
Imóveis de Alberto Yousseff vão a novo leilão
Andreza Rossini
27 de outubro de 2017, 10:15
A ex-presidente Dilma Rousseff foi por ouvida pelo juiz federal Sérgio Moro por cerca de meia hora, na manhã desta sexta..
Andreza Rossini - 27 de outubro de 2017, 12:44
A ex-presidente Dilma Rousseff foi por ouvida pelo juiz federal Sérgio Moro por cerca de meia hora, na manhã desta sexta-feira (27), como testemunha do ex-presidente do Banco do Brasil e da Petrobras, Aldemir Bendine, no âmbito da Operação Lava Jato.
O depoimento aconteceu por videoconferência de Belo Horizonte, onde Dilma está para cuidar da mãe. A ex-presidente nomeou Bendine para ocupar o cargo na Petrobras, após a saída de Graça Foster, em 2014.
Dilma esclareceu que não gostaria que Graça Foster deixasse a presidência da estatal, mas que nomeou Bendine devido ao desempenho econômico que ele teve na presidência do banco do Brasil. "Em um determinado fim de semana, não lembro a data, ela, em definitivo, disse que se afastaria e me pediu que eu tomasse uma providência. A Petrobras não podia ficar sem direção", afirmou a ex-presidente.
Dilma também afirmou que Bendine tinha a mesma autonomia e as mesmas funções de outros ex-presidentes do banco.
O Ministério Público Federal questionou a parcialidade de Dilma no processo e pediu uma contradita, que não foi aceita pelo juiz. "O MPF considera a testemunha com potencial interesse na demanda, uma vez que ela indicou Aldemir Bendine para a presidência da Petrobras e as provas que surgiram nessa ação penal podem eventualmente ter relação com a atuação da depoente, que inclusive já fez pronunciamentos públicos atacando a operação Lava Jato, tendo então suspeita de parcialidade", afirmou o procurador Athayde Ribeiro da Costa.
O ex-presidente do Banco do Brasil e da Petrobras foi preso no dia 27 de julho suspeito de ter recebido R$ 3 milhões em propinas da Odebrecht. De acordo com a Polícia Federal, ele realizou pagamento de impostos sobre o valor da propina para dificultar as investigações.
Em fevereiro de 2015, na véspera de assumir a Petrobras, Bendine teria pedido os valores para não prejudicar a Odebrecht em contratos com a estatal e também para “amenizar” os efeitos da Lava Jato. Naquele momento, a operação estava prestes a completar um ano. O valor foi repassado em três entregas em espécie, de R$ 1 milhão cada, em um apartamento em São Paulo, alugado por Antônio Carlos São Paulo.
Um dos argumentos que levaram o MPF a pedir a prisão preventiva de Bendine foi a compra de uma passagem só de ida para Portugal por parte do investigado.