Linha Verde: obras de trincheira em Curitiba são retomadas

Os trabalhos de construção da trincheira sob a Linha Verde que liga as ruas Fúlvio José Alice, no Bairro Alto, e Amazona..

Os trabalhos de construção da trincheira sob a Linha Verde que liga as ruas Fúlvio José Alice, no Bairro Alto, e Amazonas de Souza Azevedo, no Bacacheri, foram retomados nesta quinta-feira (13). Além da trincheira, serão feitas obras de pavimentação na própria Linha Verde e nos acessos laterais à nova estrutura viária.

O trecho compreende o Lote 3.2 da Linha Verde e, no processo licitatório feito pela Secretaria Municipal de Obras Públicas para contratação da empresa que está concluindo o serviço, a TCE Engenharia Ltda. sagrou-se vencedora. O prazo contratual para que a nova trincheira e a pavimentação da via e dos acessos sejam entregues é de oito meses.

O secretário municipal de Obras Públicas, Rodrigo Rodrigues, e os engenheiros Manuela Marqueño e Mário Padovani, que fiscalizam a execução dos serviços, vistoriaram o reinício da obra.

“O objetivo nesta primeira etapa é implantar novas pistas no eixo central da Linha Verde para que seja feito o desvio do trânsito no sentido norte-sul. Com os veículos trafegando por outra rota, conseguiremos concluir a estrutura da trincheira em ligação com a Rua Amazonas de Souza Azevedo”, explicou Rodrigo Rodrigues.

Histórico do Lote 3.2 da Linha Verde 

As obras começaram em outubro de 2016. A trincheira já deveria estar servindo aos motoristas que trafegam pela região desde setembro de 2017, de acordo com o pactuado inicialmente em contrato.

Porém, 74,98% da obra foi concluída no lado da Rua Fúlvio José Alice. Seis aditivos de prazo foram concedidos à empresa que executava os serviços, com a finalização prevista para julho de 2019. O trabalho não foi concluído mesmo com o prazo ampliado em cerca de 700 dias e o contrato foi rompido em agosto de 2019.

Após a rescisão contratual, foi realizado um levantamento técnico e criterioso do saldo remanescente da obra e, em seguida apresentado ao agente financiador da intervenção urbana. Vencida essa fase, lançou-se a licitação para contratar a empresa que terminaria o serviço e, como a TCE Engenharia Ltda. apresentou as melhores condições, passou a executar a obra.

Durante os quase dois anos de obras no Lote 3.2, a Secretaria Municipal de Obras Públicas emitiu 21 notificações contra a construtora. Os avisos legais foram motivados pela não execução de frentes de trabalho liberadas, atrasos no cronograma de execução e, por fim, pelo total abandono dos serviços, inclusive marcado pela ausência de funcionários e retirada de materiais e equipamentos do local.

Mais uma ordem de serviço

Em obras desde novembro de 2015, o Lote 3.1 foi abandonado pela empresa que estava fazendo o serviço com 83,5% das obras concluídas e, como ocorreu com o Lote 3.2, o contrato também foi rompido em agosto de 2019. O lote compreende o trecho que começa na altura da Avenida Victor Ferreira do Amaral e segue até o cruzamento com a Rua Fagundes Varela.

O mesmo estudo técnico do saldo remanescente da obra feito no Lote 3.2 foi realizado no 3.1. Foi lançado edital para contratação da nova empresa que finalizará o serviço e o processo licitatório findou com o Consórcio Compasa BR-Infra como vencedor.

A previsão da Secretaria Municipal de Obras Públicas é de que o ordem de serviço para o reinício das obras do Lote 3.1 seja assina na próxima semana, entre os dias 17 e 21 de agosto.

Trabalho em andamento

Situação distinta ocorreu com o Lote 4.1 da Linha Verde. No trecho de 2,84 quilômetros entre as estações Conjunto Solar e Atuba, as obras foram retomadas ainda em dezembro de 2019 ao ser exercido o direito de convocação da segunda colocada na licitação.

O consórcio Estação Solar, formado pela TCE Engenharia Ltda., aceitou assumir a obra após o contrato com a primeira colocada na licitação ter sido rescindido, também em agosto do ano passado. A rescisão ocorreu por falhas no atendimento ao cronograma de execução da obra e a lentidão dos serviços. Somente neste Lote 4.1, a Secretaria Municipal de Obras Públicas aplicou 31 notificações na empresa que estava responsável pelo trecho.

Onde havia o antigo trevo do Atuba, está em construção um conjunto de trincheira e viadutos que eliminará os semáforos e dará mais fluidez ao trânsito de motoristas que se deslocam no eixo norte-sul de Curitiba.

Também estão em andamento outras frentes de trabalho. Está sendo feito o aterro nas imediações do Conjunto Solar – onde serão instaladas estações-tudo do sistema de transporte coletivo, a preparação da base para a nova pista da Rua Rua Maria Petroski, marginal da Linha Verde, e a implantação da galeria celular antes da entrada para a Rua Fagundes Varela.

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