
Sistema inédito de energia do esgoto vai atender 8,4 mil
Andreza Rossini
14 de agosto de 2017, 08:54
Por Andreza Rossini e Mariana OhdeA Polícia Federal (PF) deflagrou uma operação contra os crimes de lavagem de dinheiro ..
Redação - 15 de agosto de 2017, 07:14
A Polícia Federal (PF) deflagrou uma operação contra os crimes de lavagem de dinheiro e evasão de divisas em cinco estados nesta terça-feira (15). São 153 mandados cumpridos no Paraná, Santa Catarina, São Paulo, Minas Gerais e Espírito Santo.
Dois mandados são de prisão preventiva, 17 de prisão temporária, 53 de condução coercitiva e 82 de busca e apreensão. Também são investigados os crimes de organização criminosa, gestão temerária, operação irregular de instituição financeira e uso de documento falso.
A Operação Hammer-on, como foi chamada, mira empresas controladas pela organização criminosa investigada, que teriam movimentado mais de R$ 5,7 bilhões entre 2012 a 2016. O grupo criminoso era formado por cinco núcleos, que usavam contas bancárias de várias empresas, geralmente fantasmas, para receber valores de pessoas físicas e jurídicas interessadas em adquirir mercadorias, drogas e cigarros. A maioria dos produtos vinha do Paraguai.
Depois de creditado na conta das empresas controladas pela organização, o dinheiro era enviado para o exterior de duas formas: usando o sistema internacional de compensação paralelo, sem registro nos órgãos oficiais, mais conhecido como operações dólar-cabo; ou por ordens de pagamento internacionais emitidas por algumas instituições financeiras brasileiras. As ordens de pagamento eram realizadas com base em contratos de câmbio fraudulentos.
A Hammer-on é um desdobramento das operações Sustenido e Bemol, de 2014 e 2015.
A operação, batizada de Hammer-on, é um desdobramento das operações Sustenido e Bemol, deflagradas pela Polícia Federal e pela Receita Federal de Foz do Iguaçu, no oeste do Paraná, respectivamente, em 2014 e 2015.
Na teoria musical, o “sustenido” e o “bemol” são notas intermediárias entre outras duas notas musicais. Analogicamente, as organizações criminosas desarticuladas devido às das operações Sustenido e Bemol, estabelecidas nos municípios, intermediavam as negociações entre criminosos brasileiros e paraguaios, sendo responsáveis por garantir o pagamento de fornecedores paraguaios de drogas, cigarros e mercadorias, bem como simplesmente ocultar dinheiro de origem criminosa.
Na operação Hammer-on, os demandantes dos serviços prestados pelos intermediários também foram investigados. Ou seja, os brasileiros que contrataram a organização criminosa para pagar os fornecedores paraguaios, bem como para ocultar dinheiro de origem criminosa, também foram alvos de investigação.
O Hammer-on é uma técnica usada em instrumentos de corda para ligar duas notas musicais com uma mesma mão. Fazendo-se novamente referência à teoria musical, na operação de hoje, numa só toada, “com uma só mão”, ligaram-se duas “notas musicais” (intermediários e demandantes).
Paraná - Foz do Iguaçu, Curitiba, Almirante Tamandaré, Piraquara, São José do Pinhais, Assis Chateaubriand e Renascença;
Santa Catarina - Itapema, Balneário Camboriú e São Miguel do Oeste;
Espírito Santo - Vitória, Serra e Vila Velha;
São Paulo - Guarulhos e Franca;
Minas Gerais – Uberlândia