No dia 4 de janeiro de 2015 o médico Augusto Fonseca da Costa recebeu a notícia de que seu filho, o jovem piloto Vitor Augusto Gunha da Costa, de 19 ano, havia morrido na queda de uma aeronave em Toledo, cidade vizinha a Cascavel (Oeste do Paraná). Naquele dia, cada um voava em um avião. Mas o que Vitor comandava tinha uma falha mecânica que lhe custou a vida.
Motivado pela constatação de que o acidente de seu filho poderia ter sido evitado, no fim de 2015, o pai do piloto criou uma associação para defender vítimas da aviação experimental.
Segundo ele, o fabricante da aeronave descumpriu um recall do fabricante do motor utilizado na aeronave, que ordenava a troca de uma mangueira de combustível antes do próximo voo, que alertou para o risco de morte.
Um pequeno fragmento da mangueira se soltou e bloqueou a passagem de combustível, causando o acidente. A aeronave era do modelo Super Petrel LS fabricada pela Edra Aeronáutica de Ipeúna (SP) e custa R$ 400 mil.
Agora, Augusto dá um mais um passo. Ele e a Abravagex (Associação Brasileira das Vítimas de Aviação Geral e Experimental) estão denunciando formalmente a Anac (Agência Nacional de Aviação Civil) por omissão, leniência e suspeita de corrupção.
Um documento com quase 130 páginas foi entregue ao deputado federal Alfredo Kaefer (PSL-PR), para que a Câmara dos Deputados também tome providências a respeito. O assunto já foi apresentado no Senado, durante reunião da Comissão de discussão da revisão do Código Aeronáutico.