Caso Daniel: júri popular entra no 2º dia, com interrogatórios dos réus; acompanhe
O julgamento será retomado com o interrogatório dos acusados do assassinato brutal.
O júri popular dos acusados do assassinato do jogador Daniel Corrêa entra no 2º dia nesta terça-feira (18). A sessão deve ser retomada com o interrogatório dos réus no Fórum de São José dos Pinhais, na Região Metropolitana de Curitiba.
O julgamento ocorre mais de cinco anos após o crime, que teve ampla repercussão nacional. O julgamento começou ontem (18) e é conduzido pelo juiz Thiago Flores Carvalho. Os trabalhos foram suspensos já no fim da noite, por volta das 22h40, e serão retomados às 8h30 de hoje.
O primeiro dia do júri popular foi marcado pelo depoimento de 13 testemunhas e dois dos sete réus: o casal Edison e Cristiana Brittes. Réu confesso, Edison novamente voltou a confirmar, desta vez no Fórum de SJP, que matou Daniel Corrêa.
Além do casal, outras cinco pessoas também respondem por participação no crime: Allana Brittes, David William Vollero Silva, Ygor King e Evellyn Brisola Perusso.
O julgamento é acompanhado presencialmente pela mãe do jogador Daniel, Eliana Corrêa. Na saída do Fórum, ela afirmou ter pena dos réus e que confia na justiça.
O interrogatório dos réus será seguido pela fase de debates, onde acusação e defesa terão 2h30 para sustentas suas teses. As partes poderão usar mais tempo, caso necessário.
Sete pessoas que foram o Conselho de Sentença acompanham atentamente o júri popular.
Júri Popular: quem são os réus e quais as acusações
- Edison Brittes: homicídio triplamente qualificado, ocultação de cadáver, fraude processual, corrupção de menor e coação;
- Cristiana Brittes: homicídio qualificado, fraude processual, corrupção de menor e coação;
- Allana Brittes: fraude processual, corrupção de menor e coação;
- Eduardo Henrique Ribeiro da Silva: homicídio triplamente qualificado, ocultação de cadáver, fraude processual e corrupção de menor;
- David William Vollero Silva: homicídio triplamente qualificado, ocultação de cadáver e fraude processual;
- Ygor King: homicídio triplamente qualificado e ocultação de cadáver;
- Evelyn Perusso: fraude processual.
Caso Daniel chocou o país em 2018
Revelado pelo Cruzeiro e com passagens por Coritiba, São Paulo, Ponte Preta, Botafogo e São Bento, Daniel Corrêa veio para Curitiba comemorar o aniversário de 18 anos de Allana Brittes, no dia 26 de outubro, em uma casa noturna, no bairro Batel.
A comemoração se estendeu na casa dos pais da jovem, Cristiana e Edison Brittes, com presença do jogador. Segundo as investigações, o jogador foi flagrado deitado na cama de Cristiana, esposa de Edison. Antes do crime, Daniel enviou para um amigo uma foto em que aparecia deitado ao lado de Cristiana enquanto ela dormia.
A acusação suspenta que Daniel foi espancado no local e, depois, conduzido no porta-malas do carro de Edison até a Colônia Mergulhão, em São José dos Pinhais, onde foi brutalmente assassinado.
O corpo do jogador foi encontrado em uma área de mata, no dia seguinte, por moradores da região. Ele estava nu, com um corte profundo na região do pescoço e o pênis decepado.
No inquérito, que foi finalizado com 21 depoimentos e 370 páginas, a Polícia Civil concluiu que não houve tentativa de estupro por parte do jogador.
