(Foto: divulgação)

Caso Ana Paula Campestrini: MP denuncia ex-marido e amigo por assassinato

O advogado e presidente do clube Sociedade Morgenau, Wagner Oganauskas, foi denunciado pelo Ministério Público do Paraná..

O advogado e presidente do clube Sociedade Morgenau, Wagner Oganauskas, foi denunciado pelo Ministério Público do Paraná por homicídio triplamente qualificado pela morte da ex-mulher Ana Paula Campestrini.

O crime aconteceu no último dia 22 de junho, no bairro Santa Cândida, quando a empregada doméstica chegava em casa. De acordo com as investigações, Wagner foi o mandante da execução da vítima.

Além dele, o autor dos disparos, Marcos Antônio Ramon, também foi denunciado por homicídio triplamente qualificado. Ele teria recebido R$ 38 mil para matar Ana Paula.

Os dois foram denunciados pelo feminicídio com as qualificadoras de motivo torpe, pagamento de recompensa e impossibilidade de defesa da vítima.

Wagner e Ana Paula foram casados por 17 anos, há quatro estavam separados. A vítima pediu o divórcio e assumiu ser homossexual. De acordo com a promotora de Justiça Roberta Franco Massa, o crime foi cometido por lesbofobia.

“A denúncia leva em conta a motivação torpe, pelo inconformismo com a separação, mas principalmente a lesbofobia. Ele não se conformava com a orientação sexual da vítima. O outro denunciado também cometeu o crime mediante pagamento de recompensa“, diz.

Wagner Oganauskas e Ana Paula Campestrini tiveram três filhos. Ela lutava na Justiça pela guarda das crianças. No dia do crime, a empregada doméstica foi até o clube onde o ex-marido é presidente para fazer uma carteirinha que permitia acompanhar os filhos, que viviam com o pai. Ao deixar o local, ela foi seguida pelo atirador e, na sequência, assassinada com 14 tiros ao tentar entrar no condomínio onde morava.

Conforme a promotora, os acusados utilizaram de dissimulação para conseguir cometer o crime. Marcos Antonio e um funcionário dele também foram denunciados por fraude processual.

Em nota, a defesa de dos acusados afirma que eles estão à disposição da Justiça, e diz que recebe a denúncia com naturalidade, como “consequência natural da conclusão do inquérito”.

*Com informações da CBN Curitiba