Em oito meses, Brasil abre 37 novos mercados para o agronegócio

De janeiro a agosto, o Brasil registra 37 novos mercados para a exportação de produtos do agronegócio. O ministro da Agricultura e Pecuária, Carlos Fávaro, comemora o resultado como fruto de negociações bilaterais que culminam no acordo dos parâmetros de sanidade a serem atestados e do certificado correspondente, sanitário, fitossanitário ou veterinário, que passará a ser aceito pelo país importador nos pontos de entrada da mercadoria.

De acordo com o secretário de Comércio e Relações Internacionais do Ministério da Agricultura e Pecuária, Roberto Perosa, “os registros de aberturas para produtos do setor agropecuário de janeiro até agosto deste ano reforçam o reconhecimento dos players internacionais pela qualidade e elevados controles sanitários e fitossanitários estabelecidos pelos exportadores brasileiros”.

Diversos produtos nacionais chegaram aos mais variados destinos, como por exemplo produtos bovinos, sementes, material genético bovino e avícola, animais vivos, ração animal, fibras, pescado e lácteos.

Os mais recentes, que ocorreram no Vanuatu (produtos cárneos esterilizados e miúdos de aves), Indonésia (bovinos para engorda, farinhas de subprodutos de aves e de penas, óleo (aves); farinhas de carne), República Dominicana (carne, produtos cárneos e miúdos de bovinos e suínos), México (gordura suína para alimentação animal) e Arábia Saudita (carne e produtos cárneos de caprinos). Este último país foi resultado da visita feita pela missão oficial do ministro Fávaro no fim de julho.

PRODUTOS EXPORTADOS

Desde o início do ano, o Mapa contabiliza a abertura de novos mercados nas Américas, Ásia, África e Oceania para a exportação dos mais diversos produtos agropecuários.

O trabalho de abertura de mercados externos não contempla apenas a venda de produtos tradicionais dos quais o Brasil já é um grande exportador, como carnes, milho e soja, mas de inúmeros produtos da cadeia agrícola, atendendo ao objetivo do Ministério da Agricultura e Pecuária de diversificar a pauta exportadora brasileira.

A abertura de mercado, no entanto, não significa comércio e embarques imediatos dos produtos agropecuários. É preciso, ainda, um trabalho de preparação do produtor e do exportador para atender às demandas de cada um desses novos clientes, além do desenvolvimento de atividades de promoção comercial e de divulgação.

Brasil conquista novo mercado para exportação de carnes

Após as negociações realizadas pelo Ministério da Agricultura e Pecuária (Mapa) junto à Singapure Food Agency (SFA), o Brasil conquistou um novo mercado para produtos agropecuários.

Com as propostas de ajustes no Certificado Sanitário Internacional (CSI), os estabelecimentos brasileiros já podem ser habilitar para exportação de carne bovina e carne suína processadas.

“É mais uma importante conquista para a agropecuária brasileira, pois ampliamos as nossas relações comerciais com um  mercado relevante e exportando produtos de maior valor agregado”, comentou o ministro da Agricultura e Pecuária, Carlos Fávaro.

Conforme dados do Ministério do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços (MDIC), Singapura foi o sétimo destino das exportações brasileiras em 2022.

Os produtos cárneos são o segundo principal grupo de exportados para o país, representando 7% do total (sendo produtos aviários 4%, suínos 2% e bovinos 1%). No ano passado as exportações para Singapura atingiram recorde e chegaram a U$ 8,3 bilhões.

Poderão ser exportadas  carnes bovinas e suínas processadas, não submetidas à esterilização comercial, após a acreditação do estabelecimento pela SFA.

Agora são 26 mercados abertos para diferentes produtos da agropecuária brasileira somente neste ano.

Produção brasileira de grãos deverá chegar a 390 milhões de toneladas até 2032

A produção de grãos no Brasil deverá aumentar 24,1% nos próximos dez anos, chegando perto de 390 milhões de toneladas na safra 2032/2033, com acréscimo de 75,5 milhões de toneladas. Esse acréscimo corresponde a uma taxa de crescimento de 2,4% ao ano. Soja, milho de segunda safra e algodão devem continuar alavancando o crescimento da produção de grãos.

A área de grãos deve expandir-se dos atuais 77,5 milhões de hectares para 92,3 milhões de hectares em 2032/33. 

Os números são do estudo Projeções do Agronegócio, Brasil 2022/23 a 2032/33, feito pela Secretaria de Política Agrícola, do Ministério da Agricultura e Pecuária (Mapa) e pela Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa).

As projeções do Agronegócio mostram um enorme potencial de crescimento do setor, que deverá ocorrer, principalmente, com base na produtividade, entretanto, de acordo com a pesquisa, será necessário ampliar os investimentos em pesquisa. 

A expansão de área deverá ocorrer devido ao padrão de crescimento da agricultura brasileira. De acordo com o estudo, a produtividade e as tecnologias operam juntas no sentido de crescimento sustentável.

A adição dos 14,7 milhões de hectares à área plantada de grãos poderá vir da conversão de áreas atualmente degradadas, particularmente, oriundas de pastagens extensivas, entre outras possibilidades, que evitem afetar a cobertura vegetal do país.

SOJA

De acordo com a análise da pesquisa divulgada nesta semana pelo Mapa (Ministério da Agricultura e Pecuária), 78% da expansão da área plantada deverá ocorrer com o cultivo da soja

A produção de soja em 2032/33 está projetada para 186,7 milhões de toneladas, acréscimo de 20,6% em relação à produção de 2022/23. A projeção de exportação de soja em grão está em 121,4 milhões de toneladas, com participação prevista de 60,6% nos embarques mundiais.

MILHO

A área de milho segunda safra deve expandir-se sobre áreas liberadas pela soja, no sistema de plantio direto. Milho e soja deverão sofrer pressão devido ao uso crescente como culturas relevantes para produção de biocombustíveis – biodiesel e etanol de milho.

A produção total de milho está projetada para 160 milhões de toneladas para 2032/33, alta de 27% em relação à produção de 2022/23.

As exportações e a demanda de milho para a produção de etanol serão duas importantes forças a estimular o cultivo. O milho adquire importância crescente como matéria prima e como alimento.

ALGODÃO

As projeções do algodão em pluma indicam produção de 3,6 milhões de toneladas em dez anos, expansão de 26,8%, dominado principalmente pela produtividade. Mato Grosso e Bahia respondem atualmente por 90% da produção nacional. Espera-se que o aumento da produtividade seja impulsionado por melhoramento genético, melhores práticas agronômicas, novas tecnologias e agricultura de precisão.

O Brasil deverá responder por 12,5% da produção mundial de algodão em 2030. Estados Unidos, Brasil e Índia deverão ser os principais exportadores ao final destas projeções. O consumo de algodão no Brasil deve apresentar estabilidade nos próximos anos, situando-se em 732 mil toneladas anuais. 

Dados da OCDE/FAO mostram que, a partir dos anos 1990, o consumo per capita de fibra de algodão foi ultrapassado pelas fibras sintéticas, devido aos preços mais acessíveis.

Inverno começa dia 21 de junho com período menos chuvoso

O inverno no Hemisfério Sul começa na próxima quarta-feira (21 de junho), às 11h58, e termina no dia 23 de setembro, às 3h50 (horário de Brasília). A estação é marcada por um período menos chuvoso nas regiões Sudeste, Centro-Oeste e em parte do Norte e Nordeste do Brasil. Por outro lado, os maiores volumes de precipitação (chuva) se concentram no noroeste da Região Norte, leste do Nordeste e em parte do Sul do país. 

A redução da chuva em grande parte do Brasil nesta época do ano é devido à persistência de massas de ar seco, o que provoca a diminuição da umidade relativa do ar e, consequentemente, favorece a ocorrência de queimadas e incêndios florestais, bem como o aumento de doenças respiratórias.

Além da menor incidência de radiação solar, a estação também se caracteriza pelas incursões de massas de ar frio vindas do sul do continente, provocando queda na temperatura do ar e valores médios inferiores a 22ºC na parte leste das regiões Sul e Sudeste do Brasil.

A diminuição da temperatura pode ocasionar fenômenos como a formação de geada nas regiões Sul e Sudeste e no estado do Mato Grosso do Sul, queda de neve nas áreas serranas e planaltos da Região Sul e episódios de friagem em Mato Grosso, Rondônia, Acre e no sul do Amazonas. Além disso, no inverno, em função das inversões térmicas no período da manhã, é comum a formação de nevoeiros ou névoa úmida no Sul, Sudeste e Centro-Oeste, com redução de visibilidade, especialmente, em estradas e aeroportos.

Confira AQUI o prognóstico climático da estação produzido pelo Instituto Nacional de Meteorologia (Inmet) em parceria com o Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe).

Exportações do agronegócio atingem novo recorde no mês de maio

As exportações do agronegócio brasileiro alcançaram US$ 16,78 bilhões em maio: 11,2% superiores ao mesmo mês em 2022. Nunca as exportações ultrapassaram US$ 16 bilhões em um único mês, considerando-se toda a série histórica iniciada em 1997. Com o recorde, a participação do agronegócio nas exportações totais brasileiras alcançou 50,8%.

Segundo análise da Secretaria de Comércio e Relações Internacionais do Ministério da Agricultura e Pecuária (SCRI/Mapa), a excelente safra brasileira de grãos, superior a 315 milhões de toneladas, influenciou diretamente este resultado. O índice de quantum das exportações do agronegócio em maio cresceu 27,6%, e, mesmo diante da redução dos preços internacionais, possibilitou a geração de um novo recorde nas exportações do agronegócio.

 

 

Soja

As vendas de soja em grãos representaram outro recorde, com US$ 8,13 bilhões exportados. O volume, por sua vez, foi o segundo melhor de toda a série histórica, 15,60 milhões de toneladas embarcadas, somente superado pelo volume de  abril de 2021 (16,11 milhões de toneladas). A China foi o principal destino (cerca de 60% do total).

As vendas externas de farelo de soja também registraram recorde, dessa vez de valor e volume exportados, US$ 1,43 bilhão (+32,0%) e 2,71 milhões de toneladas (+38,4%), respectivamente. 

Carnes

As exportações de carne bovina recuaram para US$ 952 milhões (-11,8%), devido à redução do preço médio de exportação. Por outro lado, houve recorde em volume:  191 mil toneladas, influenciado pela demanda chinesa após os efeitos da suspensão temporária das vendas ao país. A China é a maior importadora da carne bovina do Brasil, com 61,3% do valor total exportado. 

Apesar da redução em valor, US$ 854 milhões (-3,5%), as exportações de carne de frango foram recordes em quantidade: 423 mil toneladas. O aumento da quantidade exportada ocorreu mesmo após o registro dos primeiros casos de Influenza Aviária confirmados no Brasil. Nesse cenário, o Ministério da Agricultura e Pecuária declarou estado de emergência zoo-sanitária no país, e tem adotado medidas preventivas de forma a impedir a chegada do vírus às granjas comerciais

Açúcar

O setor sucroalcooleiro apresentou forte elevação de valor exportado, passando de US$ 665 milhões em maio de 2022 para US$ 1,21 bilhão em maio de 2023 (+81,2%). O açúcar é o principal produto exportado pelo setor, com valor recorde de US$ 1,14 bilhão exportados (+88,5%). 

Acumulado do ano (janeiro a maio)

As exportações brasileiras do agronegócio, nos cinco primeiros meses deste ano, somaram US$ 67,3 bilhões, o que representa um crescimento de 5,8% na comparação com o mesmo período em 2022, quando as vendas foram de US$ 64 bilhões. O agronegócio representou quase metade das vendas externas totais do Brasil, com participação de 49,5%. 

Entre os destaques que mais contribuíram para o desempenho favorável estão os recordes em soja em grão, farelo de soja, frango e carne suína em valor e quantidade; recorde de milho e açúcar em valor; celulose e óleo de soja, recordes em quantidade.

A soja em grão representou 81,2% do valor embarcado pelo setor complexo soja, alcançando o valor histórico de US$ 26,53 bilhões, com recorde também em volumes: 49 milhões de toneladas.

Em 2023, o Brasil deve se tornar o maior exportador de farelo de soja do mundo. O produto registrou recorde em valor (US$ 4,76 bilhões) e quantum (8,84 milhões de toneladas).

As vendas externas de milho ficaram em US$ 3,09 bilhões, valor recorde para a série histórica. Segundo a análise da SCRI, a atual safra de milho prevista pela Conab no montante recorde de 125,72 milhões de toneladas,  ainda sob os efeitos somente da primeira safra do cereal, favorece o incremento nas vendas externas. Foram embarcadas 10,6 milhões de toneladas do grão.

As vendas de açúcar também registraram recorde em valor, alcançando US$ 3,85 bilhões. Foram comercializadas 8,4 milhões de toneladas do produto. 

Já a celulose foi responsável por 8,17 milhões de toneladas, quantidade recorde para o período. O óleo de soja também teve recorde no quantum, com 1,19 milhão de toneladas.

A carne de frango representou recordes de US$ 4,21 bilhões e de 2,13 milhões de toneladas, e as exportações de carne suína foram de US$ 1,14 bilhão e 473 mil toneladas. 

Crédito rural desembolsou R$ 318 bilhões nos últimos 11 meses

Aaplicação do crédito rural do atual Plano Safra 2022/2023 chegou a R$ 318,7 bilhões entre julho/2022 e maio/2023. Os financiamentos de custeio tiveram aplicação de R$ 189 bilhões. Já as contratações das linhas de investimentos totalizaram mais de R$ 84,2 bilhões. As operações de comercialização atingiram R$ 30,8 bilhões e as de industrialização, R$ 14,5 bilhões.

De acordo com a análise da Secretaria de Política Agrícola do Ministério da Agricultura e Pecuária (Mapa), foram realizados 1.750.788 contratos no período de 11 meses, sendo 1.266.243 no Pronaf e 190.240 no Pronamp.

Os valores contratados pelos pequenos e médios produtores em todas as finalidades (custeio, investimento, comercialização e industrialização) foram, respectivamente, de R$ 49 bilhões no Pronaf e de R$ 45,2 bilhões no Pronamp.

Os demais produtores formalizaram 294.305 contratos, correspondendo a R$ 224,4 bilhões de financiamentos contratados nas instituições financeiras.

 

Financiamento agropecuário

O Programa para a Adaptação à Mudança do Clima e Baixa Emissão de Carbono na Agropecuária, conhecido como Programa ABC+, teve desembolso de R$ 3,7 bilhões. O Programa de Modernização da Agricultura e Conservação dos Recursos Naturais (Moderagro) teve contratações de R$ 1,6 bilhão. Já o O Programa para Construção e Ampliação de Armazéns (PCA) somou R$ 2,6 bilhões.

Contratação por fonte de recursos

Em relação às fontes de recursos do crédito rural, a participação dos recursos obrigatórios, no total das contratações, foi de R$ 69,23 bilhões, e a de recursos da poupança rural controlada somou R$ 58,3 bilhões. As duas fontes somam 40% do total do crédito rural. 

A demanda por recursos não controlados somou R$ 138,4 bilhões, com destaque para os recursos da Letra de Crédito do Agronegócio (LCA) com R$ 781 bilhões, o equivalente a 25% de todos os financiamentos.

Contratação por região

A região Sul continua com o destaque nos financiamentos do Plano Safra, com R$ 104,5 bilhões. O estado do Rio Grande do Sul lidera o ranking das contratações na região, com 44% das contratações, seguido pelo Paraná, com 41%.

O Centro-Oeste está em segundo lugar no desempenho do crédito, com R$ 88,3 bilhões, sendo que Mato Grosso e Goiás respondem por 76% das contratações da região.

Liberação de Recursos em 2023

De janeiro a maio de 2023, foram liberados R$ 107 bilhões de crédito rural, que representa 8,6% a mais do aplicado no mesmo período do ano passado, em todas as finalidades do crédito rural (custeio, investimento, comercialização e industrialização).

Nos cinco primeiros meses do ano, o custeio totalizou R$ 61,5 bilhões, os financiamentos em investimentos alcançaram R$ 24,5 bilhões, a comercialização somou R$ 17 bilhões e a industrialização, R$ 4 bilhões. 

Para o Pronaf, no período, houve liberação de R$ 13,9 bilhões, para o Pronamp, R$ 11,2 bilhões e para os demais agricultores, R$ 81,9 bilhões.

Os valores apresentados são provisórios e foram extraídos no dia 7 deste mês, do Sistema de Operações do Crédito Rural e do Proagro (Sicor/BCB), que registra as operações de crédito informadas pelas instituições financeiras autorizadas a operar em crédito rural.

Dependendo da data de consulta no Sicor ou no Painel Temático de Crédito Rural do Observatório da Agropecuária Brasileira, podem ser observadas variações dos dados disponibilizados ao longo dos trinta dias seguintes ao último mês do período considerado.

Valor Bruto da Produção Agropecuária em 2023 é estimado em R$ 1,179 trilhão

As estimativas do Valor Bruto da Produção Agropecuária (VBP), obtidas com base nas informações de safras, indicam um valor de R$ 1,179 trilhão para 2023, superior em 3,8% em relação ao valor de 2022, que foi de R$ 1,135 trilhão. 

O valor é influenciado pelos preços agrícolas, que têm sofrido redução para vários produtos, entre eles milho, soja e trigo, que têm forte relevância no cálculo do VBP. Os preços recebidos pelos produtores de soja e milho estão, respectivamente 8,93% e 14,37% abaixo dos preços do mês de abril.

As lavouras têm um faturamento previsto em R$ 835,5 bilhões, 6,3% acima do obtido no ano passado. Tiveram bom desempenho produtos como amendoim, arroz, banana, cacau, cana-de-açúcar, feijão, laranja, mandioca, milho, soja e tomate.  

A pecuária, com faturamento de R$ 343,8 bilhões, apresenta uma retração real de 1,8% em relação a 2022.Contribuição positiva é dada pela carne suína, leite e ovos, e contribuição negativa vem de carne bovina (- 7,3%) e carne de frango ( -6,0%).

Poucos produtos agrícolas neste ano estão tendo redução do VBP, como algodão pluma, com retração de -7,3%, batata inglesa (-8,1%), café (-4,5%) e trigo (-12,8%). Esse resultado ocorre devido principalmente à retração de preços, como no caso do algodão, café e trigo.

Recorde

O VBP estimado para este ano é um valor recorde em uma série analisada que iniciou em 1989. Na composição deste indicador, vários produtos têm neste ano o mais alto valor obtido.

Os cinco produtos mais relevantes da série são: soja, milho, cana-de-açúcar, café e algodão, que respondem por 58,25% do VBP total. 

No ranking dos estados, os cinco primeiros são: Mato Grosso, Paraná, São Paulo, Minas Gerais e Goiás, gerando neste ano 60,4% do VBP do país.

Brasil abre mais dois mercados para produtos agropecuários

O Brasil conquistou a abertura de 24 novos mercados para produtos da agropecuária nacional desde janeiro de 2023. Os mais recentes, que ocorreram no início desta semana, são a exportação de alimentos mastigáveis para animais de companhia (pet food) para a África do Sul e de farinhas de aves para alimentação animal para o Equador.

De acordo com a Secretaria de Comércio e Relações Internacionais do Ministério da Agricultura e Pecuária, as importações da África do Sul de pet food foram de aproximadamente US$ 60 milhões em 2022. Nesta categoria, o Brasil exportou quase US$ 100 milhões para outros mercados.

Também no ano passado, o Equador importou farinha de origem animal para alimentação animal de todo o mundo no valor de US$ 554 milhões.

O trabalho de abertura de mercados externos não contempla apenas a venda de produtos tradicionais dos quais o Brasil já é um grande exportador, como carnes, milho e soja, mas de diversos produtos da cadeia agrícola, atendendo ao objetivo do Ministério da Agricultura e Pecuária de diversificar a pauta exportadora brasileira.

Desde o início do ano, o Mapa contabiliza a abertura de 24 mercados nas Américas, Ásia, África e Oceania para a exportação dos mais diversos produtos de variados setores da agropecuária.

Brasil e Romênia discutem formas de ampliar fluxo comercial agrícola

Após receber a primeira visita presidencial da Romênia ao Brasil, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva anunciou o interesse de aumentar o fluxo comercial na área agrícola entre os países.

Lula recebeu o presidente da Romênia, Klaus Iohannis, nesta terça-feira (18), no Palácio do Itamaraty. Após o encontro, o presidente brasileiro destacou as parcerias entre os países.

“São promissoras as possibilidades de intercâmbio entre a Embrapa e a Academia de Ciências Agrícolas da Romênia”, ressaltou Lula.

Esta é uma frente que vem sendo trabalhada pelo ministro da Agricultura e Pecuária, Carlos Fávaro, que tem buscado cooperações técnicas, especialmente por meio de parcerias via Embrapa, para o desenvolvimento tecnológico da agropecuária de sustentabilidade e de mecanismos para promover a segurança alimentar.

Além disso, com os estudos conjuntos com outros países, o Ministério da Agricultura e Pecuária (Mapa) busca uma métrica comum para aferir o sequestro de carbono na produção agropecuária.

Conforme o presidente Lula, o Brasil é o maior fornecedor não-europeu de alimentos para a Romênia, que por sua vez, tem destacado desempenho na agricultura da Europa.

“Essa iniciativa do presidente Lula, abrindo as portas do mundo para o agronegócio brasileiro, não apenas nas relações comerciais, mas também na área de pesquisa e tecnologia, é essencial para seguirmos avançando na meta de aumento da produção com desenvolvimento sustentável”, avaliou Carlos Fávaro.

Presunto cozido tem novas regras de qualidade e identidade

O Ministério da Agricultura e Pecuária (Mapa) publicou nesta semana a Portaria nº 765, que aprova o novo Regulamento Técnico de Identidade e Qualidade (RTIQ) do presunto cozido, presunto cozido superior, presunto cozido tenro e do presunto cozido de aves.

As novas regras se aplicam aos tipos de presunto cozido produzidos e buscam conferir uma identidade aos produtos, garantir a segurança e inocuidade, bem como padronizar entendimentos e atender às demandas do setor produtivo.

Entre as melhorias, tem-se a definição de 25% como limite máximo de colágeno presente em relação à proteína total do produto final para manter a qualidade das matérias-primas cárneas utilizadas, bem como a característica do produto. Para o presunto cozido de aves, a quantidade de colágeno em relação à proteína total deverá ser de no máximo 10%.

Na fabricação, as regras de moagem da matéria-prima cárnea passam a ser de no máximo 10% para o presunto cozido e de no máximo 5% para o presunto cozido tenro. Já para o presunto cozido superior, não é permitida a moagem da matéria-prima. Essa medida busca padronizar entendimentos e manter a identidade do produto tradicional.

Outra mudança está na atualização do mínimo de proteína de 14% para 16% e relação umidade/proteína máximo de 5,35 para 4,8 para o presunto cozido. Para o presunto cozido superior e o presunto cozido tenro os parâmetros físico-químicos não foram alterados.

Já os parâmetros físico-químicos para o presunto cozido de aves foram definidos como proteína mínima 14%, carboidratos máximo 2% e relação umidade/proteína máximo 5,2.

Os presuntos cozido; cozido superior; e cozido tenro são produtos cárneos obtidos exclusivamente de cortes íntegros de pernil suíno. Já o presunto cozido de aves é o produto cárneo obtido exclusivamente de carnes do membro posterior de aves desossadas, moídas ou não.

A norma entra em vigor a partir de 2 de maio e os estabelecimentos registrados no Mapa terão o prazo de um ano para se adequarem às condições previstas na portaria.