Número de cervejarias registradas no Brasil cresce 12% em 2021

O setor cervejeiro nacional tem expandido suas atividades. É o que mostra o Anuário da Cerveja 2021, divulgado nesta quarta-feira (31) pelo Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa), que aponta 1.549 cervejarias registradas no Brasil no ano passado. O número é 12% maior do que o registrado em 2020, quando havia 1.383 cervejarias. 

Segundo o levantamento, em 2021 foram registradas 200 novas cervejarias e outras 34 cancelaram os registros, o que representa uma expansão dde 166 novas empresas no mercado cervejeiro no país. 

“Os dados do Anuário da Cerveja demonstram que o setor cervejeiro vem evoluindo quantitativamente e qualitativamente e resiliente às crises internas e externas. O aumento do número de cervejarias e cervejas ano a ano exemplificam a expansão do mercado, o que evidencia que a atividade caminha firmemente dia após dia”, relata o diretor do Departamento de Inspeção de Produtos de Origem Vegetal do Mapa, Glauco Bertoldo. 

A maior parte das cervejarias brasileiras encontra-se nas regiões Sul e Sudeste, somando 1.329 estabelecimentos, que representam 85,8% do total de cervejarias. Seguindo a tendência observada nos anos anteriores, novamente São Paulo lidera em número de estabelecimentos registrados, com 340, seguido do Rio Grande do Sul, com 285. Em terceiro lugar, aparece, pela primeira vez, Santa Catarina com 195 cervejarias registradas. 

Os estados com maior crescimento no número de cervejarias em 2021 foram Rondônia com 200%, Acre com alta de 100% e Piauí com 66,7%. Apenas dois estados tiveram redução no número de cervejarias em relação a 2020: o Rio Grande do Norte, que passou de 20 para 19 estabelecimentos, e o Amazonas, que reduziu de cinco para quatro cervejarias. 

“Se observarmos o histórico dos últimos 20 anos, vamos ver que o mercado cervejeiro brasileiro teve uma expansão de 3.678%. É um resultado incrível para o setor, visto que a cerveja é a bebida alcoólica mais consumida no país e o Brasil é o terceiro maior produtor de cerveja do mundo, atrás apenas da China e dos Estados Unidos”, informa Bertoldo.

Foto: Patrícia Távora/Mapa
Foto: Patrícia Távora/Mapa

O número de municípios com pelo menos uma cervejaria também aumentou em 10,3%, passando de 609 para 672 em 2021. São Paulo se destaca como a unidade da Federação com maior número de municípios que apresentam ao menos uma cervejaria. Outro destaque é o Rio de Janeiro, apresentando a maior dispersão de cervejarias, com a marca de 38% dos municípios com ao menos uma cervejaria.

O Anuário também traz os dados de densidade de cervejarias por habitantes. Neste quesito, Santa Catarina tem o maior indicador, com um estabelecimento para cada 37.633 habitantes. Entre os municípios, são 12 municípios gaúchos entre os 15 de maior densidade cervejeira, com destaque para Santo Antônio do Palma (RS), apresentando uma cervejaria para cada 1.059 habitantes. 

Em nível nacional, o Brasil tem uma cervejaria registrada para cada 137.713 habitantes. 

Produtos

Em 2021, o número de produtos registrados alcançou a marca de 35.741. Neste período, foram concedidos 1.178 novos registros de produtos para cerveja, um crescimento de 5,2% em relação a 2020.

São Paulo é a unidade federativa com maior número de produtos registrados (10.104). Em segundo e terceiro lugares, ficam Rio Grande do Sul e Minas Gerais, com 5.363 e 5.184 respectivamente. Já Alagoas se destaca como o estado com a maior média de produtos registrados por estabelecimento (34,7). 

O município com maior quantidade de registro de cervejas é Porto Alegre (RS), com 1.581 produtos. O município de Várzea Paulista (SP) tem a marca recorde de 622 produtos registrados em uma única cervejaria.

Importação e Exportação 

Em relação à exportação de cerveja, houve aumento de 66.687.006 kg em comparação ao ano anterior. Ao todo, as cervejas brasileiras foram para 71 países, resultando em um faturamento de US$ 131.534.905. 

Os principais destinos são os países da América do Sul, que respondem por 99% das vendas externas. O Paraguai é o principal destino da cerveja brasileira, seguido por Bolívia, Chile, Argentina e Uruguai. 

Quanto à importação, os produtos são provenientes de 27 países, sendo a maior quantidade oriunda dos Estados Unidos. Em 2021, a quantidade importada somou 18.406.249 kg. Em relação ao histórico dos últimos 10 anos, verifica-se a diminuição do consumo de cervejas estrangeiras influenciado pelo aumento da oferta do produto nacional. Em valores, a importação de cerveja no Brasil foi de US$ 15.763.114.

Registros

Todos os estabelecimentos produtores, padronizadores, engarrafadores, atacadistas, exportadores e importadores devem ser registrados no Mapa, assim como todas as bebidas produzidas no país.

O registro autoriza as cervejarias a funcionarem, considerando a atividade e linha de produção, bem como a capacidade técnica e condições higiênico sanitárias. A solicitação é gratuita e deve ser realizada por meio do Portal Único gov.br, utilizando-se o Sipeagro. O certificado de registro tem validade de 10 anos. 

Após a concessão do registro, é preciso que a cervejaria registre os produtos com que pretende trabalhar. A solicitação também é feita no Sipeagro, sendo que os produtos têm concessão automática de registro sem análise prévia da fiscalização federal agropecuária. O registro de produto é livre de taxas ou outros custos.

O estabelecimento exportador de cerveja também deve ser registrado junto ao Mapa antes de dar entrada no processo de exportação. A certificação da exportação de cerveja é feita exclusivamente pelo Portal único gov.br. O prazo médio para a emissão dos certificados solicitados em 2021 foi de 33 horas e 45 minutos, ou seja, pouco mais de um dia.

Evento

A divulgação do Anuário da Cerveja 2021 ocorreu, em São Paulo, durante o evento “Confraria Sindicerv: Números do Setor”, realizado pelo Sindicato Nacional da Indústria da Cerveja (Sindicerv), em parceria com o Mapa. O evento contou com a participação dos principais representantes do setor cervejeiro e de autoridades do Ministério da Agricultura.

A secretária-executiva adjunta do Mapa, Mara Papini, destacou a expansão do setor mesmo com o impacto da pandemia. “Apesar da pandemia, das dificuldades, temos motivos para comemorar”, acrescentando que um dos focos do ministério é promover o desenvolvimento do setor.  

“A indústria cervejeira é um dos principais setores que contribui para geração de empregos e retomada econômica do país, que movimenta uma das extensas cadeias produtivas responsável por 2% do Produto Interno Bruto e a geração de mais de 2 milhões de empregos diretos, indiretos e induzidos”, ressalta o superintendente do Sindicerv, Luiz Nicolaewsky.

Tecnologia auxilia produtores na identificação de novas doenças e pragas no cacaueiro

O Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa), por meio da Comissão Executiva do Plano da Lavoura Cacaueira (Ceplac), lançou nesta semana o Sistema de Identificação das Pragas do Cacaueiro. A inovação vai auxiliar os produtores rurais tradicionais, agricultores familiares e empresas agrícolas, indústrias, associações e cooperativas de cacau a identificar previamente pragas que podem assolar a cadeia produtiva da cultura. 

O sistema é um marco importante de modernização de tecnologia aplicada, pois funcionará de forma digital, facilitando o encaminhamento de áudios, imagens e vídeos da plantação ou dos frutos. Com a nova tecnologia, pesquisadores da Ceplac poderão analisar as informações enviadas pelos produtores, realizar o diagnóstico mais preciso e até mesmo deslocar-se ao local para inspeção, quando necessário.

Outro benefício do sistema é que o produtor não precisará fazer o deslocamento até uma unidade da Ceplac e não haverá a necessidade de enviar amostra de materiais infectados, trazendo mais economia, agilidade ao processo e evitando, assim, a propagação de pragas em outras plantações, o que representa mais segurança para o setor cacaueiro.

Segundo o diretor da Ceplac, Waldeck Araújo Jr, o sistema irá ajudar na preservação de toda a cacauicultura brasileira. “Esse sistema irá trazer agilidade no atendimento aos problemas específicos dos produtores. O diagnóstico rápido possibilitará ações adequadas e tempestivas no sentido de erradicar e evitar a propagação de pragas e doenças na plantação de cacau”, explicou.

O Sistema já está disponível no Portal de Serviços do Governo Federal. 

Cuidados para preservação

As pragas são agentes bióticos (insetos ou microorganismos) que causam danos à agricultura e são responsáveis por provocar a perda de 10% a 40% da produção agrícola. No caso do cacaueiro, as principais pragas que afetam a produção global da cultura são: podridão Parda (35%), vassoura-de-bruxa (20%), vírus – broto inchado (16%), entre outros.

A pesquisadora da Ceplac no estado da Bahia, Karina Gramacho, enfatizou a importância de ter um plano de biossegurança rígido, como o novo sistema, para manter a praga fora da propriedade rural ou realizar o manejo para evitar a proliferação e disseminação, evitando que se espalhe para outras propriedades.

A biossegurança é a prevenção e o controle de doenças. Na live de apresentação do sistema, foram apresentadas as principais vantagens da adesão a esse mecanismo de prevenção: evitar a introdução de pragas que atualmente não estão presentes no território nacional; a capacidade de conter e minimizar as pragas que já estão presentes; e a diminuição de perdas de produção, dentre outros benefícios apresentados.

A transmissão das pragas para os cacaueiros pode ser dada por meio de sapatos e roupas, veículos, ferramentas e equipamentos, insetos e a movimentação de plantas infectadas.

Doença em investigação

Desde 2019, pesquisadores da Ceplac observam que cacaueiros do Sul da Bahia estão morrendo devido à uma doença que afeta os ramos e galhos dos cacaueiros, apresentando descoloração, e evoluem podendo chegar até as raízes da planta. A doença afeta praticamente todos os países onde se cultiva o cacaueiro.

Com objetivo de proteger as plantações de cacau e orientar os produtores, a Comissão tem realizado pesquisas nas fazendas onde a patologia foi encontrada pela primeira vez. Segundo dados iniciais, os sintomas podem não ser característicos de uma doença específica, mas fazendo parte da sintomatologia de uma série de outras doenças já existentes.

Uma das características da nova enfermidade é que os sintomas só aparecem depois que a doença já está instalada na planta, e assim, ela pode estar sendo propagada dentro da propriedade sem que o produtor saiba.

Além disso, o estudo mostrou que a proliferação ocorre com maior frequência em áreas sujeitas a condições desfavoráveis à planta, que interferem no seu desenvolvimento e vigor, como em áreas submetidas a estresses hídricos e nutricionais, em solos pouco profundos e pobres em nutrientes, ou naquelas áreas carentes de sombreamento com aumento na insolação, que estão mais sujeitas à ação do vento e ao ataque de insetos.

É importante reforçar a necessidade de maior atenção e cuidados por parte do produtor com as recomendações fitossanitárias básicas e do manejo da área-foco no sentido de favorecer a recuperação de plantas debilitadas, tais como eliminação e a queima de galhos afetados, a limpeza das ferramentas, o uso de mudas de origem e certificadas pelo Ministério Agricultura, a utilização de mais de um material genético e, onde se fizer necessário, uso de meia sombra, o controle de pragas e a adubação do solo, destacam os pesquisadores da Ceplac.

O estudo também enfatizou a necessidade de manter diversas variedades de clones nas fazendas, evitando concentrar o plantio em somente uma ou duas variedades de clones. Isso porque a doença pode estar relacionada à genética da planta e, desse modo, alguns clones poderão ser mais suscetíveis que outros.

Por causa do avanço da enfermidade, os produtores de cacau devem ficar atentos ao surgimento dos sintomas dessa doença e, ao detectarem algum caso, levem imediatamente ao conhecimento da Comissão.

Conab prevê produção de 308 milhões de toneladas na safra 2022/23

As primeiras projeções para a produção total de grãos para a safra 2022/23 apontam para uma colheita de 308 milhões de toneladas. O resultado é impulsionado, principalmente, pelo bom desempenho dos mercados de milho, soja, arroz, feijão e algodão. “Apesar do aumento nos custos de produção, as culturas ainda apresentam boa liquidez e rentabilidade para o produtor brasileiro”, esclarece o presidente da Companhia Nacional de Abastecimento (Conab), Guilherme Ribeiro. Estes fatores influenciam na tendência de alta na área destinada à soja, milho e algodão, como mostra a Perspectivas para a Agropecuária Safra 2022/23, divulgada nesta quarta-feira (24) pela Conab.

De acordo com os números, que apresentam as principais variáveis de mercado e as tendências para as culturas, a produção total destes cinco principais produtos cultivados no país, e que correspondem a mais de 90% da produção brasileira de grãos, está estimada em 294,3 milhões de toneladas.

Na divulgação da publicação, o ministro da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa), Marcos Montes, reforçou o protagonismo do país na produção mundial de alimentos. “Se o Brasil parar de produzir, o mundo passa fome. O mundo não vai passar fome, pois o Brasil está produzindo e vai produzir, como mostram os números”.

Para a soja, a perspectiva da Conab aponta um cenário recorde na produção, sendo projetada em 150,36 milhões de toneladas para a próxima temporada. Os preços do grão devem continuar atrativos, uma vez que a oferta e a demanda mundial da oleaginosa seguem ajustadas, refletindo em tendência de crescimento de 3,54% de área para a cultura, podendo chegar a 42,4 milhões de hectares.

A produtividade do ciclo 2022/23 deve apresentar recuperação em relação a atual safra após os problemas climáticos registrados nos estados do Sul do país e em parte do Mato Grosso do Sul. Com a melhora esperada na produtividade, a Conab estima que a maior disponibilidade do grão deve propiciar exportações na ordem de 92 milhões de toneladas, aumento de 22,2% em relação à safra 2021/22, um recorde para a cultura. Mesmo com a estimativa de aumento dos embarques, os estoques para a temporada 2022/23 também devem crescer em torno de 3,9 milhões de toneladas em relação ao que é previsto para o ciclo atual, sendo projetados em 9,89 milhões de toneladas.

No caso do algodão, a análise também aponta para um cenário de aumento de área, produtividade e consequente acréscimo na produção. As primeiras previsões para a safra 2022/23 indicam uma colheita de 2,92 milhões de toneladas da pluma. Os fatores que impulsionam o avanço da cultura são o elevado patamar dos preços do produto, boa rentabilidade, a comercialização antecipada, entre outros. No entanto, as incertezas do cenário econômico mundial podem restringir esse crescimento. Diante desta produção, é esperada uma retomada no volume exportado para um patamar próximo a 2 milhões de toneladas do produto final, além de um estoque de passagem de aproximadamente 1,75 milhão de toneladas de pluma no fim de 2023.

Já no caso do arroz, a área cultivada deve apresentar uma nova redução na safra 2022/23. Com o elevado custo de produção, os agricultores tendem a optar por culturas que apresentam melhores estimativas de rentabilidade e liquidez, como milho e soja. Ainda assim, a produção na safra 2022/23 deve ficar em torno de 11,2 milhões de toneladas, dada a possibilidade de recuperação na produtividade em relação à 2021/22, que sofreu com a disponibilidade de recursos hídricos para o seu bom desenvolvimento. Cenário semelhante é esperado para o feijão.

A atual melhor rentabilidade de grãos concorrentes deverá refletir em amena retração de área da leguminosa. Com isso, a produção tende a seguir bem ajustada com a demanda, mantendo a colheita total em cerca de 3 milhões de toneladas. Para ambos os produtos, o cenário previsto é de normalidade em relação ao abastecimento interno.

Para o milho é esperada uma produção total de 125,5 milhões de toneladas. Na primeira safra, há projeção de uma leve queda de área, com variação negativa de 0,6%, uma vez que o cereal concorre com a soja. No entanto, com uma possível recuperação na produtividade, após a escassez hídrica em importantes regiões produtoras na temporada 2021/22, a produção pode chegar a 28,98 milhões de toneladas. Já na segunda safra do grão, é projetado um aumento tanto da área como da produtividade, o que pode resultar em uma colheita de 94,53 milhões de toneladas, aumento de 8,2% em relação à safra 2021/22.

“O cenário de mercado não apresenta uma tendência de queda expressiva para as cotações de milho, uma vez que o panorama aponta para a demanda e a oferta ainda ajustadas no ano que vem. Com isso, as margens para os produtores continuam positivas, mesmo com os altos custos de produção. Além disso, é preciso lembrar que nas duas últimas safras, o clima foi uma variável de grande influência para o desenvolvimento da cultura”, explica o diretor de Informações Agropecuárias e Políticas Agrícolas da Conab, Sergio De Zen.

Mercado de Carnes

Para o próximo ano safra, os produtores de carnes, principalmente de aves e suínos, se deparam com o desafio de gerenciar os custos de produção, diante de preços de milho em patamares mais altos. Neste cenário de custos elevados, a tendência é de uma menor margem de rentabilidade para o setor.

No caso da suinocultura, outro fator a ser considerado é a recuperação dos rebanhos chineses, atingidos fortemente pela Peste Suína Africana (PSA) a partir de 2018, que vem impactando nas cotações internas de suíno vivo, além de influenciar na redução das exportações para a China.

“No entanto, com a abertura de novos mercados, a exemplo de outros países do Sudeste Asiático e do Canadá, essa queda tende a ser amenizada”, reforça o superintendente de Estudos de Mercado e Gestão da Oferta da Companhia, Allan Silveira. Ainda segundo a análise da Conab, a tendência para 2023 é de um aumento na ordem de 6,7% nos abates que, por sua vez, não deve se converter totalmente em aumento na produção da proteína em virtude do menor peso médio esperado em função dos elevados custos na alimentação dos plantéis.

Os abates de aves projetados para 2023 também tendem a apresentar crescimento de 3,2% em relação a este ano, sendo estimados em 6,29 bilhões de frangos, enquanto as exportações devem apresentar uma ligeira queda de 1,7%, podendo chegar a 4,5 milhões de toneladas. Essa combinação de fatores resulta em um provável aumento da oferta interna na ordem de 4,2%, elevando a disponibilidade per capita acima dos 51 kg/hab/ano.

Para os produtores de carne bovina, apesar do bom momento vivido em relação à demanda externa, a pecuária de corte sofre com o aumento de custos, principalmente em virtude do aumento dos preços dos bezerros nos últimos anos. Em função dessa alta, foi traçada nos últimos anos uma estratégia de retenção de fêmeas por parte dos criadores, o que explica o aumento do rebanho projetado para 2022 e 2023 e deve se refletir em uma projeção de alta nos abates no próximo ano em torno de 2,7% quando comparado com 2022, sendo estimado em 30,1 milhões de cabeças.

“Apesar de haver previsão de queda do preço médio do bezerro, tal movimento não é suficiente para motivar uma queda geral nos custos, uma vez que a suplementação animal também tem sofrido com recentes altas”, pondera o gerente de Produtos Pecuários da Conab, Gabriel Correa.

Esse incremento nos abates também indica um aumento na produção de carne bovina na ordem de 2,9%, em virtude da possibilidade de que em 2023 haja o início do processo de descarte de vacas, característico do atual momento do ciclo pecuário, o que também possibilita um acréscimo na ordem de 5% nas vendas ao mercado externo e ligeira elevação na disponibilidade per capita em 2023, se aproximando dos 26 kg/habitante/ano.

Food Africa 2022 tem inscrições até 30 de setembro

As empresas brasileiras poderão participar do Pavilhão Brasil na Food Africa 2022, feira internacional que ocorrerá entre os dias 5 e 7 de dezembro deste ano em Cairo, Egito. As inscrições começam hoje (22) e vão até o dia 30 de setembro neste link

O Pavilhão Brasil é coordenado pelo Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa), em parceria com o Ministério das Relações Exteriores (MRE) e com apoio da Agência Brasileira de Promoção de Exportações e Investimentos (Apex-Brasil).

Considerada como a maior feira internacional comercial do continente africano, a Food Africa é voltada para o ramo de alimentos e agroindústria. Ela permite aos expositores acessar o mercado egípio e a florescente indústria agrícola africana. Além disso, a participação oferece abertura de mercados às empresas brasileiras e aumenta o fluxo de comércio entre o Brasil, Egito e região. 

O Mapa incentiva a participação de cooperativas e empresas que planejam entrar no mercado internacional, cujos produtos se adequem ao perfil da feira.  Além disso, oferece abertura de mercados às empresas brasileiras e aumenta o fluxo de comércio entre o Brasil, Egito e região. 

Quem pode participar

Empresas da indústria de alimentos e bebidas, comerciais exportadoras, tradings, entidades setoriais e cooperativas, desde que para a promoção exclusiva de produtos brasileiros. 

O ato de inscrição não garante a participação na feira, apenas manifesta o interesse do inscrito no processo de seleção de expositores. A inscrição implica o completo assentimento com os Termos e Condições de Participação. 

Custos de participação

O Mapa e o MRE serão responsáveis pelos custos de contratação do espaço na feira, montagem do estande, apoio de recepcionistas bilíngues e confecção do catálogo do Pavilhão Brasil. 

Cada empresa participante será responsável por suas despesas pessoais (passagens aéreas, vistos, vacinas, hospedagem, alimentação etc.) e pelos custos com o envio de amostras. Além disso, o Ministério da Agricultura incentiva os expositores a investirem em iniciativas complementares de promoção que possam potencializar os resultados positivos do evento. 

Pavilhão Brasil 

As empresas brasileiras que forem selecionadas para participar da feira Food Africa 2022  como expositoras, farão parte do Pavilhão Brasil, e contarão com uma estrutura completa, incluindo recepcionistas bilíngue, catálogo institucional e mobiliário para preparação e exposição de produtos, bem como para reunião com os potenciais compradores e apoio técnico da equipe do Mapa.  

Para mais informações, entre em contato com a Coordenação-Geral de Promoção Comercial (CGPC), no e-mail  [email protected]  ou pelo telefone (61) 3218-2425.

Preços de produtos agropecuários são reajustados para ano agrícola 2022/2023

Os produtos agropecuários e da aquicultura tiveram os preços de referência atualizados, levando-se em conta a evolução dos custos de produção e/ou os preços médios praticados no mercado. Os preços fixados por Resolução do Conselho Monetário Nacional (CMN) dessa quinta-feira (18/08) terão vigência a partir do ano agrícola 2022/2023 e servem para efeito de cálculo dos valores dos créditos de comercialização concedidos por meio de Financiamento Especial para Estocagem de Produtos Agropecuários (FEE) e Financiamento para Garantia de Preços ao Produtor (FGPP).

Os financiamento por FEE são destinados aos produtores rurais e às pessoas físicas e jurídicas que se dedicam à atividade agropecuária e à exploração da aquicultura.

O FGPP é destinado às cooperativas, agroindústrias e outras empresas que se dedicam ao beneficiamento ou à industrialização dos produtos amparados, desde que garantam o pagamento de, no mínimo, o preço de referência fixado ao produtor.

Entre os produtos de culturas de inverno para FEE estão o alho, aveia, canola, cevada, girassol e o triticale. Sementes de aveia, cevada, girassol e triticale também estão amparadas. Nas culturas de verão e regionais, inclui-se amendoim (grão e semente), cana de açúcar, castanha de caju, casulo de seda, guaraná, mamona (baga) e milho de pipoca. Outros produtos que tiveram seus preços reajustados foram abacaxi, acerola, banana, goiaba, lã ovina (Ideal e Merino, Corriedale, Romney e cruzamentos e demais), maçã, mamão, manga, maracujá, mel de abelha, morango, pêssego, suíno vivo e tomate industrial.

Entre os produtos da aquicultura estão o camarão branco do Pacífico Litopenaeus  vannamei, carpa, curimatã, lambari, curimbatá, matrinxã, ostra, pacu e patinga, panga, pintado, cachara, cachapira, pintachara e surubim, pirapitinga, pirarucu, tambacu e tambatinga, tambaqui (acima de 2,5 kg), tilápia, truta e vieira.

A proposta do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento foi aprovada pelo CMN em reunião realizada nessa quinta-feira (18) e consta da Resolução  N° 5.036 (18/08/2022)

O CMN é um órgão colegiado presidido pelo ministro da Economia e composto pelo presidente do Banco Central e pelo secretário Especial de Tesouro e Orçamento do Ministério da Economia.

Frente fria provoca chuvas intensas, ventos fortes, quedas de temperatura e geadas

Nesta quarta-feira (17), a formação de uma frente fria provocará chuvas intensas, ventos fortes e possibilidade de queda de granizo em parte da Região Sul, especialmente no oeste, no Mato Grosso do Sul e em áreas (centro, sul e oeste) de São Paulo. Além disso, a temperatura pode cair cerca de 10°C no Rio Grande do Sul e em Santa Catarina até o fim do dia. 

Já na quinta-feira (18), a frente fria avança pelos estados do Paraná, São Paulo e Mato Grosso do Sul, chegando ao centro do Mato Grosso e na porção sul dos estados de Rondônia, Goiás e Minas Gerais, provocando chuvas intensas e rajadas de vento. Nestas localidades, a previsão também indica queda de temperatura (entre 8°C e 12°C) e baixa sensação térmica.

De quinta para sexta-feira (19), ainda há possibilidade de neve entre as serras gaúcha e catarinense, especialmente no planalto sul catarinense e nos Aparados da Serra (RS). Na sexta, ocorrerão geadas em boa parte do Rio Grande do Sul, no sul do Mato Grosso do Sul e no centro e oeste catarinense, bem como do Paraná.

Entre sexta (19) e sábado (20), as temperaturas mínimas previstas para Porto Alegre vão variar entre 1°C e 5°C. Já no sul e oeste gaúcho, entre -1°C e 1°C, e nas áreas altas da serra gaúcha, assim como no planalto sul catarinense, entre -6°C e -3°C. No Paraná, as temperaturas mínimas previstas são entre -3°C e 0°C na serra e no planalto.

Figura 1: Previsão de temperatura mínima para o dia 20 de agosto de 2022 às 6h (horário de Brasília). Fonte: INMET

No sábado, a previsão é de geada no sul, sudoeste e em áreas isoladas do centro do Mato Grosso do Sul, na divisa de São Paulo com o Paraná e, de forma ampla, no Sul do Brasil, sendo de intensidade moderada a forte entre o norte do Rio Grande do Sul, centro-sul do Paraná e, também, na serra do sudeste-RS (figura 2). Além disso, o frio chega ao sul de Goiás e de Minas Gerais e ao Rio de Janeiro.

Figura 2: Previsão de geada para o dia 20 de agosto de 2022 às 3h (horário de Brasília). Fonte: INMET

No domingo (21), o ar frio começa a perder força, mas parte do Sul do País continua com previsão de geadas.

O INMET é um órgão do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (MAPA) e representa o Brasil junto à Organização Meteorológica Mundial (OMM) desde 1950.

VBP estimado para 2022 chega a R$ 1,220 trilhão

O Valor Bruto da Produção (VBP) estimado para este ano é de R$ 1,220 trilhão, 0,3% acima do obtido em 2021, que foi de R$ 1,217 trilhão. O dado tem como base as projeções de safras divulgadas pela Conab e pelo IBGE em agosto, e que apontam para conclusão da colheita das principais lavouras. 

De acordo com análise da Secretaria de Política Agrícola do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa), e a pecuária, contração de 5,5%.

“O decréscimo do faturamento da soja devido à queda de produção e a retração das principais atividades da pecuária são os principais fatores afetando negativamente o VBP deste ano. Somadas, as reduções de faturamento da soja e da pecuária resultam em um decréscimo de R$ 64 bilhões a preços de 2022. Mas em geral, este ano é de bom desempenho para a agropecuária”, diz nota da secretaria. 

Entre as lavouras com melhor desempenho estão: algodão, com aumento real do VBP de 39,2%; banana, 12,5%; batata inglesa, 18,4%; café, 35,8%; cana de açúcar, 10,2%; feijão, 10,1%; milho, 16,6%; tomate, 30%; e trigo, 39,8%. As culturas foram impulsionadas pela alta de preços. 

A pecuária teve retração nas atividades relacionadas a bovinos, frangos e suínos, em razão da queda de preços na comparação com o ano anterior. As exceções são para leite e ovos, que apresentam melhores resultados.

Em relação ao desempenho das regiões, Centro-Oeste tem o maior VBP, somando R$ 410,62 bilhões; seguida pelo Sudeste (R$ 305,5 bilhões), Sul R$ (R$ 284,8 bilhões), Nordeste (R$ 115,99 bilhões) e Norte (R$ 76,56 bilhões). Entre os estados, os cinco primeiros são Mato Grosso, Paraná, São Paulo, Minas Gerais e Goiás. 

+ Veja aqui nota completa sobre o VBP

O VBP mostra a evolução do desempenho das lavouras e o faturamento bruto dentro do estabelecimento ao longo do ano, a partir do cálculo da safra agrícola, da pecuária e dos preços obtidos pelos produtores nas principais praças do país e dos 26 maiores produtos agropecuários nacionais.

Desembolso do crédito rural somou R$ 25,8 bilhões em julho

O volume de crédito rural desembolsado no primeiro mês do atual Plano Safra totalizou R$ 25,8 bilhões, recuo de 1% em relação ao mesmo mês da temporada anterior. 

A aplicação dos recursos de custeio foi de R$ 22,2 bilhões, alta de 38%. Já a comercialização apresentou decréscimo de 43%, com R$ 982 milhões e a industrialização teve uma queda de 47%, com R$ 1 bilhão. 

As linhas de financiamento dos investimentos também tiveram queda de 75%, ficando em R$ 1,6 bilhão. 

Os números fazem parte do Balanço de Desempenho do Crédito Rural, divulgado na sexta-feira (5) pela Secretaria de Política Agrícola (SPA) do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa).    

De acordo com a SPA, o comportamento das contratações de crédito de investimento no primeiro mês do ano agrícola 2022/23 foi atípico, em decorrência da liberação dessas operações, realizadas com recursos equalizáveis, ter ocorrido somente a partir do dia 19/07, quando foi publicada a Portaria ME Nº 6.454, que autorizou o pagamento de equalização de taxas de juros. 

Desta forma, houve atraso na realização de contratações de financiamento, sobretudo de investimentos, tendo ocorrido operações que ainda não foram divulgadas pelo Banco Central (BCB).

A SPA considera que as contratações de investimentos tendem a se intensificar a partir deste mês de agosto.

A importância da contribuição da Letra de Crédito do Agronegócio (LCA) para o funding do crédito rural se destaca por ser a principal fonte de recursos não controlados, tendo as contratações realizadas com recursos dessa fonte aumentado 289% em julho, se situando em R$ 13,2 bilhões.

PLANO SAFRA 2022/2023

O Plano Safra 2022/2023 conta com R$ 340,9 bilhões para apoiar a produção agropecuária nacional até junho do próximo ano. Desse total, R$ 246,3 bilhões são destinados ao custeio e comercialização. Outros R$ 94,6 bilhões são para investimentos.

Os recursos com juros controlados somam R$ 195,7 bilhões e com juros livres R$ 145,2 bilhões. O montante de recursos equalizados soma R$ 115,8 bilhões na atual safra.
 

Recadastramento de pescadores: prazo é prorrogado para setembro de 2023

A Secretaria de Aquicultura e Pesca do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa) publicou no Diário Oficial da União desta sexta-feira (1º) a Portaria SAP/MAPA nº 1.100, ampliando o prazo para que os pescadores profissionais possam realizar seu recadastramento no Registro Geral da Atividade Pesqueira. Com a mudança, o registro no poderá ser feito até o dia 30 de setembro de 2023. O prazo anterior era 30 de setembro de 2022. 

A ampliação vale também para os pescadores com protocolo realizarem seu requerimento para regularização de suas licenças.  O recadastro por meio do Sistema Informatizado de Registro da Atividade Pesqueira (SisRGP 4.0) é obrigatório e, caso não seja realizado dentro do período estipulado, resultará no cancelamento da licença do pescador.

Também foi publicada nesta sexta-feira (1°) a Portaria SAP/MAPA nº 1.099, que altera o cronograma para o preenchimento e envio eletrônico dos Relatórios de Exercício da Atividade Pesqueira (REAP) no SisRGP. O envio dos relatórios é uma exigência para a manutenção da Licença de Pescador e Pescadora Profissional Artesanal. Segundo a portaria, nos anos de 2022 e 2023, o preenchimento e envio dos relatórios poderá ser feito  até 31 de dezembro.

As duas portarias publicadas alteram a Portaria nº 265, de 29 de junho de 2021, que estabelece as normas, os critérios e os procedimentos administrativos para inscrição de pessoas físicas no Registro Geral da Atividade Pesqueira, na categoria de Pescador e Pescadora Profissional, e para a concessão da Licença de Pescador e Pescadora Profissional. Segundo a SAP, a reformulação foi feita para ajustar as normas à realidade de vida e de exercício da atividade de pesca dos pescadores profissionais, bem como em relação ao novo Sistema Informatizado do Registro Geral da Atividade Pesqueira (SisRGP 4.0) implementado e em funcionamento. Veja as principais mudanças:

Documentação prevista ao pescador profissional estrangeiro:

  • cópia de comprovante de inscrição no Cadastro de Pessoa Física – CPF em situação regular;
  • cópia de Carteira de Trabalho e Previdência Social – CTPS, especificamente das folhas que comprovem os dados pessoais e o vínculo empregatício como Pescador e Pescadora Profissional, no caso de pescador e pescadora profissional com vínculo empregatício; e 
  • cópia de contrato de parceria por cota-parte, no caso de pescador e pescadora profissional que exerça a atividade em sistema de parceria. (NR)

Sobre a exigência de apresentação da Caderneta de Inscrição e Registro – CIR

Para pescadores e pescadoras que operem em embarcações de pesca motorizadas de comprimento igual ou superior a 8 (oito) metros, obedecidas as normas da Autoridade Marítima competente, e a partir de: 

  1. 1º de junho de 2022, quando se tratar de pescador ou pescadora profissional industrial; e
  2. 1º de junho de 2023, quando se tratar de pescador ou pescadora profissional artesanal.

Sobre a manutenção da Licença de Pescador e Pescadora Profissional Artesanal

  1. Para os meses de janeiro, fevereiro, março, abril, maio e junho: no período de 1º julho a 31 de dezembro do ano corrente; e
  2. Para os meses de julho, agosto, setembro, outubro, novembro e dezembro: no período de 1º de janeiro até 30 de junho do ano subsequente.

Excepcionalmente para o ano de 2022, os Relatórios de Exercício da Atividade Pesqueira – REAP deverão ser preenchidos e enviados no período de 1º de janeiro de 2023 até 30 de junho de 2023.

Excepcionalmente para o ano de 2023, os Relatórios de Exercício da Atividade Pesqueira – REAP deverão ser preenchidos e enviados no período de 1º de janeiro de 2024 até 30 de junho de 2024.

Ministério da Agricultura registra 46 defensivos agrícolas

O Departamento de Sanidade Vegetal e Insumos Agrícolas de Defesa Agropecuária traz o registro de 46 produtos formulados, ou seja, defensivos agrícolas que efetivamente estarão disponíveis para uso pelos agricultores. O Ato n° 31 foi publicado na edição desta sexta-feira (1°) do Diário Oficial da União. Desses, sete são de ingredientes biológicos, sendo quatro aprovados para uso na agricultura orgânica.

A novidade nos defensivos biológicos é o primeiro registro do parasitoide Catolaccus grandis para o controle do bicudo do algodoeiro, principal praga do algodão, que desde a década de 80 causa estragos nas plantações do Brasil. Registrado com base na Especificação de Referência (ER) nº 42, o parasitoide apresentou excelentes resultados de controle da praga no campo, após experimentos coordenados pelo pesquisador da Embrapa Algodão, Francisco de Sousa Ramalho. O produto recebe a denominação de produto fitossanitário com uso aprovado para a agricultura orgânica e poderá ser utilizado tanto em cultivos orgânicos quanto em convencionais.

Outros produtos de baixo impacto são misturas de Pseudomonas fluorescens com Pseudomonas chlororaphis e uma Isaria fumosorosea. Para a agricultura orgânica, além do parasitoide, tem um isolado de Beauveria bassiana, um isolado de Metarhizium anisopliae e um Trichoderma asperellum.

Em relação aos produtos químicos, a novidade ficou por conta dos produtos formulados à base do fungicida Pidiflumetofen. Foram registradas quatro marcas em mistura com difenoconazol e um produto com o ativo isolado. O fungicida é recomendado para soja, algodão, milho, café e uma série de culturas com suporte fitossanitário insuficiente.

Também estão incluídos na publicação três fitormônios e um anti-brotante (1,4 Dimetilnaftaleno), aguardado pela indústria de processamento de batata.

Os demais produtos utilizam ingredientes ativos já registrados anteriormente no país. O registro de defensivos genéricos é importante para diminuir a concentração do mercado e aumentar a concorrência, o que resulta em um comércio mais justo e em menores custos de produção para a agricultura brasileira.

Todos os produtos registrados foram analisados e aprovados pelos órgãos responsáveis pela saúde, meio ambiente e agricultura, de acordo com critérios científicos e alinhados às melhores práticas internacionais.

Produtos de controle biológicos 

Atualmente, o Brasil é uma referência mundial na utilização de defensivos agrícolas biológicos no campo. Ao todo, são 552 produtos de baixo impacto registrados desde o ano de 2000.

Os produtos considerados de baixo impacto possuem ingredientes ativos biológicos, microbiológicos, semioquímios, bioquímicos, extratos vegetais e reguladores de crescimento, podendo ser autorizados em vários casos na agricultura orgânica.

Esses produtos são importantes para agricultura não apenas pelo impacto toxicológico e ambiental, mas também por beneficiar as culturas de suporte fitossanitário insuficiente (minor crops), pois esses produtos são registrados por pragas e não por cultura como acontece com os químicos.

Com o registro desses sete novos produtos, já somam 43 produtos de baixa toxicidade para o controle de pragas registrados em 2022.