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Audiência da Araucária Nitrogenados termina sem avanço, e mobilizações continuam

Uma audiência que buscava definir o rumo da fábrica de fertilizantes Araucária Nitrogenados S/A, subsidiária da Petrobra..

Uma audiência que buscava definir o rumo da fábrica de fertilizantes Araucária Nitrogenados S/A, subsidiária da Petrobras, localizada na Região Metropolitana de Curitiba terminou sem avanço neste sexta (24). Nos últimos quatro dias, um grupo de petroleiros permanece acorrentado ao portão principal da fábrica.

A audiência foi convocada pelo MPT (Ministério Público do Trabalho do Paraná), para discutir a situação dos quase 400 funcionários que devem ser desligados da empresa com o fechamento da unidade.

Além de procuradores do MPT, representantes da ANSA e da Federação Única dos Petroleiros participaram da reunião. De acordo com o diretor da FUP, Gerson Castellano, ainda não foi definido como será o processo de hibernação da fábrica.

Ainda segundo o diretor, as mobilizações devem continuar até a greve geral que deve ocorrer no dia 1º de fevereiro. Considerando funcionários terceirizados, o número de profissionais demitidos deve chegar a mil – sem contar os empregos indiretos que serão impactados.

A Petrobras afirma que está cumprindo Acordo Coletivo de Trabalho da ANSA que prevê, além das verbas rescisórias legais, valores adicionais que variam entre R$ 50 mil e R$ 200 mil, de acordo com a remuneração e o tempo de trabalho do funcionário.

Segundo a estatal, a decisão pelo fechamento foi tomada após prejuízos de quase R$ 250 milhões no ano passado e uma estimativa de R$ 400 milhões de prejuízo para 2020.

A Petrobras afirma ainda que no contexto atual de mercado, a matéria-prima utilizada na fábrica está mais cara do que os produtos finais, que são a amônia e ureia.

A empresa de Araucária é a única fábrica de fertilizantes do país que opera com resíduos asfálticos como matéria-prima.