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Girafa mais velha do Brasil morre no zoológico de Curitiba

Girafa mais velha do Brasil morre no zoológico de Curitiba

A girafa ‘Pandinha’, a mais velha do Brasil e que era a quarta do mundo, morreu nesta segunda-feira (10) no Zoológico de..

Redação - segunda-feira, 10 de janeiro de 2022 - 12:22

A girafa ‘Pandinha’, a mais velha do Brasil e que era a quarta do mundo, morreu nesta segunda-feira (10) no Zoológico de Curitiba aos 32 anos. Esses animais vivem, em média, 15 anos.

As girafas mais velhas que a Pandinha, no mundo, ficam em Colombo (Sri Lanka) e em Fort Wayne e Tucson (Estados Unidos). Os dados são do studbook internacional da espécie, um livro de registro que contém informações genealógicas sobre os animais, que tem como responsável a pesquisadora Laurie Bingaman Lackey, da World Association of Zoos and Aquariums (WAZA) e da European Association of Zoos and Aquaria (EAZA).

Em 2021, o zoológico de Curitiba sofreu outras duas perdas importantes. Morreram o tigre Tom, que brilhou no Mais Você em 2012 e foi pai de ator de novela, e o leão Simba, pai das leoas Leona e Nala.

VIDA LONGA DA GIRAFA PANDINHA É EXCEÇÃO

Com quase 33 anos de vida, que seriam completados em maio de 2022, Pandinha viveu desde que nasceu Zoo de Curitiba, em 1989.

De acordo com a prefeitura, o animal sofreu nos últimos dias com poliartrite devido à idade avançada e não resistiu. Exames de imagem detalhados, realizados na semana passada, confirmaram a inflamação em múltiplas articulações, sem perspectiva de cura.

Com muita dor, dificuldade de andar e perda de apetite, ela vinha recebendo tratamentos que permitiam alguma qualidade de vida.

“É muito difícil dizer adeus a um animal que tivemos a honra de tomar conta por tanto tempo. Poder estar próximo de uma girafa mansa como a Pandinha foi uma experiência especial e preciosa, ela fará muita falta. Houve uma piora aguda do quadro nos últimos dias, ela passou a apresentar crepitação (estalos), muita dor e dificuldades de se locomover, além de perda de peso acentuada”, explicou o diretor do Departamento de Pesquisa e Conservação da Fauna, Edson Evaristo.

Filha de Pacheco e Mandinha (de onde surgiu seu nome), a girafa era um dos animais preferidos dos visitantes. Não à toa, ela sempre esteve presente nas atividades de educação ambiental, interagia com o público e posava para fotos.

“Cuidar de animais é sempre um desafio. Podemos acompanhar e celebrar os nascimentos e a vida desde o início, mas também temos que lidar com o ciclo da vida e dizer tchau aos nossos amigos idosos quando chega a hora. Fazemos tudo o que podemos para lhes dar o melhor atendimento e companhia enquanto estão sob nossos cuidados, e isso nos traz conforto, mas mesmo assim nunca é fácil quando eles vão embora”, lamentou o diretor.

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