
Ex-presidente da Petrobras e do BB é preso na Lava Jato
Mariana Ohde
27 de julho de 2017, 07:07
Em coletiva de imprensa realizada na manhã desta quinta-feira (27), em Curitiba, o Procurador-Geral da República Athayde..
Andreza Rossini - 27 de julho de 2017, 10:53
Em coletiva de imprensa realizada na manhã desta quinta-feira (27), em Curitiba, o Procurador-Geral da República Athayde Ribeiro Costa, afirmou que o ex-presidente do Banco do Brasil e da Petrobras, Aldemir Bendine praticou atos de corrupção durante as investigações da Lava Jato, na presidência da estatal.
Ainda de acordo com Costa, o ex-presidente da Odebrecht, Marcelo Odebrecht, negou o pagamento de propina para o ex-presidente do Banco do Brasil, antes de ele assumir o cargo na Petrobras. Bendine é principal alvo da 42ª fase da operação, deflagrada hoje. Ele foi preso em Sorocaba (SP).
"O presidente foi nomeado para acabar com a corrupção e estava praticando o crime. É indignante que durante o escândalo de corrupção na Petrobras pessoas utilizavam a companhia para praticar crimes e exigir recursos de acordo com as provas já colhidas", afirmou.
Propina de R$ 17 milhões foi solicitada ainda quando Bendine era presidente do Banco do Brasil, antes da nomeação como presidente da Petrobras. Odebrecht só considerou necessário o pagamento após Bendine assumir a diretoria da estatal, podendo prejudicar a empreiteira nos contratos e, inclusive, nas investigações da Operação Lava Jato, segundo Costa. Os pagamentos começaram em julho de 2015.
Odebrecht pagou R$ 3 milhões em três parcelas para Bendine.
De acordo com a PF, os envolvidos utilizavam aplicativos de destruição automáticas de mensagens para ocultar as provas do crime.
"Há indicativos de que ele só deixou de receber vantagens indevidas com a prisão do ex-executivo da Odebrecht na 14ª fase", afirmou o delegado da Polícia Federal, Igor Romário de Paula. A fase da operação, ocorrida em junho de 2015, descobriu o setor de propinas estruturadas da empreiteira.
Entre os crimes investigados estão corrupção e lavagem de dinheiro. Também foram detidos o publicitário André Gustavo Vieira da Silva, representante de Bendine, e Antônio Carlos Vieira da Silva Júnior.
Os envolvidos realizaram movimentação om o objetivo de ocultar o pagamento de propina, a Receita Federal faz a auditoria dos valores pagos.
Os três mandados de prisão já foram cumpridos. Os presos serão trazidos para Curitiba até o final desta tarde. Até às 10h30 faltavam apenas o cumprimento de dois dos 11 mandados de busca e apreensão.