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Caso Fabrizzio: empresário acusado por morte de fiscal é preso após decisão da Justiça

O empresário Onildo Córdova II, acusado de ser o mandante do crime contra o fiscal de combustíveis Fabrizzio Machado, em..

O empresário Onildo Córdova II, acusado de ser o mandante do crime contra o fiscal de combustíveis Fabrizzio Machado, em março de 2017, foi preso nesta terça-feira (17), em Fazenda Rio Grande, na Região Metropolitana de Curitiba.

A prisão foi determinada pelo juiz Thiago Flôres Carvalho do TJPR (Tribunal de Justiça do Paraná). Conforme a decisão, o juiz alega que durante a investigação, o empresário quis interferir na produção de provas do caso. Além disso, teria induzido testemunhas para que mentissem durante o julgamento realizado no dia 12 de agosto.

Na última semana, a Justiça condenou duas pessoas acusadas de envolvimento na morte de Fabrizzio Machado. No entanto, o empresário, que também seria julgado, foi retirado do Tribunal do Júri após um recurso da defesa atendido pelo Superior Tribunal de Justiça (STJ).

Patrick Leandro, apontado como o homem que atirou contra Fabrizzio Machado, foi condenado a 30 anos de prisão. Já Matheus Willian Guedes, foi condenado a 23 anos de prisão. O terceiro acusado, Jeferson Rocha da Silva, foi absolvido por clemência.

Em nota, a defesa do empresário disse que recebe com surpresa a decisão da justiça uma vez que não há fato novo que justifique a medida e que já trabalha para restabelecer sua liberdade.

RELEMBRE O CASO FABRIZZIO

Fabrizzio foi morto a tiros quando chegava em casa, no bairro Capão da Imbuia, em Curitiba, na noite do dia 23 de março de 2017.

Segundo a denúncia do Ministério Público do Paraná (MP-PR), a morte do fiscal, que era presidente da Associação Brasileira de Combate a Fraudes de Combustíveis (ABCFC), foi encomendada por Onildo Córdova II, dono de postos de combustíveis.

Onildo teria procurado por Jeferson Rocha da Silva, que indicou Patrick Leandro para cometer o crime. Ele teria recebido uma oferta de R$ 20 mil para matar a vítima.

Além deles, Matheus Guedes, teria dirigido um dos carros utilizados para cometer o crime.

Dois dias após o assassinato, foi deflagrada a Operação Pane Seca, que fechou nove postos de combustíveis em Curitiba e Região Metropolitana. Segundo a acusação, Onildo seria dono de quatro destes postos e, por isso, seria o mentor do crime.