
Covid-19: Hospitais já registram falta de insumos para UTIs
William Bittar - CBN Curitiba
27 de julho de 2020, 10:05
Os casos da Covid-19 cresceram 164,5% entre junho e julho no Paraná. O aumento mais expressivo foi registrado nas macror..
Redação - 27 de julho de 2020, 11:03
Os casos da Covid-19 cresceram 164,5% entre junho e julho no Paraná. O aumento mais expressivo foi registrado nas macrorregionais Leste, de 292,2% e Norte, de 133%. A análise, realizada pelo Governo do Estado, leva em consideração a data de diagnóstico e as semanas epidemiológicas 23 (último dia de maio) a 30 (até 25 de julho).
Apenas oito cidades paranaenses ainda não registraram a presença do coronavírus, elas são: Boa Ventura de São Roque, Bom Sucesso do Sul, Flor da Serra do Sul, São Carlos do Ivaí, São Pedro do Paraná, Rio Bom, Nova Santa Bárbara e Godoy Moreira. Elas reúnem 33.943 habitantes, 0,2% da população do Paraná.
De acordo com a data de diagnóstico, julho já concentra 62,3% do total de casos (41.446 de 66.509) e 54,9% do número global de óbitos (906 de 1.650) no Paraná.
A macrorregional Leste engloba as cidades Curitiba e Região Metropolitana, Litoral e Campos Gerais a diferença entre as semanas analisadas foi de 18.991 casos a mais. Já a macrorregional Norte, que tem os municípios de Londrina, Apucarana e Jacarezinho, o aumento foi de 3.127.
Na macrorregional Noroeste, que tem Maringá, Umuarama e Paranavaí, o crescimento foi de 2.405 casos. Por fim, a macrorregional oeste, que engloba Cascavel, Foz do Iguaçu, Francisco Beltrão e Pato Branco, registrou aumento de 729 casos.
Em números absolutos, a regional de Curitiba e Região Metropolitana é a que concentra mais casos (26.950), seguida por Cascavel (5.970), Londrina (4.531) e Maringá (3.993).
As mortes alcançaram 218 municípios, mais de 54% do Paraná. As maiores incidências absolutas são em Curitiba e Região Metropolitana (804), Londrina (161), Cascavel (116) e Maringá e Paranaguá (66).
A faixa etária média dos casos no Paraná é de 40,2 anos, idade da população economicamente ativa, enquanto a de óbitos é de 68,3 anos, o que indica que as complicações da doença se concentram entre as pessoas mais idosas. A Covid-19 impacta mais a população feminina (52%), mas mata mais os homens (61%).
São 15.218 casos entre pessoas com 30 a 39 anos, parcela mais afetada pela doença, o que representa 23,2% do total de infectados no Estado. A segunda é a de pessoas entre 20 e 29 anos, com 13.633 casos, ou 20,8% dos infectados. São, ainda, 5.971 casos entre crianças e jovens de 0 a 19 anos (9,1% do total) e 9.274 casos entre quem tem mais de 60 anos, 14,1%.
Em relação aos óbitos, a análise do quadro mostra que a Covid-19 vitima mais mulheres conforme o aumento da idade. A faixa mais atingida é a de mais de 80 anos (197 óbitos), seguida por 70 a 79 anos (172), 60 a 69 (120) e 50 a 59 (83). Entre os homens há diferença. A faixa mais vitimada foi entre 70 a 79 (264 mortes), seguida por 60 a 69 (238) e mais de 80 (231).
Segundo o boletim epidemiológico, ainda há 1.050 internados no Paraná. Desses, 466 estão em uma das 1.027 Unidades de Terapia Intensiva (UTI) criadas pelo Governo do Estado desde o começo da pandemia e 584 em enfermarias exclusivas para a Covid-19.
As taxas de ocupação nos leitos exclusivos são de 77% em UTIs adultas, 31% em UTIs pediátricas, 51% em enfermarias para adultos e 24% em enfermarias infantis. No entanto, somados confirmados e suspeitos internados na rede pública e privada de Covid-19 em todo o Estado são 2.172 internados em leitos clínicos (1.183) e avançados (989).
Cerca de 67% dos casos hospitalizados desde o começo da pandemia apresentavam comorbidades. As mais comuns até agora foram cardiopatia (1.837), diabetes (1.252), pneumopatia (289), doença renal crônica (271) e obesidade (267).
O Paraná tem 79 casos confirmados nas comunidades indígenas, além de 229 suspeitos e 197 casos descartados. Entre a população privada de liberdade são 347 casos confirmados e 406 suspeitos.
No recorte de profissionais de saúde, são 3.621 infectados desde o começo da pandemia, com prevalência de casos entre enfermeiros e técnicos de enfermagem (1.766), médicos (387), farmacêuticos (109) e dentistas e ortodontistas (94).