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Médico suspeito de assédio em Londrina é liberado após depoimento

Médico suspeito de assédio em Londrina é liberado após depoimento

O caso foi registrado na delegacia como violência psicológica, e não como assédio sexual. Médico e paciente foram ouvidos nesta terça-feira (12)

Redação - terça-feira, 12 de julho de 2022 - 18:10

O médico detido por suspeita de assédio sexual, nesta terça-feira (12), em Londrina, foi liberado após prestar depoimento. O caso aconteceu durante uma consulta na UPA Jardim do Sol. As informações são do Tarobá News.

Após depoimentos do médico e da paciente, o caso foi registrado na Polícia Civil como violência psicológica. O profissional foi liberado na sequência, acompanhado de seu advogado.

“Depois de ouvir todas as testemunhas, entendi que o melhor enquadramento seria esse porque ela não reporta em momento algum que ele tenha tocado nela, que  tenha pedido a ela que tirasse a roupa. Mas a fala dele, segundo ela, a teria abalado bastante”, disse o delegado Roberto Fernandes.

Segundo o relato da vítima, ao chegar no consultório da UPA com dores de garganta, ela comeceu a ser assediada verbalmente pelo médico. Ele teria feito elogios à aparência física da vítima e pedido para que ela tirasse a calcinha.

“Ele começou a falar coisas pra ela, dizendo que ela era muito bonita, gostosa, que era pra ela tirar a calcinha. Disse que o esposo dela era caminhoneiro e deveria traí-la, e por isso ela também deveria trair. Ela saiu chorando”, disse a sogra, em entrevista à TV Tarobá.

O médico apresentou uma versão diferente. Segundo a defesa do profissional, após o teste para covid-19 dar negativo, foi prescrita uma injeção de benzetacil para melhorar a inflamação.

Segundo o médico, a injeção seria aplicada por outro profissional, sem a necessidade de tirar as roupas íntimas. O profissional disse, ainda, que não pediu para que ela tirasse a calcinha. Segundo ele, a paciente teria ficado constrangida porque não estava vestindo roupas íntimas.

O caso é apurado pelo 2º Distrito Policial de Londrina. Em nota, a Prefeitura de Londrina disse que “repudia veementemente qualquer atitude ou comportamento deste tipo” e que está à disposição das autoridades para esclarecer o caso”.

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