O Paraná registrou na última semana novos 503 casos e duas morte pela dengue, segundo boletim divulgado pela Sesa (Secretaria de Estado da Saúde), nesta terça-feira (9).
As últimas vítimas fatais são uma mulher de 23 anos e um homem de 36 anos. Ambos eram moradores de Paranaguá, litoral do Paraná, e não apresentavam comorbidades para a dengue.
Os óbitos foram registrados nos dias 18 e 24 de fevereiro.
O registro apresenta alta em relação ao boletim anterior, quando 295 novos casos de dengue foram confirmados.
Desde o início do ciclo em agosto foram confirmados 3.927 casos e nove óbitos no Paraná. O levantamento deste ciclo da dengue irá durar até julho de 2021.
Outros 9.333 amostras ainda aguardam análises laboratorial e 18.846 pacientes já tiveram o diagnóstico negativo para a dengue.
Já as notificações de dengue passaram de 33.484 para 36.658 nos últimos sete dias, sendo que 223 municípios do Paraná registraram ao menos um caso da doença.
“Embora a preocupação atual seja com a pandemia do novo coronavírus, não podemos descuidar dos demais agravos que infelizmente também levam nossos pacientes a óbito”, explicou o secretário da Saúde do Paraná, Beto Preto.
Desde 1991, os casos da doença são acompanhados pela Secretaria Estadual da Saúde. Mas no último ciclo, o Paraná quebrou o recorde de casos confirmados e mortes, com 227.724 contaminações e 177 óbitos.
Segundo o Ministério da Saúde, o Brasil registrou 971.136 casos de dengue no último ciclo, sendo que 91,7% dessas ocorrências foram concentradas entre os estados do Distrito Federal, Mato Grosso, Mato Grosso do Sul e Paraná.
“Nosso trabalho continua sendo integrado com os municípios juntamente com a participação dos paranaenses. Cerca de 90% dos criadouros do mosquito transmissor da doença estão nos quintais e ambientes internos das residências paranaenses por essa razão é importante que a comunidade esteja engajada no combate à dengue”, finalizou o secretário.
Os principais sintomas da dengue são febre alta e de forma súbita, dor de cabeça, dor atrás dos olhos, náuseas, tontura e extremo cansaço. Se a doença não foi tratada, pode evoluir rapidamente para dores abdominais fortes e contínuas, vômitos, palidez, sangramentos pelo nariz, boca e gengivas.
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