Com informações da BandNews Curitiba
O Tribunal Regional do Trabalho do Paraná (TRT-PR) decidiu manter a condenação que obriga o Hospital Evangélico a pagar indenização para a médica Virgínia Soares de Souza, que era responsável pela Unidade de Terapia Intensiva (UTI) da instituição.
Ela foi acusada pela polícia de antecipar a morte de pacientes que estavam sob a responsabilidade dela, foi demitida e inocentada do crime pela Justiça.
De acordo com o advogado de defesa, Guilherme Assad, não há mais possibilidade de recurso e a estimativa é de indenização trabalhista de R$ 4 milhões. A direção do Evangélico afirmou que não vai comentar o caso, já que aconteceu durante a gestão anterior.
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Virgínia Soares trabalhava sem registro na carteira de trabalho e benefícios como férias, FGTS ou pagamento de horas extras.
Decisão da Justiça
Na decisão, o juiz Daniel Surdi de Avelar disse que a acusação não conseguiu comprovar que a conduta médica adotada por Virgínia e pelos outros acusados contribuiu para acelerar as mortes dos pacientes.
“Morrer alguém não é crime. Matar alguém é crime. Não ficou comprovado nenhum ato humano”, declarou o advogado Elias Mattar Assad, que defende a ex-chefe da UTI do Evangélico.
Em 2013, quando o caso veio à tona, Virgínia chegou a ser presa preventivamente com seus subordinados. A médica ainda deve processar o estado. O Ministério Público recorreu da decisão da Justiça.