Juiz decide não marcar julgamento de acusado de matar youtuber

O juiz Amin Abil Russ Neto, do Tribunal do Júri de Pontal do Paraná, no litoral do estado, decidiu não marcar o julgamen..

O juiz Amin Abil Russ Neto, do Tribunal do Júri de Pontal do Paraná, no litoral do estado, decidiu não marcar o julgamento de Everton Vargas, acusado de atirar e matar a modelo e youtuber Isabelly Cristine Santos, de 14 anos, em fevereiro de 2018.

De acordo com a decisão do juiz, divulgada nesta terça-feira (26), a sala onde acontecem os julgamentos do Tribunal do Júri não atende aos protocolos sanitários da pandemia. Amin Abil Russ Neto reforçou que a sala é pequena e pode colocar os envolvidos em risco de contágio pelo novo coronavírus.

Na mesma decisão, o juiz também converteu a prisão preventiva do acusado para prisão domiciliar. Everton Vargas estava detido na Casa de Custódia de São José dos Pinhais e ficará em casa até o julgamento, sendo impedido de sair da residência e deverá usar tornozaleira eletrônica.

Isabelly Cristine Santos morreu após ser atingida por um disparo de arma de fogo na madrugada do dia 14 de fevereiro de 2018. Ela voltava de uma casa de show em Shagri-lá, em Pontal do Paraná. No carro estava a mãe da youtuber, o motorista e mais um passageiro.

Os irmãos Everton e Cleverson Vargas, acusados de terem efetuado o disparo, foram presos no dia seguinte, em uma casa em Matinhos, também no litoral.

Cleverson Vargas foi solto em 2019, após a Justiça entender que ele estava dirigindo o veículo e não deveria responder pelo crime de homicídio.

Na época, os irmãos afirmaram que se sentiram ameaçados pelo motorista do carro onde estava Isabelly.

O TJPR (Tribunal de Justiça do Paraná) informou que não se manifesta sobre decisões em primeiro grau, pois, ainda cabe recurso da decisão do juiz.

Em nota, a advogada da família da youtuber, Thaise Mattar Assad, frisou que “a falta de estrutura da comarca de Pontal do Paraná para se realizar o júri em local seguro, não pode ser suportada pelos cidadãos, muito menos pelos familiares das vítimas”.