
PF investiga se menino abandonado é vítima de tráfico internacional
Jordana Martinez
24 de outubro de 2017, 15:20
Por Eduardo Xavier, Metro MaringáDeclarado de utilidade pública e alvo de promessa da campanha eleitoral do prefe..
Mariana Ohde - 25 de outubro de 2017, 07:53
Por Eduardo Xavier, Metro Maringá
Declarado de utilidade pública e alvo de promessa da campanha eleitoral do prefeito Ulisses Maia (PDT), o prédio do Cineteatro Plaza, na área central de Maringá e que hoje funciona como banheiro público, é um “elefante branco” da administração municipal porque a utilização do espaço poderá demandar investimento superior a R$ 10 milhões.
Na Lei Orçamentária Anual (LOA) para o exercício de 2017 há previsão de R$ 1 milhão para reforma do prédio, mas os recursos não serão empenhados neste ano. A administração planeja manter um cinema no térreo, que é de propriedade do município, e no piso superior criar um centro cultural.
Segundo o prefeito Ulisses Maia (PDT), o piso superior, que é uma propriedade particular, foi avaliada por peritos da administração em R$ 6 milhões, mas o proprietário pede R$ 12 milhões.
“Então não há acordo com ele. O que precisamos fazer é depositar R$ 6 milhões judicialmente para ficarmos com a posse do prédio inteiro”, disse.
Ontem, a Diretoria de Comunicação da prefeitura informou que existe a intenção da administração em fazer a aquisição do espaço, mas não há nada definido. O secretário de Obras Públicas, Marcos Zucoloto Ferraz, avalia que a verba de R$ 1 milhão prevista no orçamento deste ano não é suficiente para a reforma.
Os gastos para a recuperação total do espaço seriam semelhantes aos das obras de mais de 2 mil metros quadrados do Centro de Ação Cultural (CAC), que têm valor máximo licitado em R$ 4,3 milhões.
O prédio na Travessa Guilherme de Almeida, em frente à Praça Raposo Tavares, serve à população com banheiros no saguão por conta da demolição do Terminal Urbano. O espaço já foi cogitado para ser transformado em sede do Procon, que funciona em um imóvel alugado na Avenida Cerro Azul por R$ 9 mil mensais, e para a instalação de uma biblioteca.
De acordo com Zucoloto, a reforma do prédio para destiná-lo para o atendimento ao público é inviável por questões estruturais.
“É uma construção muito antiga. É preciso fazer uma demolição parcial caso a Cultura queira preservar características históricas, o anfiteatro”, afirmou. Segundo Zucoloto, a estrutura da laje não suportaria atendimento ao público, já que suporta 300 quilos por metro quadrado e, desta forma, teria que ser demolida. Conforme o secretário de Cultura, Rael Toffolo, o prédio deverá ser um equipamento de Cultura e o que falta é definir a compra do piso superior. “É um prédio da Secretaria de Cultura e as negociações sobre a aquisição estão sendo conduzidas pela prefeitura”, disse.
O prédio do Cineteatro Plaza está interditado por questões de segurança desde 2006, de acordo com informações do Patrimônio Histórico do município. Uma parte do prédio, o térreo, foi comprada pela Prefeitura de Maringá em 1990, na administração do então prefeito Ricardo Barros, e o espaço passou a ser chamado de Cineteatro Plaza.
No local eram projetados filmes e sediados congressos, shows musicais, apresentações teatrais e também já foi palco do Festa da Música Cidade Canção (Femucic). A construção do prédio começou em 1960, mas só foi concluída em 1972. Foi na época o quarto cinema de rua em Maringá, com capacidade para aproximadamente 800 lugares.
Em 2014, o prefeito Ulisses Maia, que era presidente do Legislativo municipal, promulgou a lei 9869, que declarou o cineteatro de utilidade pública. Na campanha eleitoral em 2016, ele defendeu a recuperação e reabertura do espaço.