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Aulas na rede municipal de ensino da RMC não voltam em 2020

Aulas na rede municipal de ensino da RMC não voltam em 2020

As aulas presenciais na rede municipal de ensino de Curitiba e Região Metropolitana (RMC) não devem ser retomadas no ano..

Weslley Neto - UOL/Folhapress - terça-feira, 27 de outubro de 2020 - 18:41

As aulas presenciais na rede municipal de ensino de Curitiba e Região Metropolitana (RMC) não devem ser retomadas no ano de 2020. A decisão foi tomada durante uma reunião da Associação dos Municípios da Região Metropolitana de Curitiba (Assomec), na última segunda-feira (26).

O encontro dos grupos de trabalho dos municípios que debate o assunto, a partir de agora, será semanal com avaliações sobre os números da pandemia do novo coronavírus nas cidades.

Segundo o presidente da Assomec, Márcio Wozniack, a decisão de não retomar as aulas presenciais em 2020 foi tomada justamente pelos números que ainda não são confiáveis para uma retomada.

“Ainda não temos nenhuma previsão de volta as aulas. O que teremos agora é um grande grupo de trabalho que envolve os municípios da região metropolitana de forma igualitária e que agora se junta ao grupo de trabalho da Capital, orientado pelo Conselho Estadual de Educação, e começam assim todas as tratativas e como será esse novo retorno das atividades, com certeza para o ano que vem. Nesse ano na rede municipal não teremos atividades escolares presenciais como tínhamos no início do ano”, afirmou Wozniack, que também é Prefeito de Fazenda Rio Grande.

O objetivo do comitê, formado por representantes das cidades e também da educação, é estruturar uma ação conjunta, com um retorno único em todos os 29 municípios contando com Curitiba e região metropolitana, com medidas e ações pré-definidas buscando a segurança de todos os alunos dessa área e o melhor gerenciamento dos recursos públicos destinados a esse fim.

Márcio Wozniack diz ainda que os próprios pais não estão confiantes em mandar os filhos para as escolas enquanto não for anunciada uma vacina para o novo coronavírus.

“Pesquisas feitas pelos municípios mostram que os pais, especialmente das crianças menores, não têm segurança em mandar seus filhos para as escolas enquanto não tiver essa resposta da vacina e enquanto não baixarem os números de contaminações. Então é muito difícil pensar no retorno das aulas sem ter essas garantias. Poderemos começar o primeiro semestre do ano que vem com as aulas não acontecendo de maneira presencial”, ressalta Wozniack.

Por outro lado, o Governo do Paraná já trabalha com a previsão do retorno das aulas na rede estadual de ensino para a segunda semana de novembro.

No entanto, o presidente da Assomec lembrou que alguns ônibus municipais são disponibilizados para levar os alunos à escola e que isso pode gerar uma transmissão em massa da doença.

“Fazemos rotas de ônibus no transporte escolar que pegam os alunos em nossos municípios e distribuem em várias escolas na região. Se acontecer o caso de uma criança ou família contaminada, ela pode acabar contaminando toda a rede escolar Então como será o transporte escolar para o ano que vem, um ônibus para cada escola? Além disso, o sistema de testagem das crianças, se elas podem ou não entrar no colégio, quais EPI (equipamento de proteção individual) terão que ser comprados pelas prefeituras para abastecer os colégios e o custo disso, tudo isso está sendo discutido”, explica.

Por fim, Márcio Wozniack falou que a previsão para a retomada das aulas municipais presenciais, em Curitiba e Região Metropolitana, é o dia 18 de fevereiro, mas que o grupo trabalha também com aulas não presenciais durante o primeiro semestre de 2021.

A data programada para o ano que vem é 18 de fevereiro, mas não há segurança nenhuma que as atividades sejam retomadas nessa data, enquanto não tivermos uma vacina segura, e também com os números da covid-19 ainda em alta”, finaliza Márcio Wozniack.

As aulas presenciais nas redes municipal e estadual de ensino estão suspensas desde o dia 19 de março, no início da pandemia.

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