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Curitiba discute subsídio e aguarda data-base para definir reajuste da tarifa do ônibus

Curitiba discute subsídio e aguarda data-base para definir reajuste da tarifa do ônibus

Atualmente, o transporte público da capital é utilizado diariamente por 500 mil pessoas. O movimento é equivalente a 65% da média registrada antes da pandemia.

Narley Resende - quinta-feira, 17 de fevereiro de 2022 - 13:18

A Urbs aguarda o período de negociação da data-base dos trabalhadores das empresas de transporte para definir quanto será o reajuste da passagem de ônibus em Curitiba. Com a tarifa congelada em R$ 4,50 desde 2019, parte do aumento dos custos deve ser repassada para os usuários ainda no primeiro semestre. Ainda não existe previsão de quanto o aumento será definido. As informações são da BandNews Curitiba.

Em nota à emissora, a Prefeitura de Curitiba diz que está em negociação com o Governo do Paraná para definir o subsídio ao transporte público. A projeção da tarifa técnica para o mês que vem é de R$ 7,00. É com base na tarifa técnica que a administração municipal faz o pagamento às empresas de ônibus.

Antes da pandemia, o custo era calculado por passageiro. Ou seja, se a tarifa técnica era de R$ 7,00 e o passageiro pagava R$ 4,50, a Prefeitura de Curitiba arcava com R$ 2,50 por pessoa em forma de subsídio.

Atualmente, o transporte público da capital é utilizado diariamente por 500 mil pessoas. O movimento é equivalente a 65% da média registrada antes da pandemia do coronavírus.

Com a crise sanitária e financeira relacionada à covid-19, a Prefeitura de Curitiba firmou um novo acordo com as empresas do transporte, em regime emergencial. O custo passou a ser pago por quilômetro rodado, e não mais por passageiro. Segundo a administração municipal, esse modelo foi mais econômico para os cofres públicos.

Na tentativa de diminuir o rombo causado pela diferença entre a tarifa técnica e a tarifa real, a Prefeitura de Curitiba também espera que o Congresso aprove uma Proposta de Emenda a Constituição. A PEC 4392 cria o PNAMI (Programa Nacional de Assistência à Mobilidade dos Idosos em Áreas Urbanas), e transfere para a União a responsabilidade de arcar com o custo da gratuidade oferecida aos idosos.

No decorrer das negociações, o prefeito de Curitiba, Rafael Greca (DEM), foi a Brasília argumentar que a lei da gratuidade é federal, mas o custo é absorvido pelos municípios. A criação do programa nacional pode resolver o impasse. Em relação à capital, o subsídio federal deve chegar a R$ 65 milhões.

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