Julho amarelo alerta para prevenção das hepatites

A Sesa (Secretaria de Estado da Saúde) reforça durante todo o mês de julho as ações de prevenção e atenção às hepatites ..

A Sesa (Secretaria de Estado da Saúde) reforça durante todo o mês de julho as ações de prevenção e atenção às hepatites com atividades direcionadas a profissionais que atuam diretamente no atendimento à população. O Julho Amarelo foi instituído em todo o País, no ano passado, para ressaltar que existe diagnóstico precoce e tratamentos para as hepatites no SUS (Sistema Único de Saúde).

As hepatites são um grupo de doenças que provocam inflamação do fígado e as mais frequentes são as virais. Ainda que silenciosas na maioria dos casos, podem apresentar sintomas como mal-estar, fraqueza, dor de cabeça, febre baixa, falta de apetite, cansaço, náuseas e desconforto abdominal na região do fígado, icterícia (olhos e pele amarelados), fezes esbranquiçadas e urina escura.

O secretário da Saúde do Paraná, Beto Preto, afirma que existe a disponibilidade de ferramentas eficazes para o combate à esses doenças, como a vacina que previne as hepatites A e B, além dos testes rápidos, exames laboratoriais e medicamentos fornecidos na rede estadual.

“Neste momento em que a  Covid-19 é o foco do sistema de saúde em todo o mundo, é muito importante o alerta e reforço da vigilância para as doenças que podem ser prevenidas. Na maioria das vezes as hepatites são silenciosas, ou seja, não apresentam sintomas. Por isso, a necessidade de estarmos atentos, evitando que pessoas se contaminem e que precisem de internamento”, diz o secretário.

JULHO AMARELO

A Secretaria da Saúde reforçará todas as orientações sobre a importância da prevenção, diagnóstico precoce e manejo das hepatites para profissionais das 22 Regionais de Saúde e dos serviços especializados. A videoconferência será no dia 27 a partir da 9 horas.

A programação inclui assuntos como a evolução clínica das hepatites, medicamentos e impacto da pandemia da Covid-19 nos casos e tratamento das hepatites. O objetivo é alertar e proteger a população, ampliando o diagnóstico e orientando para o tratamento.

“O Julho Amarelo é uma ação que visa a prevenção por meio do conhecimento, capacitação e atualização de informações. A meta do Ministério da Saúde e da Secretaria da Saúde do Paraná é eliminar a hepatite C até o ano de 2030”, diz Mara Franzoloso.

TIPOS DE HEPATITE

A hepatite A está associada à ingestão de água ou de alimentos contaminados. Existe vacina para este tipo de infecção. A dose está disponível na rede pública e deve ser recebida aos 15 meses de idade.

A hepatite B também tem vacina, recomendada em quatro doses também na infância. A principal indicação é para que os bebês recebam a primeira em até 24 horas após o nascimento. A hepatite B é uma doença crônica e, caso não haja diagnóstico,  pode evoluir por muitos anos, provocando agravos como cirrose, câncer e a falência do fígado.

A chefe da Divisão de Doenças Crônicas e Infecções Sexualmente Transmissíveis da secretaria, Mara Franzoloso, explica que a vacina da hepatite B passou a fazer parte do calendário nacional de imunização na década de 90.

“As pessoas na faixa de 20 anos já devem ter sido vacinadas anteriormente e hoje estão protegidas. Mas quem está acima desta faixa deve estar atento e verificar a situação em relação à hepatite e se proteger. Esta vacina está disponível para todas as faixas etárias”, explica.

Ela acrescenta que para a hepatite C ainda não há vacina. No entanto, existe tratamento eficaz  com a cura total da infecção.

DADOS DA DOENÇA NO PARANÁ

As notificações para estes três tipos de hepatites apresentaram redução no Paraná entre 2018 e 2019. Foram registrados 54 casos em 2018, com queda para 47 no ano passado.

Quanto à hepatite B, houve 1.928 casos em 2018 e, no ano anterior, redução para 1.910 casos.

Em relação à hepatite C, em 2018 foram 1.537 casos e 1.503 confirmações no ano passado.

Segundo a Organização Mundial da Saúde, estima-se que 400 milhões de pessoas em todo mundo estejam infectadas pelos vírus das hepatites B e C. Apenas uma em cada 20 apresenta sintomas, e uma em cada 100 pessoas segue em tratamento.