Na decisão que negou o pedido de transferência a uma unidade prisional ou a obrigatoriedade de tornozeleira, a Justiça liberou também a visita de familiares na casa de Reni Pereira, mas com horários restritos. Para o dia 18 de agosto, está marcado, no TRF4, o julgamento do mérito da prisão domiciliar e das medidas cautelares impostas ao prefeito afastado.
Operação Pecúlio
Além do prefeito, mais de 80 pessoas também são réus no processo, entre eles a primeira-dama e deputada estadual Cláudia Pereira (PSC), eles respondem por crimes de peculato, corrupção passiva, corrupção ativa e fraude a licitações. Reni e a esposa são investigados pelo TRF-4 por ter foro privilegiado.
As investigações, reforçadas por meio de escutas telefônicas autorizadas pela Justiça e quebra dos sigilos fiscais e bancários dos envolvidos, apontaram indícios de interferência de gestores do município, de forma direta e indireta, em empresas contratadas para prestação de serviços e realização de obras junto à prefeitura com quantias milionárias de recursos públicos federais como o Programa de Aceleração do Crescimento (PAC) e outros como o Sistema Único de Saúde (SUS).
Os atos ilícitos também foram comprovados por meio de provas apresentadas por colaboradores que fecharam acordos com o MPF, entre eles o ex-diretor de pavimentação da Secretaria de Obras da Prefeitura, Aires Silva, e os empresários Nilton João Beckers, Vilson Sperfeld, Fernando Bijari e Edson Queiroz Dutra.