
Com nova proposta, governo quer votar reforma da Previdência até o dia 28
Andreza Rossini
07 de fevereiro de 2018, 13:30
Redação com agênciasMais concessões a alguns tipos de aposentadorias, como pensão integral para a família dos pol..
Jordana Martinez - 07 de fevereiro de 2018, 15:48
Redação com agências
Mais concessões a alguns tipos de aposentadorias, como pensão integral para a família dos policiais que morrerem em serviço, além de alterações "surpresa", que podem aparecer no plenário. Essa seria a estratégia do governo para angariar os últimos votos necessários.
A data da votação, que promete muita discussão e polêmica, está confirmada para o próximo dia 20, segundo o presidente da Câmara dos Deputados, Rodrigo Maia.
"Não tem nenhuma decisão de mudar a data. Claro que a data do dia 20 precisa ser muito bem trabalhada. Acho bom manter a data do dia 20 para que os esforços que estão sendo construídos tenham sucesso. Toda vez que adia a data, em vez de estar gerando pressão para conquista de votos, atrasa a mobilização", argumentou.
Ainda segundo Maia, a intenção é encerrar a votação no dia 20, dia 21, 22 ou, no limite, dia 28.
O presidente da Câmara reforçou, no entanto, que não pautará a reforma da Previdência sem voto. "Vamos trabalhar para ter voto, acho que o Brasil precisa da reforma da Previdência, o Brasil precisa que a gente tenha sistema previdenciário igual, do serviço público e do INSS" .
Na segunda-feira (5), o ministro da Secretaria de Governo, Carlos Marun, disse que o governo precisa de cerca de mais 40 votos para aprovar a reforma da Previdência na Câmara dos Deputados e que conseguirá alcançar o total necessário – 308 votos – até o dia da votação, em fevereiro.
Proposta
De acordo com a Secretaria de Previdência do Ministério da Fazenda, a Previdência acumulou um déficit em 2017 de R$ 268,799 bilhões.
O governo defende a reforma da Previdência como fundamental para o equilíbrio das contas públicas. A reforma propõe a adoção de uma idade mínima - de 65 anos para homens e 62 anos para mulheres - e regras de transição com o objetivo de equilibrar as contas públicas para os próximos anos.
Conforme a proposta, trabalhadores do setor privado e servidores públicos deverão seguir as mesmas regras, com um teto de R$ 5,5 mil para se aposentar, e sem a possibilidade de acumular benefícios. Para trabalhadores rurais, idosos e pessoas com deficiência sem condições de sustento, as regras não sofrerão mudanças.
Aprovada ainda este ano, segundo a Secretaria da Previdência, a reforma poderá conferir uma redução do déficit do INSS em 2018 de R$ 5 bilhões a R$ 6 bilhões.