A estiagem continua a castigar o Paraná, e o índice de chuva na primeira quinzena de julho foi 60% menor do que a média histórica para o período. O nível médio dos reservatórios de Curitiba região metropolitana é de 34%.
De acordo com o Simepar (Sistema de Tecnologia e Monitoramento Ambiental do Paraná), embora junho tenha saído da curva da estiagem, o tempo seco voltou a predominar.
Parte da mudança de padrão no mês passado pode ser atribuída à passagem do fenômeno conhecido como ciclone bomba, que trouxe chuvas e ventos muito acima da média.
Mas a chuva do mês passado não foi suficiente para recuperar o déficit hídrico acumulado em 2020. A estiagem ainda é severa e exige ações emergenciais.
Entre elas, está o rodízio e o racionamento de água, adotados pela Sanepar (Companhia de Saneamento do Paraná) desde março.
De acordo com o diretor de Meio Ambiente da Sanepar, Julio Gonchorosky, o nível atual dos reservatórios é o menor dos últimos 10 anos. Conforme ele, a estiagem continua.
“O mais preocupante é que os prognósticos de chuvas para os próximos meses não são promissores, mantendo-se a previsão de que teremos um volume muito abaixo da média histórica”, afirmou.
A preocupação está presente desde o ano passado, com previsões ruins relacionadas à estiagem. Na região oeste, em Cascavel, obras reforçaram a capacidade do sistema.
Em Curitiba e região metropolitana, a crise hídrica exigiu a implantação de rodízio em março. Primeiramente, a medida emergencial foi adotada nas áreas abastecidas pelo Rio Miringuava, que apresentava vazão insuficiente para garantir o fornecimento estável de água.
O rodízio reduz diariamente o fornecimento de água para 20% da população. As medidas devem ser prorrogadas até novembro, quando estão previstos o período de chuvas e o possível fim da estiagem no Paraná.