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Redação
13 de julho de 2021, 17:11
Nesta quarta-feira (14), a Operação Força e Honra foi deflagrada para apurar um suposto esquema de pagamento de propinas..
Redação - 14 de julho de 2021, 08:18
Nesta quarta-feira (14), a Operação Força e Honra foi deflagrada para apurar um suposto esquema de pagamento de propinas envolvendo policiais rodoviários estaduais e um vereador de Campo Mourão, na região centro-oeste do Paraná.
Em conjunto, o Gaeco (Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado) e a PMPR (Polícia Militar do Paraná) cumprem 15 mandados de prisão preventiva, 54 mandados de busca e apreensão e 27 medidas cautelares de suspensão do exercício da função.
As prisões têm como alvo 14 policiais rodoviários estaduais e um empresário, que atualmente exerce o cargo de vereador em Campo Mourão. As investigações foram iniciadas em agosto de 2020 e apuram os crimes de concussão, corrupção passiva, peculato, prevaricação, falsidade ideológica, lavagem de ativos e eventual receptação realizados por organização criminosa.
De acordo com o Gaeco, é investigado principalmente o possível recebimento sistemático de propinas por parte de policiais rodoviários estaduais para permitir a passagem de veículos com mercadorias de origem estrangeira sem o devido pagamento de tributos (descaminho) e, em outros casos, para facilitação do tráfico de drogas.
Em alguns casos pontuais, os policiais liberariam infratores que não acertavam o pagamento depois de ficar com parte dos produtos, revendidos depois para empresas especializadas em comércios de equipamentos eletrônicos e outras.
Em muitas situações, os boletins de ocorrência eram registrados de modo genérico para facilitar a apropriação das mercadorias apreendidas. Está sendo investigado também o possível favorecimento na indicação de policiais para trabalhar nos postos de fiscalização, em troca de repasse de propinas.
Um levantamento preliminar demonstrou incompatibilidade do patrimônio dos policiais –que chega a R$ 6 milhões– com seus rendimentos lícitos.
O cumprimento dos mandados de busca e apreensão objetiva o recolhimento de distintivos, armas, coletes balísticos, cédulas funcionais, documentos diversos, equipamentos eletrônicos, aparelhos celulares, valores em espécie e veículos. Todos os mandados foram expedidos pelo Juízo da Vara da Auditoria da Justiça Militar e pelo Juízo da 2ª Vara Judicial de Cruzeiro do Oeste.
Os mandados de busca e apreensão envolvem residências de 36 militares, quatro estabelecimentos de policiamento rodoviário estadual (uma Companhia em Maringá e os Postos Rodoviários de Iporã, Cruzeiro do Oeste e Cianorte), seis residências de empresários e oito empresas. São cumpridos nos municípios de Maringá, Cruzeiro do Oeste, Umuarama, Goioerê, Campo Mourão, Paranavaí, Maria Helena, Doutor Camargo, Mandaguari, Tamboara, Nova Esperança, Uniflor, Jussara, Mandaguaçu, Marialva, Guaíra, Cianorte e Iporã.