
Menina de 15 anos teve filho após abuso do padrasto no Paraná
Vinicius Cordeiro
25 de outubro de 2019, 14:14
Após mais de dois anos de investigação, um idoso foi preso nesta quinta-feira (24) em Paranaguá, no litoral do Paraná, p..
Vinicius Cordeiro - 25 de outubro de 2019, 16:23
Após mais de dois anos de investigação, um idoso foi preso nesta quinta-feira (24) em Paranaguá, no litoral do Paraná, por ser suspeito de abusar a neta. Segundo a PCPR (Polícia Civil do Paraná), o senhor de 62 anos também teria cometido violência contra pessoas de três gerações da própria família desde 1984.
O caso começou em 2017, quando a neta do idoso, com três anos na época, foi vista esfregando suas partes íntimas dentro da sala de aula. O assunto não foi diretamente à criança, mas os professores acionaram o Conselho Tutelar, que levou o caso adiante para a realização das investigações.
"Essa situação não tinha como ser perguntada, mas o comportamento que ela apresentou é do tipo de alguma criança que sofre algum tipo de abuso. Ela não estava normal", avaliou a delegada Maria Niza, do Nucria (Núcleo de Proteção à Criança e ao Adolescente).
Contudo, novas denúncias, em março desse ano, fizeram com que a polícia identificasse o suspeito. Com todo o material, a delegada conseguiu expedir o mandado de prisão ao homem.
Ao todo, foram identificadas cinco vítimas, sendo três delas já adultas. Além disso, a polícia identificou que o primeiro crime do idoso teria acontecido na década de 80.
De acordo com a delegada Maria Niza, as mulheres tomaram coragem de denunciar o avô da família por muitos traumas. Segundo ela, todas as vítimas ainda mostram sentimentos bons pelo idoso.
"Tem de contextualizar. A primeira geração de vítimas que ele fez, há muitos anos atrás, não tinha a abordagem que nós temos. Era uma legislação diferente. Elas não eram levadas a sérias, foram desconsideradas", comenta.
"Isso resultou em um comportamento muito delicado da família, que apresenta vários traumas emocionais. Por isso que estamos procurando preservar essas pessoas o máximo possível", completou ela.
Apesar de ter sido indiciado por abuso sexual de vulnerável, o suspeito nega que tenha cometido qualquer crime. Ele está preso em Paranaguá e fica à disposição da Justiça. Caso seja condenado, ele pode pegar até 20 anos de prisão.