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Gaeco prende policiais suspeitos de envolvimento em latrocínios
Geraldo Bubniak/AGB

Gaeco prende policiais suspeitos de envolvimento em latrocínios

Além do envolvimento em roubos seguido de morte, as investigações apontaram que os PMs também falsificavam boletins de ocorrência.

Rafael Nascimento - quarta-feira, 26 de julho de 2023 - 09:37

O Gaeco (Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado), do Ministério Público do Paraná, prendeu nesta quarta-feira (26) policiais militares suspeitos de envolvimento em crimes no Norte do Paraná, incluindo latrocínios. Além do roubo seguido de morte, os PMs também falsificavam boletins de ocorrência.

Ao menos sete policiais militares estariam envolvidos nos crimes, sendo um oficial, um cadete e cinco praças. Os investigados são lotados no 30º Batalhão de Londrina e atuavam na época na região de Ibiporã. Um deles frequenta o curso de formação de oficiais da PMPR na Academia Policial Militar do Guatupê, em São José dos Pinhais, na Região Metropolitana de Curitiba, ainda conforme o MP.

O Gaeco cumpriu cinco mandados de prisão, 28 mandados de busca e apreensão, sete medidas de afastamento da função pública e 11 medidas de monitoração eletrônica na manhã de hoje. Entre os alvos, cinco estavam em Londrina, 12 em Ibiporã, três em Colombo, um em Curitiba, um em São José dos Pinhais. Ordens judiciais também foram cumpridas em Jataizinho, Jandaia do Sul e Alvorada do Sul, além dos municípios catarinenses de Joinville e Balneário Barra do Sul.

As investigações do MPPR contaram com apoio da Corregedoria-Geral da PM, e começaram com o recebimento de informações sobre a participação de dois policiais militares na morte de um homem executado e que teve corpo queimado em Jataizinho, em agosto de 2021.

O crime teria sido motivado por desentendimentos financeiros entre os criminosos. Integrantes do grupo apropriaram-se de dinheiro, a partir de movimentações bancárias, assim como de bens da vítima durante a execução do crime. 

As apurações revelaram ainda um outro crime de latrocínio, em que a vítima – um homem que atuava como agiota – teria sido morto em um confronto forjado com uma equipe policial em Ibiporã.

Nesse caso, as investigações apontaram que o objetivo era de que os policiais militares se apropriassem de R$ 30 mil que estavam com ele.

Os investigados também fraudavam boletins de ocorrência com informações falsas, simulando a ocorrência de roubos de carga, além dos crimes de furto qualificado e extorsão agravada.

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