com a entrada frequente de novos competidores e o surgimento de novos modelos de negócios. Essa competição intensa favorece restaurantes, entregadores e consumidores, e promove mais inovação para todo o ecossistema”, diz a empresa em nota.

O iFood afirma, ainda, que suas políticas comerciais estão em estrita conformidade com a legislação concorrencial e que segue cooperando com as autoridades responsáveis.

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Empresas de cruzeiros suspendem operações após surto de Covid

A Clia Brasil, associação que representa as companhias de navios de cruzeiros no país, anunciou a suspensão das operações nos portos brasileiros até o dia 21 de janeiro. O comunicado foi feito nesta segunda-feira (3) em nome da MSC e da Costa Cruzeiros.

A medida foi tomada após os surtos de Covid em embarcações na semana passada, que levaram a Anvisa a recomendar ao Ministério da Saúde na sexta-feira (31) a suspensão provisória da temporada de navios de cruzeiro, em caráter preventivo, até que haja mais dados disponíveis para avaliação do cenário epidemiológico.

A Clia afirma que quer alinhar os protocolos de saúde e segurança com autoridades do governo federal, da Anvisa, de estados e municípios.

“Nas últimas semanas, as duas companhias de cruzeiros afetadas experimentaram uma série de situações que impactaram diretamente as operações nos navios, tornando a continuidade dos cruzeiros neste momento impraticável. Além disso, a incerteza operacional causou inconvenientes significativos para os hóspedes que contavam com suas férias no mar com rígidos protocolos de segurança”, diz o documento.

A suspensão vale para as novas partidas, ou seja, não haverá mais embarque de hóspedes até o dia 21, e os cruzeiros que já estão acontecendo vão finalizar os seus itinerários, segundo a Clia.

Depois da recomendação feita pela Anvisa, a associação chegou a se pronunciar dizendo que o número de casos de Covid identificados nos navios é proporcionalmente pequeno, na opinião da Clia.

“Os menos de 400 casos positivos identificados a bordo representam cerca de 0,3%, ou seja, uma pequena minoria dos 130 mil passageiros e tripulantes embarcados desde o início da atual temporada, em novembro. Esses casos, em sua grande maioria assintomáticos ou com sintomas leves, foram identificados, isolados e desembarcados, conforme o protocolo vigente, assim como seus contatos próximos, representando pouca ou nenhuma carga para os recursos médicos de bordo ou em terra”, disse a Clia por meio de comunicado.

A CVC Corp afirma que acompanha com atenção as recomendações da Anvisa e a decisão de suspensão provisória dos cruzeiros até o dia 21 de janeiro, bem como determinações sobre a continuidade ou não da atual temporada de cruzeiros no País.

A empresa diz que seguirá o direcionamento e a política de remarcação e reembolso adotados pelas companhias marítimas que operam os cruzeiros. Procuradas pela reportagem, MSC e Costa Cruzeiros ainda não se manifestaram.

Disney está prestes a perder direitos do Ursinho Pooh

A Disney corre o risco de perder o controle de alguns de seus personagens mais queridos, que estão programados para entrar em domínio público neste ano.

A história do Ursinho Pooh foi lançada em 1926 e, de acordo com a legislação americana, os direitos autorais expiram 95 anos após primeira publicação. A empresa manterá os direitos dos personagens criados depois, como o Tigrão, que apareceu em 1928.

Os personagens foram baseados no filho do produtor Alan Alexander Milne, Christopher Robin, e seus bichos de pelúcia, incluindo Ursinho Pooh, Bisonho, Tigrão, Leitão, Kanga e Roo.

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Voos no Brasil podem retomar nível pré-pandemia em março, estimam companhias aéreas

A trajetória de recuperação da malha de voos domésticos se beneficiou das viagens de fim de ano e avançou mais um pouco em dezembro para as companhias brasileiras, que registraram média de 2.036 decolagens diárias, segundo levantamento da Abear (associação do setor).

No mês, as empresas alcançaram 85% da malha doméstica operada em março de 2020, antes da chegada do coronavírus, que arrebatou o mercado. Em abril daquele ano, a oferta diária de voos despencou para menos de 7%, ou seja, só 163 voos por dia.

A retomada rumo ao patamar de voos pré-pandemia começou a dar sinais mais firmes no meio deste ano, quando a malha saltou de 51% em junho para 68% em julho, segundo a Abear.

Eduardo Sanovicz, presidente da associação, prevê recuperação total em março ou abril de 2022. Segundo ele, o setor ainda enfrenta dificuldades como o aumento do preço do combustível de aviação e a escalada do dólar, que afeta os custos da operação.

Para o mercado de voos internacionais, que ainda gira em torno de 40% da malha anterior à pandemia, a previsão de recuperação total fica só para o fim de 2023.

Demanda por teste rápido de Covid movimenta farmácia em véspera de festa

Como aconteceu no primeiro ano da pandemia, em 2020, a demanda por testes rápidos de Covid em farmácias cresceu às vésperas das festas de Natal e Ano Novo. Além dos consumidores preocupados em saber se não estavam contaminados antes de participar dos eventos, desta vez, a variante ômicron e o surto de gripe podem ter impulsionado o movimento.

De acordo com as farmácias, não chegou a faltar teste, mas as agendas ficaram bastante cheias nas unidades da rede Raia Drogasil. Para conseguir um horário disponível, a empresa recomenda que o cliente consulte seus sites e aplicativos. Nas drogarias São Paulo e Pacheco também é preciso agendar horário para fazer o teste.

De acordo com o monitoramento da Abrafarma (associação do varejo farmacêutico), na semana de 13 a 19 de dezembro, foram 138 mil atendimentos, alta de 9% em relação à semana anterior. Na comparação com novembro, o aumento foi de 44%.