
Homem em situação de rua rejeita atendimento e morre em Curitiba
Andreza Rossini
19 de julho de 2017, 11:01
Redação com CBNCuritibaA morte de um morador de rua na gelada madrugada desta quarta (19), em Curitiba, causou co..
Jordana Martinez - 19 de julho de 2017, 18:33
Redação com CBNCuritiba
A morte de um morador de rua na gelada madrugada desta quarta (19), em Curitiba, causou comoção e críticas nas redes sociais.
No Facebook, o prefeito Rafael Greca justificou: “Não queremos perder ninguém por abandono, mas as forças do mal insistem no “direito” de permanecer na rua.”
Para o coordenador da área de Diretor Humanos do Ministério Público, o procurador Olympio de Sá Sotto Maior, é preciso mais do que abrigo, banho e refeição por uma noite para retirar as pessoas da rua.
"No contato ser feito, é preciso ter uma proposta concreta da construção de um novo projeto de vida para essas pessoas, que passa pela saúde, pela superação da dependência de álcool e drogas, que passa pela possibilidade de inserção no mercado de trabalho. E com recursos para fazer isso, especialmente equipamentos para um acolhimento adequado dessas pessoas", argumentou em entrevista à CBNCuritiba.
Outra crítica feita pelo procurador é relacionada à estrutura oferecida mesmo que só para pernoite, que não daria conta de toda a população em situação de rua.
" Não adianta fazer um discurso de que se quer dar um encaminhamento adequado, com dignidade para essas pessoas e não ter a estrutura necessária, e não ter os recursos. Então vamos imaginar que hoje todas as pessoas queiram sair das ruas, que haja uma aproximação adequada, feita por profissionais habilitados, e todos queiram sair das ruas, hoje, em Curitiba, a prefeitura não oferece condições de acolher todas essas pessoas", afirmou.
No total, a prefeitura tem 1.500 vagas disponíveis entre equipamentos do município e apoiadores ou conveniados contra uma população estimado de 1.700 cidadãos que vivem sob as marquises.