
Prefeito tem bens bloqueados por permitir rodeio sem autorização da Justiça
Fernando Garcel
27 de abril de 2016, 13:39
Pela primeira vez, cidades do Paraná declararam alerta para uma possível epidemia de zika. Colorado, no norte do estado,..
Mariana Ohde - 27 de abril de 2016, 14:05
Pela primeira vez, cidades do Paraná declararam alerta para uma possível epidemia de zika. Colorado, no norte do estado, e Nova Prata do Iguaçu, região sudoeste, apresentaram 32 e 18 ocorrências, respectivamente. Os números representam uma taxa superior a 100 casos para cada grupo de 100 mil habitantes. O índice da Organização Mundial da Saúde (OMS) para que exista uma epidemia é de 300 casos para cada 100 mil pessoas.
O número de casos de zika em todo o Paraná aumentou, passando de 248 para 263. De acordo com o boletim, 169 são autóctones (contraídos dentro do estado). A chefe do Centro de Vigilância Ambiental da Secretaria de Estado da Saúde (Sesa), Ivana Belmonte, explica que o trabalho de monitoramento foi reforçado. "A epidemia de zika seria semelhante à epidemia de dengue porque as ações preventivas são as mesmas. O vetor que transmite a zika é o mesmo que transmite a dengue e a chikungunya. O que é feito em todo o estado, e não apenas nessas duas cidades, é um trabalho intensivo com relação ao cuidado com as gestantes por conta das complicações neurológicas do zika vírus e os problemas relacionados aos problemas congênitos", explica.
O boletim divulgado nesta terça-feira (26) pela Sesa mostra que 25 gestantes foram diagnosticadas com zika desde agosto de 2015 no estado. A maioria dos casos é de Colorado, que registra 12 grávidas contaminadas pelo vírus. Maringá tem quatro casos de gestantes que tiveram zika. De acordo com a Secretaria, duas mães sofreram abortos espontâneos durante a gestação. Outros três bebês já nasceram e nenhuma má-formação foi constatada.
Com relação à dengue, mais três municípios entraram na situação de epidemia – Maringá, Ivatuba e Mandaguaçu, na região noroeste, agora estão na lista, que totaliza 59 municípios. Apesar da diminuição das temperaturas no outono em algumas regiões, a proliferação segue alta em outras áreas do estado. "Essa mudança de temperatura acontece mais na região metropolitana de Curitiba e no sul do Paraná. O norte, oeste e o litoral não têm temperaturas tão frias quanto essas outras regiões. Então isso não afeta tanto a proliferação do mosquito . É importante observar que é preciso continuar com as alções de remoção de criadouros, porque mesmo que haja decréscimo no inverno, existe a possibilidade de a gente entrar em uma nova epidemia tão logo se inicie um período de chuvas e calor. O ovo do mosquito continua viável por até um ano e meio", explica.
Das 399 cidades paranaenses, 301 tem pacientes contaminados pela dengue, o que representa mais de 75% do total. Ainda de acordo com a Sesa, 40 mortes pela doença já foram registradas no Paraná.
Os casos de chikungunya passaram de 50, na semana passada, para 56. Destes, apenas cinco são autóctones.