Duas faculdades do Paraná estão envolvidas em um esquema de venda de diplomas investigado pela Polícia Civil de São Paulo.
A Spei, Sociedade Paranaense de Ensino e Informática, e a Facel, Faculdade de Administração, Ciências, Educação e Letras, estão entre as instituições alvo de uma operação contra o esquema de venda de diplomas que envolvia ao menos oito faculdades particulares de cinco estados brasileiros.
De acordo com a investigação, eram oferecidas certificações para 30 cursos de graduação e cerca de mil cursos de pós-graduação. Também era possível comprar documentos das modalidades tecnólogo, extensão e até ensino médio.
Segundo as investigações, um diploma no curso de administração, por exemplo, custava até R$ 35 mil. A graduação em medicina, custava cerca de R$ 100 mil.
Sete pessoas foram presas na última quarta-feira (28). Entre elas está um pastor evangélico, da igreja Assembleia de Deus, investigado pela polícia como líder no esquema. Ele é conhecido como José Caitano Neto, mas por ter sido preso com mais de um RG, a identidade dele ainda não foi confirmada.
O advogado do pastor, Ademir Sérgio dos Santos, afirmou em nota que as denúncias são falsas, que não foram encontrados indícios de irregularidade no local e que “trata-se de prisão arbitrária”. Antes de ser preso, Caitano Neto disse à reportagem do jornal Folha de São Paulo que o responsável pela venda dos documentos era um ex-funcionário, já demitido.
Outro lado
A direção da Facel / Spei, que fazem parte do mesmo grupo, publicou nota no site oficial para dizer que qualquer irregularidade no sentido apontado pelas investigações, se confirmada a suspeita, não tem origem nem na Facel e nem na Spei. A direção afirma que tem tido o maior cuidado com o setor de emissão e registro de certificados e diplomas. A direção afirma que a investigação não irá interferir na rotina das instituições.
A nota diz que a principal preocupação é com os funcionários, professores e alunos, como comunidade legítima das faculdades. A Facel e a Spei funcionam normalmente nesta semana. As instituições afirmam que colaboram com as autoridades.