
Paralisação parcial atrasa saída de ônibus em Curitiba
Mariana Ohde
16 de agosto de 2017, 06:34
Repórter Fábio Buchmann da CBN CuritibaNesta terça-feira (16) o prefeito Rafael Greca atacou a greve dos médicos que ate..
Andreza Rossini - 16 de agosto de 2017, 13:05
Nesta terça-feira (16) o prefeito Rafael Greca atacou a greve dos médicos que atendem pela rede municipal de saúde. A paralisação começou no dia 21 de julho.
Em uma postagem no Facebook, Greca escreveu: “É abusiva e desumana a greve dos médicos da Fundação de Atenção Especializada em Saúde (Feaes). Estão deixando os pacientes esperando, em especial os que não estão na urgência. Pedem 4,5% de aumento em um momento de depressão econômica e de queda da arrecadação. Os médicos recebem R$ 1.880,00 por cada plantão noturno em uma UPA. Este valor está acima da média paga em hospitais da iniciativa privada. Recebem ainda 100% de horas-extras pelo trabalho nos fins de semana, enquanto o mercado remunera com 50%”.
A greve dos profissionais afeta as Unidades Básicas de Saúde (UPAs), o Hospital do Idoso, a Maternidade Bairro Alto, os Centros de Atenção Psicossocial (Caps) e o Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (SAMU).
A categoria mantém 60% do atendimento nas consultas eletivas e 100% nos casos de urgência e emergência.
Já a secretária Geral do Simepar, Sindicato que representa os médicos no Paraná, Cláudia Paola, diz que não é verdade que os médicos recebem quase dois mil reais por um plantão de 12 horas.
"Os dados não são verdade. Os médicos estão pedindo apenas a reposição das perdas inflacionárias e que não haja perdas salariais por conta de acordos. Esse ano a prefeitura se negou a negociar", afirmou.
O sindicato reconhece que há uma espera maior por atendimento em diversas unidades e hospitais que atendem pelo SUS. No entanto, Cláudia Paola disse que a paralisação só tem afetado casos considerados não emergenciais.
"Sempre foi feito uma triagem antes do atendimento e uma classificação de risco. Os pacientes que estão fora de risco podem esperar. Queremos pressionar a Feaes a negociar, mas percebemos que a instituição e a prefeitura não estão dispostas", disse.
O Sindicato garante que a greve vai continuar até que a administração pública pelo menos volte a dialogar com a categoria.
Já a assessor Jurídico da Feaes, Pedro Henrique Higino Borges, diz que é o sindicato quem está mentindo sobre os rendimentos dos médicos.
"Refuto a ideia de que eles não ganham o valor de R$ 1.800 pelo plantão noturno, eles ganham isso. Reitero a posição do prefeito de que a greve é ilegal e desumana a partir de que as pessoas estão sendo desassistidas", afirmou.
A Fundação considera a situação como gravíssima, formando um gargalo no atendimento, que vai demorar para ser desfeito.
A Secretaria Municipal de Saúde oficiou o Conselho Regional de Medicina para coibir maus tratos por omissão de assistência à população.