
Curitiba volta à bandeira laranja após aumento dos casos de covid-19
Vinicius Cordeiro
04 de setembro de 2020, 17:34
A bandeira laranja, que significa risco médio na pandemia de coronavírus, foi adotada novamente em Curitiba nesta sexta-..
Vinicius Cordeiro - 04 de setembro de 2020, 19:08
A bandeira laranja, que significa risco médio na pandemia de coronavírus, foi adotada novamente em Curitiba nesta sexta-feira (4), conforme os indicadores da SMS (Secretaria Municipal da Saúde). O novo decreto passa a valer a partir da próxima segunda-feira (7) e determina novas restrições a alguns setores.
As principais mudanças são em relação aos bares, que terão as atividades suspensas. Além disso, a cidade terá quarentena aos domingos, ou seja, mercados e shoppings deverão fechar.
Segundo o boletim desta sexta-feira (4), Curitiba registrou mais 495 casos e 12 mortes. Com isso, a capital paranaense totaliza 34.812 casos e 1.051 mortes. 29.185 dos infectados já são considerados recuperados e 596 casos ainda estão em investigados. 81% dos leitos de UTIs (Unidades de Terapia Intensiva) estão ocupados.
"Nosso papel enquanto proteção do cidadão é tomar uma medida. São nove indicadores, que mostraram aumento o número de casos, aumento pequeno nas internações e o nossa taxa de transmissão Quando a gente passou para a bandeira amarela era um amarelo quase laranja, mas era o ponto de corte. Como deu amarelo é amarelo. Deu laranja é laranja", disse a secretária Márcia Huçulak, em entrevista coletiva.
"Um outro fator que também nos afetou é o painel que a gente monitora, e que assustou muito, é o aumento de procura nas UPAs (Unidades de Pronto Atendimento). Temos aumento nas segundas, cerca de 20%, isso é natural. Essa semana tivemos na segunda e se manteve a semana inteira. Os quadros respiratórios voltaram ao patamar de julho, quando tínhamos até 100 pessoas por dia com quadro respiratório que ficam em observação. Isso nos alertou", completou Huçulak.
Segundo ela, 30% das contaminações são causadas por aglomerações e por isso os bares foram identificados como os lugares que favorecem essa situação. Foram diversos os registros de aglomerações no último final de semana e há temor que isso volte no feriado da Independência do Brasil e da padroeira de Curitiba, celebrados no início da próxima semana. Além disso, a Secretaria da Saúde identificou que são diversos os casos de transmissão em reuniões familiares, como aniversário de idosos.
"Acompanhamos bastante as academias e os protocolos deles estão muito bem definidos. Tem poucas pessoas, com distanciamento. A gente vem aprendendo. Essa doença não veio com manual e nem protocolo. A gente já percebeu que quando liberamos academia, não identificamos situações. Tem pouca gente indo e tem seguido protocolos rigorosos", disse a secretária municipal da Saúde, Márcia Huçulak.
O sistema de bandeiras foi elaborado pela SMS no início da pandemia. As cores amarela (alerta), laranja (risco médio) e vermelha (risco alto) são representadas pelas notas 1, 2 e 3, valores da taxa calculada por meio de nove indicadores. Seis deles avaliam o nível de propagação da doença e três monitoram a capacidade de resposta do Sistema de Saúde da cidade.
No dia 13 de junho, a Secretaria divulgou que o alerta subiu para a bandeira laranja. Isso durou até o dia 18 de agosto, quando entrou em vigor o decreto 1080 que determinava a bandeira amarela. Naquele dia, Curitiba somava 818 mortes e 27.657 casos de coronavírus.