
Coronavírus: Curitiba tem 510 novos casos e admite UTIs quase lotadas
Jorge de Sousa
16 de junho de 2020, 18:21
A infectologista Marion Burger, da Secretaria de Saúde de Curitiba, disse hoje (16) que a cidade pode ficar sem leitos p..
Redação - 16 de junho de 2020, 18:44
A infectologista Marion Burger, da Secretaria de Saúde de Curitiba, disse hoje (16) que a cidade pode ficar sem leitos para internamento nos hospitais em duas semanas caso o crescimento do coronavírus não seja interrompido. Curitiba registrou hoje seis mortes e 510 novos casos, recorde da pandemia até agora. Além disso, a taxa de ocupação de leito SUS para Covid-19 subiu para 85%.
"Estamos em um crescimento exponencial da curva aqui em Curitiba. Todas as medidas necessárias precisam ser feitas por toda a população. Essas medidas, que são comportamentos, é urgente que a população as tome. Se não, em duas semanas, nós não teremos mais leitos para internamento, nem das pessoas com a infecção pelo coronavírus e nem para as pessoas que adoecem por outras situações", declarou ela.
https://www.facebook.com/PrefsCuritiba/videos/1583983765100310/
Segundo os dados da SMS, 188 pessoas estão internadas, sendo que 78 delas estão em UTIs (Unidades de Terapia Intensiva).
O apelo para a população de Curitiba é claro: além de evitar aglomerações, é necessário o uso de máscara, assim como distanciamento social, higiene das mãos com água e sabão e álcool gel, entre outras.
Mais cedo, a prefeitura de Curitiba ainda divulgou que o número de pacientes monitorados pela Central da Covid-19, o telefone 3350-9000, mais que dobrou em 15 dias, passando de 1,4 mil para 3 mil.
Vale lembrar que Clóvis Arns, infectologista e presidente da SBI (Sociedade Brasileira de Infectologia) e o Conselho Regional de Medicina emitiram alertas no domingo (14) que a semana do Paraná seria a mais crítica da pandemia até agora.
"Os dados nos mostram a gravidade da situação hoje em Curitiba. Eu rogo que todos que nos ouvem se sintam responsáveis por uma mudança de comportamento e por realmente fazer o distanciamento social. Quem puder, fique em casa", finalizou Burguer.
Os seis óbitos registrados no boletim da Secretaria de Saúde foram de dois homens e quatro mulheres, entre 46 e 89 anos.
O homem de 46 anos não apresentava nenhum quadro de doença crônica ou morbidades associadas a complicações por causa do novo coronavírus e tinha sua morte em investigação até hoje. Já os demais apresentaram históricos de doenças que foram atrelados à infecção.