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Empresas publicitárias que cortaram árvores ilegalmente podem ter alvarás cassados

Empresas publicitárias que cortaram árvores ilegalmente podem ter alvarás cassados

Os donos das empresas são acusados de cortes irregulares de árvores para facilitar a visualização de painéis publicitários

Ana Flavia Silva - terça-feira, 11 de julho de 2023 - 19:05

Três empresas de publicidade suspeitas de cometer crimes ambientais podem perder o alvará de funcionamento em Curitiba. A prefeitura anunciou que vai cassar as autorizações dos empreendimentos. Os donos das empresas são acusados de cortes irregulares de árvores para facilitar a visualização de painéis publicitários e foram alvo de uma operação policial nesta terça-feira (11).

Ao todo, seis pessoas foram presas por equipes da Delegacia de Proteção ao Meio Ambiente (DPMA). A suspeita é de que os empresários e diretores das empresas contratavam o corte ilegal de árvores para não atrapalhar a visualização dos painéis de publicidade em vias movimentadas da cidade. 

PREFEITURA FEZ A DENÚNCIA

“Em maio deste ano cortaram seis ipês adultos no Juvevê e espalharam uma fake news nas redes sociais dizendo que a Prefeitura tinha cortado para facilitar a leitura dos radares de trânsito. Isso chamou minha atenção e fizemos um boletim de ocorrência na Delegacia de Meio Ambiente”, afirma o prefeito Rafael Greca.

As investigações começaram após a denúncia. A Secretaria Municipal do Meio Ambiente apresentou um dossiê de todos os cortes e podas de árvores feitos na cidade. “Nenhum desses cortes, que foram em mais de 45 locais identificados, havia licença ambiental. Alguns locais foram feitos cortes em outras três oportunidades, ou seja, a Prefeitura replantou e o corte foi feito novamente”, afirma o delegado de Proteção ao Meio Ambiente, Guilherme Dias.

A ação da manhã desta terça (11) foi feita nos bairros Capão Raso, Batel, Tingui, Uberaba, Barreirinha e Centro, em Curitiba, e no Centro e Alphaville, em Pinhais, na Região Metropolitana. 

Os investigados responderão pelos crimes de destruição de vegetação do bioma mata atlântica, destruição de plantas de ornamentação públicas, utilização ilegal de motosserra, poluição e associação criminosa. As penas podem chegar a até 13 anos de prisão.

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